sábado, 19 de maio de 2012

Nova Presidenta do Conjuve Defende Política Efetiva Para Jovem.



Consolidar e normatizar direitos dos jovens brasileiros e tornar as políticas de juventude uma questão de Estado – e não mais à mercê da boa vontade de governos. Estas serão algumas das prioridades da gestão da nova presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Ângela Guimarães. Mulher, negra e nordestina, ela tomou posse na semana passada, avançando mais um degrau na sua trajetória marcada pela atuação não só na área de juventude, como também na luta antirracista. 

Em um país em que cerca de 50 mil jovens são mortos de forma violenta por ano – a maioria negros – e no qual o desemprego entre jovens é cerca de três vezes maior que no restante da população, Ângela pretende trabalhar para enfrentar essa realidade. Para isso, afirma que será necessária muita articulação, pressão e mobilização. 

Criado em 2005, o Conjuve é responsável por “formular e propor diretrizes voltadas para as políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais”. 

Segundo Ângela, trata-se do “guardião” das resoluções aprovadas na Conferência Nacional de Juventude, cuja última edição aconteceu em dezembro de 2011. “O Conselho tem o grande desafio de fazer essas propostas virarem realidade”, conta. 

Nesta entrevista ao Vermelho, ela fala da necessidade de aprovar o Estatuto da Juventude e, em seguida, o Plano Nacional de Juventude. Ambos tramitam no Congresso Nacional há anos. As duas matérias, quando aprovadas, serão mais um passo para institucionalizar as políticas para juventude. 

Até 2005, quando foi criado não só o Conselho, mas também a Secretaria Nacional de Juventude e o Projovem, a juventude era vista, no Brasil, apenas como uma fase de transição entre a adolescência e a vida adulta. Em função do Estatuto da Criança e do Adolescente, as políticas públicas contemplavam pessoas até 18 anos. A partir dessa idade, todos passavam a integrar o grupo de adultos, sendo incluídos nas políticas universais, sem qualquer reconhecimento às suas particularidades. 

Ângela, que é baiana, é militante do PCdoB naquele Estado e já integrava o Conjuve desde 2007. Até 2010, ela fazia parte do conselho como representante da sociedade civil. A partir do ano passado, passou a fazê-lo como membro do governo federal. Ela é secretária adjunta nacional da Juventude. Foi dirigente da União da Juventude Socialista (UJS) e da União de Negros pela Igualdade e coordenadora geral do DCE da Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

O atual presidente da Unegro, Edson França, saudou a escolha da nova presidente. “Para nós é super importante. Ângela é uma menina que ajudou a construir a Unegro, ela é dirigente, foi membro da executiva nacional. Bom seria que existissem mais Ângela. E melhor ainda se não precisássemos comemorar algo que é tão comum para os brancos”, declarou. 

Confira abaixo a entrevista com Ângela: 

Portal Vermelho: O que você aponta como principais conquistas da juventude, desde a criação do Conjuve, em 2005? 

Ângela Guimarães: É importante valorizar estes seis anos de existência do Conselho, porque data deste período a institucionalização de uma política para a juventude. Ali foi dado o start para que o Estado começasse a tratar a juventude como prioridade, a pensar e executar ações de forma articulada. Hoje temos nos diversos ministérios algum tipo de política com recorte juvenil. Desde a sua criação, o Conselho tem bandeiras concretas para garantir direitos da juventude. Em 2010, por exemplo, conseguimos incorporar a juventude na Constituição, através da Emenda Constitucional número 65. [A Emenda inseriu o termo "jovem" no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição, assegurando ao segmento direitos já garantidos constitucionalmente às crianças, adolescentes, idosos, indígenas e mulheres.] Também conseguimos realizar dois grandes processos de participação popular, as duas Conferências Nacionais da Juventude, além de articular uma Rede Nacional de Conselhos de Juventude. Hoje, conseguimos dar visibilidade às demandas da juventude enquanto segmento importante e estratégico, que começa a ser tratado como sujeito de direitos e não só com aquelas políticas que viam o jovem como um problema social – como com política para droga, para violência –, que era uma marca comum até o passado recente. 

Portal Vermelho: Você está assumindo agora, após a realização da 2ª Conferência. Que bandeiras foram defendidas lá e agora devem colocadas em prática? 

Ângela: O conselho é o guardião das resoluções da Conferência. E o conjunto das propostas desta última Conferência demonstra duas coisas pelo menos. Uma é a afirmação da pauta juvenil, porque a gente envolveu um grande número de grupos, organizações e movimentos, então há uma pluralidade grande de segmentos representados. A outra coisa que ficou clara é uma preocupação da juventude não só com o seu próprio destino – com seu acesso à educação, à cultura, ao esporte – mas a preocupação com os grandes problemas nacionais. Então saíram muito fortes dessa conferência as bandeiras pela democratização dos meios de comunicação, pelas reformas agrária e urbana, por uma educação que esteja a serviço do país, conectada com desafios do desenvolvimento local e regional. Então são resoluções que mostram que os jovens pensam a partir de suas próprias demandas, mas conseguem alargar suas bandeiras para o Brasil como um todo. 

Portal Vermelho: Qual a importância de conseguir aprovar o Estatuto da Juventude? 

Ângela: O Estatuto já foi aprovado na Câmara e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Já foi comprovada a constitucionalidade e agora ele tramita em mais duas comissões. Vai para uma discussão mais de mérito, que é a briga boa que vamos ter aí com nossos senadores. O Estatuto normatiza e regulamenta os direitos da juventude. Porque, até então, quando falamos que o jovem é sujeito de direitos, são quais direitos? Onde está escrito isso? Assim como aconteceu com o processo das crianças e adolescentes, que, a partir da aprovação do ECA, impulsionou a responsabilização do Estado, a mobilização da sociedade, a articulação para cobrar do Estado a concretização de direitos, para a juventude isso também é real. O Estatuto fala, por exemplo, do direito dos jovens ao acesso à universidade. Porque o Brasil, apesar de ter dobrado a presença de jovens nas universidades nos últimos dez anos, ainda está bem abaixo, em comparação com outros países do continente. Então o Estatuto regulamenta direitos que não estão explícitos em outros lugares. E vem também para estabelecer os conselhos como espaço de articulação, interlocução e controle social para monitoramento das políticas. Porque, até então, a gente vive da boa vontade do governante e da pressão política dos movimentos. Então há estados que têm conselho, outros não. Por que não todos? Porque ainda não é uma política de Estado, é uma política de governo. A principal vitória da aprovação do Estatuto será isso, transitar de política de governo, para a política de Estado. Assim como, num futuro próximo, também será a aprovação do Plano Nacional de Juventude. 

Portal Vermelho: Em que pé está o Plano e o que ele significa para a juventude? 

Ângela: O Plano existe e, assim como o Estatuto, tramita há sete anos no Congresso. Mas ainda não saiu da Câmara. Vai ser nosso próximo objetivo pós-Estatuto. O Plano estabelece os compromissos com o jovem - através de metas, responsáveis, orçamentos do Estado brasileiro. Ali você ataca as questões do acesso à educação de qualidade, do acesso à universidade, ao mundo do trabalho, às condições dignas de trabalho. São instrumentos fundamentais para amarrar as responsabilidades do Estado, independentemente do governante que esteja no poder.

Portal Vermelho: Você citou a questão do jovem no mercado de trabalho. Esta é uma preocupação que será trabalhada pelo Conselho? 

Ângela: Tem outras duas pautas que eu queria chamar a atenção, que já vêm sendo tocadas pelo Conselho, mas adquirem agora um ar de maior prioridade. Uma delas diz respeito às políticas para o enfrentamento à violência, que atinge a juventude em grande magnitude e, principalmente, a juventude negra. Essa é uma bandeira dos movimentos, que vêm denunciando isso há quase 30 anos. Esta bandeira apareceu como prioridade número um da primeira conferência e também esteve forte da conferência do ano passado. O próprio governo hoje já projeta um conjunto de ações articuladas que venham a atender essa demanda. Mas elas ainda estão em processo de preparação, para serem executadas a partir de agosto. E o Conselho deve entrar com bastante força aí. É uma questão urgente, um problema grave nacional. Não combina o Brasil desenvolvido em que a gente vive hoje, com esse alto contingente de morte, porque não estamos em guerra civil, nem em nada que o valha. Além do impacto humano, há um impacto econômico também. Há perdas altíssimas para o desenvolvimento do país, porque o jovem está no seu melhor momento produtivo e de desenvolvimento intelectual. Então você está perdendo pessoas que estão deixando de contribuir com pesquisa, nas universidades, no mundo do trabalho. 

Portal Vermelho: E qual é a outra pauta que você queria destacar?
Ângela: A outra é a implementação de uma agenda pelo trabalho decente para a juventude, que é muito preciosa para a gente, pelo simples fato de que vivemos no Brasil um nível de desenvolvimento que vem gerando cada vez mais oportunidade de emprego formal. Mas persiste a situação de precarização do trabalho do jovem, que é admitido com menores salários, maior grau de exploração de sua mão de obra e altas jornadas diárias de trabalho, que impossibilitam às vezes a continuidade dos estudos e um mínimo de tempo livre. Além do problema da alta rotatividade também. Se o mercado de trabalho tem algum refluxo, o primeiro a ser demitido é o jovem. Estamos discutindo há tempos com o Ministério do Trabalho, e há esse compromisso do mais jovem ministro da Esplanada hoje, que é o Brizola Neto, de que essa seja um pauta prioritária dele também. Ele tornou público este compromisso na minha posse. 

Portal Vermelho: Para levar adiante essa agenda será necessária a pressão da juventude? Ângela: É preciso sim muita pressão, muita articulação, muitas campanhas. Estamos pensando em como fazer. Essa gestão tende a ser uma gestão bastante “campanhista”, como eu costumo dizer. A gente deve fazer muita campanha, pela aprovação do Estatuto, da Reforma Política, por exemplo, que foi outro tema que saiu como prioridade da Conferência. Porque o jovem também está preocupado com os rumos da política no país. Por exemplo, com tantos segmentos sobrerrepresentados, por outro lado, o nosso Parlamento é o que tem o menor número de jovens, negros e mulheres, que são grupos expressivos da sociedade. 

 Fonte: Vermelho

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Jornada Para a Juventude da TV Nova.

A TV Nova Nordeste (Canal 14), em parceria com o Centro de Juventude, Desenvolvimento e Cidadania - CEJU, União das Associações e Conselho de Moradores de Olinda e a Igreja Presbiteriana da Cidade Tabajara estão organizando um grande debate voltado para o público jovem, no dia 29 de Maio às 19:00.

O debate terá como tema: Internet: Desafios e Oportunidades, onde os convidados irão debater sobre a inserção do público jovem no espaço virtual, assim como, a relevância das redes sociais nas relações construídas pelas organizações juvenis.

domingo, 13 de maio de 2012

Uma em Cada Cinco Meninas Engravida Até os 18 Anos no Mundo, Alerta OMS.



A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o grande número de mães adolescentes em todo o mundo, na véspera das comemorações pelo Dia das Mães. Calcula-se que uma em cada cinco meninas fica grávida até os 18 anos. Anualmente, 16 milhões de adolescentes, entre 15 e 19 anos, dão a luz um bebê.

Em muitos locais do mundo, as mulheres são pressionadas a casar-se e ter filhos com pouca idade, o que justifica os altos índices de gravidez na adolescência. Nos países pobres, mais de 30% das jovens casam-se antes de completar 18 anos.

A pouca escolaridade também contribui para a gravidez precoce. “As taxas de gestação entre mulheres com menos estudo é maior em comparação à das mulheres com mais anos de educação”, diz comunicado da OMS.

De acordo com a organização, muitas adolescentes não sabem como evitar uma gravidez ou não têm acesso aos métodos contraceptivos.

Outra preocupação é quanto aos problemas de saúde provocados por uma gestação na adolescência. Complicações na gravidez e no parto são a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos em países pobres.

“Ter bebês durante a adolescência traz sérias consequências para a saúde da garota e da criança, especialmente em locais onde os sistemas de saúde são deficientes. Em alguns países, as adolescentes recebem menos cuidados durante e depois do parto em comparação às adultas”.

As garotas também se sujeitam mais a abortos ilegais. Cerca de 3 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos fazem abortos inseguros todos os anos.

Fonte: Agência Brasil

Sobre o VIII Congresso da União da Juventude Socialista - Olinda.

Mais de mil jovens olindenses se reuniram nessa última sexta feira (11/05) no VIII Congresso Municipal da União da Juventude Socialista, entidade fundada na década de 1980 com o intuito de politizar a juventude brasileira e defender a construção de um mundo socialista. Organizado bienalmente, o congresso municipal é uma das etapas congressuais promovida pela entidande antes do congresso estadual e da etapa nacional. E é por meio dessa grande mobilização local, regional e nacional que a UJS se fortalece, reafirmando suas bandeiras de lutas e renovando seus métodos e suas direções.

 A União da Juventude Socialista se solidificou no âmbito dos movimentos sociais brasileiros, principalmente dentro do movimento estudantil, secundarísta e universitário nos anos posteriores ao fim da ditadura militar no Brasil. Aglutinando e debatendo com millhares de jovens de todas as regiões, os dirigentes da UJS sempre se destacaram pela sua ousadia e coragem de encarar os desafio e dificuldades oriundos da militância de esquerda pautados principalmente pela ideologia política do Partido Comunista.  Foram esses jovens socialistas que protagonizaram momentos de grande relevância em nossa recente história política, haja vista a geração "cara pintada" que gritou pelo "Fora Collor" ou a luta pela reforma na educação, momento em que vários grêmios estudantis e diretórios acadêmicos mobilizaram estudantes de todas as partes para denunciar a falência do modelo de educação implementada pelos governos neoliberais de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Foi a União da Juventude Socialista a responsável em gritar pela necessidade de políticas voltadas especificamente para os jovens brasileiros, pois era essa parcela demográfica que estava sofrendo diretamente com a violência, a marginalidade, o vício, o desemprego e principalmente o despreparo intelectual e profissional. E diante desse quadro, os congressos estudantis foram espaços de notável relevância para a manifestação dessas bandeiras, pois eram nesses locais que os jovens podíam debater política e externar os seus anseios para a sociedade.

Após a eleição do ex-presidente Lula, muitas conquistas foram concretizadas para a vida de milhares de jovens brasileiros, principalmente no campo educacional, com a construção de escolas e universidades e a contribuição da UJS nesse processo foi fundamental. Contudo, mesmo diante de um quadro social otimista, a UJS ainda enxerga que os problemas da juventude brasileira são bastante amplos e complexos e que o Brasil com a "cara" da juventude ainda é uma realidade distante. E é por isso que, mesmo salvaguardando os antigos espaços de participação política da juventude, como os congressos estudantis e contribuindo nos novos espaços, como as conferências de políticas públicas para a juventude, a UJS se permite ir mais além e ainda encontra fôlego para construir, a cada dois anos, os seus congressos, municipais, estaduais e nacional. Ficando assim, mais próximo da juventude, escutando e presenciando de perto os seus  problemas e fazendo com que várias outras pessoas possam conhecer, legitimar e fazer parte dessa grande entidade política.

A Expressão, "Nas Redes e Nas Ruas" foi escolhida como o tema para  nortear o 16º Congresso Nacional da entidade, transparencendo assim uma constante preocupação em dialogar com toda a juventude, à luz da realidade concreta, assim, ao enxergar a notável participação dos jovens dentro do cyberespaço, principalmente nas redes sociais, a UJS passou a utilizar ainda mais a internet para trocar experiências com vários outros jovens e mobilizar ainda mais a juventude para a luta por novos direitos e conquistas. As redes sociais tiveram nos últimos tempos um papel relevante para a propagação de temas que não são debatidos pelos meios de comunicação tradicional. A realidade de muitos jovens brasileiros não era retratada da forma certa pelas emisssoras, pelos jornais ou pelas revistas, pelo contrário, o enfoque juvenil sempre são pautados por um teor conservador e alienante, entretanto, os jovens se empossaram da internet, conseguindo expressar as suas opiniões para vários outros jovens e assim, ferir o monopólio midiático do país. A UJS enxerga isso com bons olhos e convida toda a juventuda para esse debate.

Em Olinda, as coisas não se diferenciaram de tudo o que foi exposto, e a grande prova disso aconteceu no congresso municipal da UJS, onde mais de mil jovens se reuniram para discutir política, além de participarem de várias atividades de lazer. E diante de todo esse debate, a nova direção da UJS-Olinda foi eleita com aclamação unânime de todos os delegados e delegadas que estavam credenciados no evento, sendo postos, os novos desafios para todos que constróem a gloriosa União da Juventude Socialista.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

VIII Congresso da União da Juventude Socialista - Olinda.


O maior evento juvenil da cidade de Olinda. Começa as 9h com um representativo Ato Político em defesa da Juventude Olindense. A tarde vão acontecer várias oficinas e debates (Hip Hop, Esportes Radicias, Teatro de Rua e Artes Maciais). No final da tarde tem a Plenária Final e depois a apresentação da banda marcial da Escola Ministro Marcos Freire e de duas bandas do momento. Compareça!


quinta-feira, 10 de maio de 2012

8º Congresso da União da Juventude Socialista - Olinda.



Nessa sexta-feira (11 de maio), a União da Juventude Socialista (UJS) realiza seu 8º Congresso na Capital Brasileira da Cultura, Olinda. Muitas atividades já estão confirmadas. O congresso começará as 9h da manhã com um ato politico, que contará com a presença de importantes lideranças políticas da cidade, além de representantes de entidades dos movimentos sociais. Logo após o ato, o congresso se transformará num grande festival de juventude. Estão confirmadas oficinas de Esportes Radicais, Artes Maciais, Teatro de Rua, Redes Sociais e Hip Hop (Com seus 4 elementos: Break, DJ, Rap e o Graffitti). Ocorrerão, também, debates específicos sobre as áreas de atuação da UJS. Após as oficinas e os debates, acontecerá a Plenária final, que elegerá a nova diretoria da organização e aprovará suas bandeiras de luta para os próximos 2 anos.

E para fechar com chave de ouro, teremos a apresentação da Banda Marcial da escola Ministro Marcos Freire e a apresentação de duas bandas do momento! Vai ser um show legal, aberto ao público, pra galera comemorar o vitorioso congresso da União da Juventude Socialista! Aguardamos a presença de toda juventude olindense que quer um Brasil justo, democrático, soberano e Socialista.


8º Congresso da União da Juventude Socialista
Data: 11 de maio (Sexta-feira)
Local: Mercado Eufrásio Barbosa (Varadouro)
Horário: A partir das 9h (Shows a partir das 18h).

domingo, 6 de maio de 2012

A Constitucionalidade das Cotas Raciais.

Longe de descordar que, mesmo considerada como "coisa julgada", a destinação de cotas raciais em vagas nas universidades públicas do Brasil, ainda será um tema bastante debatido por várias pessoas nos mais diversos espaços. Se para muitos, a posição do Supremo Tribunal Federal em julgar a constitucionalidade das cotas raciais foi uma atitude coerente e racional, para outros, essa realidade será algo muito difícil de aceitar, independente da avaliação dos ministros do STF. 

Contudo, mesmo tendo que escutar os diversos argumentos proferidos pelos que são contrários ao sistema de cotas nas universidades brasileiras, não consigo encontrar um aspecto que possa fazer com que possa concordar com essas argumentações, por mais persuasivas que sejam.

Pois bem, ao longo da formação da sociedade brasileira, o que foi construído de favorável para a população negra desse país? De fato, não é preciso analisar com profundidade as raízes históricas e sociológicas do Brasil para concordar que a pobreza, a exclusão, o desemprego, a violência e a marginalidade tem sua cor preferida, a negra. Dessa forma, não podemos ser tão hipócritas ao ponto de defender o fim do racismo e das demais mazelas derivadas dessa forma de discriminação, sem ressaltar a necessidade de se gerar dentro do próprio Estado, os meios para que os milhões de negros e negras possam, de fato, se emanciparem, por si só de todos os problemas que afetam o seu cotidiano. E a criação de cotas raciais, sem dúvidas é uma dessas ferramentas emancipatórias. 

Sábia foi a reflexão do ministro, Lewandowski, quando no momento em que manifestou o seu voto como favorável às cotas, afirmou que o Estado, além deixar a sua posição de neutralidade sobre essa realidade, também estava, naquele momento, criando meios para viabilizar o desenvolvimento social da população brasileira.

E assim, considero que a decisão do STF de fato respondeu de forma virtuosa aos vários séculos de lutas protagonizadas por inúmeros cidadãos negros que em muitos momentos doaram as suas vidas para transformar a realidade construir um Brasil mais igualitário. Nesse contexto, considero que essa vitória não pertence apenas ao movimento negro, e sim, a todos os brasileiros que no histórico dia 26 de abril testemunharam um importante gesto promovido pelo poder público, visando o fortalecimento de políticas afirmativas capazes de promover o desenvolvimento social do país.

Brasil Precisa Avançar na Oferta de Emprego Para Jovens, diz OIT

O Brasil ainda precisa avançar na oferta de oportunidades de trabalho para os jovens, disse a Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo, na abertura do Forum Nacional de Trabalho Decente para os Jovens, em cerimônia realizada na Presidência da República. O evento será realizada entre hoje (dia 3) e amanhã, numa iniciativa da OIT, da Secretaria Nacional da Juventude e do Ministério do Trabalho e Emprego. 

 “Apesar da situação relativamente mais vantajosa do País no cenário internacional e dos grandes avanços dos últimos anos, em termos de um modelo de crescimento inclusivo que tem, entre suas principais características, a redução da pobreza e das desigualdades e da melhoria geral dos indicadores de mercado de trabalho, os jovens e as jovens brasileiras ainda se encontram em uma situação de grande desvantagem”, disse Laís Abramo. 

A Diretora do Escritório da OIT lembrou que estudos recentes mostram que as taxas de desemprego e de informalidade dos jovens são muito superiores às dos adultos, a qualidade dos seus empregos é muito mais precária. Essa situação se agrava no caso das jovens mulheres, dos jovens negros e indígenas e das pessoas que vivem e trabalham nas zonas rurais. No Brasil, o desemprego entre os jovens é duas vezes e meia superior ao dos adultos. 

“Isto continua sendo uma realidade mesmo em momentos como o atual, de forte redução das taxas de desemprego e significativo crescimento dos empregos formais no País, evidenciando que o crescimento econômico é importante, mas não suficiente, e que são necessárias políticas ativas de promoção do trabalho decente para os jovens”, acrescentou. 

O Forum brasileiro faz parte de um processo internacional de discussão e reflexão lançado pela OIT e que tem como referência, por um lado, uma grave crise mundial de emprego – e do emprego juvenil -, sem precedentes, resultado da crise econômica e financeira internacional que eclodiu em 2008 e que continua afetando duramente os países centrais. 

O tema do desemprego juvenil estará em destaque na 101ª Conferência Internacional do Trabalho, que será realizada entre 30 de maio e 15 de junho em Genebra. Como parte do processo de preparação dessa discussão será realizado, entre os dias 23 e 25 de maio, também em Genebra, um Forum Internacional que tem o objetivo de ouvir jovens de todo o mundo. No momento, está em curso a realização de fóruns nacionais em 50 países. 
Alguns dados destacados por Laís Abramo: 
 · No mundo, há 75 milhões de jovens desempregados 
 · A taxa de desemprego dos jovens é o triplo da dos adultos (o mesmo ocorre na América Latina) 
 · Os jovens representam 40% de todos os desempregados 
 · O desemprego é apenas a ponta do iceberg, pois existem muitos problemas relativos à qualidade do emprego, como a precarização e a informalidade. 

O Brasil é o único País no qual foi discutida e lançada uma Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude, fruto de discussões entre o governo, organizações de empregadores e de trabalhadores e ligadas aos jovens. Laís Abramo observou que ANTDJ expressa e oferece uma abordagem integrada sobre o tema, propiciada pela própria noção de trabalho decente, articulada em torno de quatro objetivos estratégicos: a promoção dos direitos no trabalho, a promoção de mais e melhores empregos, a extensão da proteção social e o fortalecimento do diálogo social. 

O objetivo é que a ANTDJ dê origem a um Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente para a Juventude, com resultados, metas e indicadores que possam constituir-se em orientações mais precisas para a ação e a implementação de políticas e programas nessa área. A secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, ressaltou que o trabalho decente é uma das principais demandas dos jovens. “O fórum se realiza em um momento especial em que a juventude ganha mais espaço. Saímos da Conferencia Nacional de Juventude, ocorrida em dezembro, e esse tema foi muito forte como uma das demandas.”

Fonte: Organização Internacional do Trabaho.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Jovens Trocam Experiências de Lutas e Conquistas em Oficinão das Juventudes

Cerca de 100 jovens entre 16 e 29 anos de municípios da Região Metropolitana de Recife (PE), no Nordeste do Brasil, se encontrarão neste sábado (5) no 5° Oficinão das Juventudes. A atividade, organizada pelo Programa Educação para Cidadania do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), ocorrerá das 9h às 17h no Espaço Ciência – Memorial Arcoverde, em Olinda. 

 De acordo com Juliana Carvalho, supervisora de atividades do Programa Educação para Cidadania, os/as participantes são lideranças de diversos grupos de bairros e de comunidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. "O grande objetivo desse encontro é fazer com que a juventude possa trocar experiências, bandeiras de lutas, sonhos e desejos”, afirma. 

 Interação que se dará através de oficinas, diálogos e momentos de reflexão. Uma das atividades programadas para ocorrer amanhã é o "Desenho do Bairro”, em que os/as participantes se dividirão em grupos para refletir e socializar as demandas específicas de cada comunidade. 

Na ocasião, os/as jovens também discutirão sobre juventude, assim como aspectos relacionados à mobilização e demandas juvenis, e estratégias de articulação e ampliação de redes. A programação do encontro ainda prevê a realização de oficinas de break, grafite e teatro. 

 Para Juliana, o Oficinão será um momento tanto para integrar os/as jovens quanto para fortalecer as organizações juvenis das comunidades da Região Metropolitana de Recife. "A gente sente que aqui o cenário está esfriado em relação aos movimentos juvenis. O que a gente quer é dar uma balançada, uma sacudida”, comenta, ressaltando que a intenção principal é fortalecer as lutas dos/as jovens da região. 

 Para isso, a integrante do Gajop explica que o encontro ainda debaterá sobre questões que deverão ser trabalhadas ao longo do ano a fim de que os/as jovens possam "incidir politicamente nas comunidades”. Segundo ela, discussões como eleições municipais, Conselho de Segurança Pública, violações de direitos, nova gestão do Conselho Municipal de Juventude de Recife, entre outros assuntos, deverão ser abordados. 

Na opinião de Juliana, é importante que os/as jovens estejam atentos/as às discussões e ações das comunidades para que eles/as possam se apropriar do discurso e se perceberem como parte e responsáveis pela realidade. "É importante que os jovens se percebam como responsáveis para que a participação e a crítica gerem uma incidência [...] e que eles possam se fortalecer e pensar em um futuro diferente, em um futuro melhor”, comenta. 

Para saber mais sobre o trabalho de Gajop, acesse: http://www.gajop.org.br/ 
Fonte: Adital. 
Por Karol Assunção