O presidente da Associação Pernambucana dos Estudantes de Direito (APED) Jair Inácio, considerou um “prejuízo imenso e histórico” para a categoria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que hoje (17) declarou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma em curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. O Ministério do Trabalho não pode mais exigir o diploma para conceder registro de jornalista a qualquer cidadão.
“Aparentemente, não precisa de nenhum critério. Inclusive pessoas sem formação escolar, analfabetas, podem obter o registro de jornalista. Não sei se o STF tomou pé do nível de rebaixamento em que coloca o jornalismo no Brasil neste momento”, criticou Inácio.
A APED também lamentou a argumentação usada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, em seu voto. Ele foi o relator do recurso ajuizado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF) contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que tinha afirmado a necessidade do diploma.
“O presidente do STF desrespeitou os jornalistas brasileiros, ao dizer que esta atividade tem a mesma dimensão da culinária e do corte e costura”, disse Inácio. “ Por que, então, não permitir que um cidadão sem advogado possa se defender perante uma Corte?”, comparou, em alusão à formação profissional exigida dos advogados.
O Inácio esquece que as redações dos jornalões e revistonas sempre tiveram critérios concretos para a contratação das pessoas que vão exercer o jornalismo. Jamais ocorrerá isso de analfas serem admitidos. Mas os jornalões e revistonas terão melhores opções: levar a vida real para as páginas jornalísticas, como sempre foi no passado. Cresci lendo Rogério Cerqueira Leite, Josimar Melo, Decio Pignatari, Paulo Leminski (que teve uma coluna na Folha de S.P.), Lauro Salles Cunha (da área científica)etc, etc.
ResponderExcluirConcordo plenamente com o Alex...
ResponderExcluirO Inácio, na minha opinião, não tem alicerces de crítica. Parece nunca ter conhecido, ainda que superficialmente, a profissão.