quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aprovado Investimento de 10% do PIB Para a Educação na Câmara


A educação brasileira deverá receber investimento de 10% do PIB até 2020, segundo texto do Plano Nacional de Educação aprovado por unanimidade nesta terça-feira pela comissão especial que elaborou e discutiu a proposta no Congresso. O investimento na área era o ponto mais polêmico do projeto que estabelece diretrizes para a área em 10 anos e é discutido há 17 meses no Congresso. O texto agora segue para apreciação do Senado. 

O investimento foi aprovado nesta terça-feira por meio de destaque do PDT, que cria ainda uma meta intermediária, de 7% do PIB para a área em cinco anos. O projeto do executivo previa 7% do PIB e o relator, Angelo Vanhoni (PT-PR), havia sugerido 8%, mas apoiou na última hora a proposta defendida por entidades ligadas ao setor.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a aprovação dos 10% é resultado da pressão popular: “São dois fatores primordiais que garantiram que esse acordo fosse consagrado: o trabalho técnico de diversas instituições, que mostraram a necessidade dos 10%, e a mobilização popular”. 

Outros Destaques 

O percentual de investimento é um dos destaques que foi votado nesta terça-feira. Mais cedo, a comissão aprovou a antecipação da meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) previa a equiparação até o final da vigência do plano, que é de dez anos. Mas, o destaque dos deputados Antonio Carlos Biffi (PT-MS) e Fátima Bezerra (PT-RN) estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE, o que corresponde a 2016. Foi aprovado também o prazo de um ano após a sanção do PNE para a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional. O projeto, que já está em tramitação na Câmara, estabelece responsabilidades de gestores públicos na melhoria da qualidade do ensino. Ambos os destaques aprovados receberam o apoio de Vanhoni. 

Outros destaques colocados em votação, no entanto, foram rejeitados. Uma sugestão do PSDB antecipava do terceiro para o primeiro ano do ensino fundamental o prazo para a alfabetização dos estudantes. Já um destaque do PDT estabelecia um sistema nacional de gestão democrática, com a realização periódica de conferências e a criação e conselhos para avaliação das políticas do setor. 

 Propostas que estabeleciam regras claras sobre as responsabilidades de cada ente federado na aplicação de verbas em educação também foram rejeitadas. A autora de uma das propostas, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), argumentou que a União investe apenas 20% do total que é aplicado em educação no País. O restante fica a cargo dos estados e dos municípios. Para a deputada, a União deveria arcar com pelo menos 30% do valor global. 

 Dobro de Recursos 

Na noite dessa terça-feira (26), o MEC declarou em nota que a proposta aprovada na Câmara equivale a dobrar em termos reais os recursos para a Educação nos orçamentos das prefeituras, dos governos estaduais e do governo federal. 

“Em termos de governo federal equivale a colocar um MEC dentro do MEC, ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a Educação. É uma tarefa política difícil de ser executada”, explicou o ministro Aloizio Mercadante. O Ministério da Educação vai estudar as repercussões e as implicações da decisão e vai aguardar ainda a tramitação no Senado Federal. 

Fonte: IG

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Movimento Estudantil Chileno Se Prepara Para Novas Mobilizações no País.

Organizações e movimentos de estudantes chilenos/as iniciam, neste mês, o que chamam de "segundo tempo” da mobilização estudantil. Convocadas na semana passada, as manifestações pretendem denunciar e rechaçar a educação como forma de lucrar. A primeira atividade já está marcada para ocorrer nesta quarta-feira (20) e os/as estudantes já planejam outra ação no dia 28 deste mês. 

De acordo com informações da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech), a convocatória à nova fase da mobilização estudantil ocorreu no último dia 13 na casa central da Universidade Católica com a presença de representantes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas (Aces) e Coordenadora Nacional de Estudantes Secundaristas (Cones). 

Na ocasião, secundaristas e universitários/as decidiram que as manifestações terão foco no rechaço ao modelo de educação que privilegia o lucro. A primeira atividade será uma marcha programada para ocorrer nesta quarta-feira (20) com concentração na Praça Italia, além de reflexões em diversos liceus sobre a demanda de "desmunicipalização” do sistema educacional. No dia 28, uma jornada de protesto nacional também contará com uma marcha saindo da Praça Italia. 

Os/as estudantes consideram que o problema enfrentado pela educação chilena é sistemático e geral. Além disso, destacam que o lucro na educação é uma problemática que afeta não só o ensino superior do país, mas também o nível secundário.  

Crise na Universidade do Mar:

Durante a convocatória das mobilizações, as organizações estudantis chilenas ainda citaram o caso da Universidade do Mar, instituição de ensino que vive uma crise após a denúncia do ex-reitor Raúl Urrutia. O então reitor denunciou justamente o fato da instituição privada de ensino superior privilegiar o lucro dos donos do estabelecimento em detrimento da qualidade do ensino e do pagamento de seus funcionários. 

No final de maio, Urrutia divulgou uma carta renunciando ao cargo de reitor da Universidade do Mar devido à falta de investimento na instituição. O ex-reitor denunciou que os donos da Universidade preferem priorizar o pagamento de arrendamento das sedes utilizadas pela instituição ao pagamento de professores/as e funcionários/as. 

De acordo com Urrutia, em maio, quando a Universidade ainda tinha mais de $250 milhões em dívidas com seus funcionários e as dívidas de pensão já alcançava os $554 milhões, os donos pagaram $600 milhões às imobiliárias pelo arrendamento das sedes, muitas dessas empresas, inclusive, pertencem aos próprios proprietários da Universidade. 

 "Esta reitoria considera que os atuais controladores não têm interesse algum na tarefa universitária, o que se explica pelo baixo investimento nela que permita entregar uma educação de qualidade”, destacou Urrutia na carta em que renunciou ao cargo de reitor. 

Fonte: Adital.
Por Karol Assunção.

domingo, 17 de junho de 2012

Fóruns de Debates Incentivam Estudantes Secundaristas a Produzirem Projetos Voltados Para a Sustentabilidade.

As discussões sobre desenvolvimento sustentável não se restringem apenas a quem participa de forma presencial das atividades da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), evento que acontece até o próximo dia 22 no Rio de Janeiro. O assunto também será abordado por estudantes do Ensino Médio brasileiro em fóruns regionais de debates que começam neste fim de semana em alguns estados do país. 

A atividade regional será a primeira etapa do I Fórum Nacional de Debates para Estudantes do Ensino Médio, evento organizado pela Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abric) com o objetivo de ampliar a participação da sociedade nas questões ligadas a Rio+20. Durante os fóruns regionais, estudantes do ensino médio de Alagoas, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo participarão de debates sobre o assunto e apresentarão propostas de sustentabilidade. De hoje (15) até domingo (17), por exemplo, é a vez dos estudantes amazonenses se reunirem em Manaus (AM), no Norte do país, para as atividades do fórum. 

Segundo Karoline Elis Lopes, uma das fundadoras da Abric, a etapa regional contará com cerca de 60 participantes e ocorrerá fisicamente, além do Amazonas, também no Maranhão e em Pernambuco (este último somente no mês que vem), ambos na região Nordeste. Em alguns locais, a fase será realizada online. "Neste sábado e domingo pela manhã teremos uma fase que reunirá São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas”, acrescenta. 

A ideia, de acordo com o Manual do Participante do Fórum, é incentivar entre os/as estudantes do Ensino Médio o debate sobre os assuntos abordados na Rio+20. Além disso, a intenção é fazer com os/as jovens proponham "soluções viáveis e de embasamento científico para os eventuais problemas apresentados em relação aos temas a serem discutidos”. 

Os/as estudantes que participarão dos fóruns regionais apresentarão projetos científicos relacionados a questões como: água e ar; diminuição de desperdício de resíduos; ecoturismo; mudanças climáticas; e transportes alternativos. 

Os principais trabalhos serão classificados para a etapa nacional, a qual ocorrerá em São Paulo (SP), em data ainda a ser definida. Na ocasião, os/as participantes elaborarão uma carta para ser enviada à Organização das Nações Unidas (ONU) com a posição dos/as estudantes a respeito das propostas para o desenvolvimento sustentável. 

Karoline destaca a importância de incentivar o/a jovem a desenvolver projetos científicos. "Se o adolescente hoje é capaz de desenvolver um projeto que cause impacto, quando crescer, vai desenvolver um projeto que gere um megaimpacto”, comenta, ressaltando ainda a importância de "mostrar que o Brasil não é só o país do futebol, mas também um país de ciência”. 

Abric:
Fundada por seis jovens interessados/as por ciência e que se destacaram em feiras e congressos nacionais e internacionais, a Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abric) tem o objetivo de incentivar a atuação de estudantes pré-universitários/as na área científica. 

Para isso, trabalha com alunos/as do 9° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio (ou 4° ano do Ensino Técnico) de escolas públicas e privadas de todo o país. "Nossa motivação maior está no sentido de aumentar o número de jovens envolvidos com pesquisa pré-universitária gerando, consequentemente, um maior número de produções científicas advindas deste grupo”, destaca a descrição da página da Abric no Facebook.

Por Karol Assunção 
Fonte: Adital

Brasil Rio+20: Jovens Discutem Futuro do Planeta.

Debate "meu mundo no Planeta" inaugura programação da Rio+20 na Comunidade da Babilônia e Chapéu Mangueira 

Quem pensou que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é um encontro entre chefes de Estado e grandes empresários, se enganou. Hoje, na UPP Babilônia - Chapéu Mangueira, no Leme, foi realizado um grande debate entre jovens de diversos lugares do mundo com objetivo de redesenhar o futuro do planeta. Organizado pelo Ica - Núcleo de Informação, Conhecimento e Atitude, o debate foi a culminância do projeto "Meu Mundo no Planeta" que traz à tona a discussão acerca da sustentabilidade através do viés do social, ambiental e econômico. 

Jovens de diferentes perfis se reuniram para discutir eixos da Rio+20 através dos dados de uma pesquisa proposta pela instituição. O resultado foi uma lista de sugestões para tornar o planeta um lugar melhor. Esse documento será apresentado para a Cúpula da Rio+20. Entre os assuntos estão transporte, consumismo, economia verde e desenvolvimento sustentável. "É papel da juventude pautar a agenda política em prol de uma sociedade sustentável. É hora de pensarmos como queremos o futuro” disse, durante abertura do debate, disse Alvaro Maciel, Presidente do ICA. 

A pluralidade cultural aqueceu o debate. Moças e rapazes de diferentes realidades discutiam juntos os rumos do planeta. Da favela ao exterior, passando pela Zona Sul do Rio de Janeiro, jovens de diferentes lugares e personalidades, formações e nacionalidades mostravam suas visões em prol de uma mesma causa: um mundo melhor. Laura, 29 anos, ecologista, colombiana, morou 8 meses em Manaus e agora está fazendo mestrado no Rio. "Vejo que aqui no Brasil há carência de políticas públicas em prol do meio ambiente.”

 "É fundamental que a gente pense no meio ambiente e na sua preservação. As próximas gerações dependem de nós. Não adianta pensar em um mundo mais justo, erradicar a pobreza, combater a violência, melhorar a educação, se não houver futuro. O primeiro passo para mudar o mundo e preservando-o” , declarou Lara Espirito santo, 24 anos, ex-aluna da escola Britânica e mestre em economia Sustentável. 

"Acho que cada um deve fazer sua parte. Esse tipo de debate é importante pra nossa conscientização”, afirmou Victória Povoa, 15 anos, estudante da Escola Municipal Santa Catarina.

Fonte: Juventudes Rio+20/Adital. 
Texto de Juliana Portella

sexta-feira, 15 de junho de 2012

26 Alunos da Unifesp de Guarulhos Estão Presos na Polícia Federal.


Vinte e seis alunos do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de Guarulhos, na Grande São Paulo, estão detidos desde esta quinta-feira (14), na sede da Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste da cidade. 

A União Nacional dos Estudantes emitiu uma nota nesta sexta-feira (15) exigindo a liberdade imediata dos estudantes.Segundo a entidade, eles se organizavam pacificamente por melhorias em seu campus, quando foram abordados de forma absolutamente truculenta pela despreparada corporação policial desse estado, recente protagonista de outros lamentáveis episódios de violência contra jovens, a universidade e a população mais vulnerável. 

Diversos estudantes foram feridos e os detidos foram acusados do crime de formação de quadrilha, um ataque inaceitável ao princípio democrático de liberdade de expressão e à Constituição Federal, remontando às piores lembranças do movimento estudantil durante o regime militar de exceção. 

“A UNE preocupa-se, especialmente, com trecho na qual é mencionado um acordo não conhecido publicamente entre a Polícia Militar do Estado e a Polícia Federal para a intervenção no campus, o que violaria o princípio da autonomia universitária e a legitimidade das ações do estado em diferentes esferas”, diz a nota dos estudantes. 

Fonte: Vermelho.

Jovens Fazem Protesto Contra Tio Sam na Rio+20.

 Um grupo de jovens de diferentes países aproveitou um intervalo nas discussões da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no Rio de Janeiro, para protestar contra a despreocupação dos Estados Unidos com a pauta ambiental. Um Tio Sam, símbolo do país, fez parte de uma encenação que atraiu dezenas de pessoas a um sanguão do Riocentro na quinta-feira. 

Com uma bandeira norte-americana e outra simbolizando as grandes multinacionais, os jovens criticaram o apoio que o governo norte-americano dá aos grandes "poluidores". "Essas empresas que recebem dinheiro dos Estados Unidos saem pelo mundo promovendo a destruição", disse o australiano Willian Mudfond. 

Já o norte-americano Brandon Scholnman destacou os danos provocados pelas grandes empresas de petróleo. "Estamos aqui para denunciar isso", afirmou, ao destacar que o grupo vai fazer intervenções durante todos os dias da conferência. O protesto bem-humorado arrancou gargalhadas do público, que aparentemente conseguiu superar a tensão com a falta de um acordo sobre o documento final da Rio+20. 

A expectativa da ONU era chegar a um consenso em torno dos 400 pontos do texto até amanhã, quando terá fim a reunião do comitê preparatório. No entanto, a própria organização já cogita que a pauta sobre o desenvolvimento sustentável para os próximos 20 anos só será concluída na reunião dos chefes de Estado, na próxima semana. Até esta quarta-feira, menos de um terço do documento final havia sido concluído. 

Fonte: Com Terra/Vermelho.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

‘A Juventude Quer Viver’: Campanha Lança Tema Sobre Proteção Para a Vida dos/as Jovens.

Um encontro, que reuniu instituições, movimentos sociais, organizações e grupos que trabalham as políticas da juventude, marcou hoje (13), em Goiânia, Goiás, o lançamento da nova temática da Campanha ‘A Juventude Quer Viver”. Esta articulação irá sedimentar suas ações sobre a temática "Redes de Proteção para a Vida da Juventude”. 

A Campanha, que começou em 2004, sob a iniciativa da Casa da Juventude, hoje se ampliou para outros segmentos. Débora da Costa Barros, articuladora da campanha, em entrevista a Adital, contou que os resultados obtidos durante estes são muito satisfatórios, pois a Campanha está vinculada a muitas organizações, movimentos e instituições que trabalham pela causa da juventude e que apoiaram a sua visibilização. 

A temática "Redes de Proteção para a Vida da Juventude”, de acordo com Débora, já vinha sendo discutida durante o primeiro semestre desse ano e hoje se firmou como um pilar a ser levado adiante. Não é para menos. Os números da Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens são cada vez mais expressivos e revelam que 54 jovens morrem, em média, diariamente no país. 

Pelos temas serem escolhidos de acordo com necessidade dos jovens, a nova temática tenta mostrar a importância da união de entidades, organizações, movimentos de assumirem a questão da proteção como uma bandeira. 

A campanha funciona a partir de um calendário de ações e reuniões: são realizadas rodas de conversa, mostras culturais, seminários, entre outras atividades que levem a pauta da juventude. 

Nesses anos de atuação da campanha, muitos temas com enfoque na juventude foram discutidos. "Já trabalhamos com temáticas como lazer, saúde, violência, redução da maioridade penal, entre tantos outros que foram e continuam sendo nossas bandeiras de luta. O que nós queremos é que se constitua uma rede de proteção para que os jovens tenham seu espaço e possam viver em segurança”, explica a articuladora.

Mais detalhes sobre a campanha podem ser vistos no site: http://www.casadajuventude.org.br/

Fonte: Adital

sábado, 9 de junho de 2012

Arcoverde (PE) Sediará II Encontro Estadual do Programa Casa das Juventudes

Nos próximos dias 11 e 12 de junho, gestores e representantes do Programa Casas das Juventude, em Pernambuco, se reunirão na cidade de Arcoverde, no sertão do estado, para o II Encontro Estadual do Programa Casa das Juventudes. Com o tema "Redes de Juventude e Mobilização Juvenil”, o evento reunirá cerca de 220 responsáveis locais pelo Programa que, até o final de junho, estará presente em 93 municípios pernambucanos. 

De acordo com Raquel Lyra, representante da Secretaria da Criança e da Juventude do Governo do Estado de Pernambuco, a ideia do encontro é "fortalecer a rede [do Programa] e capacitar melhor gestores e ouvir as demandas [deles]”. Para ela, encontros como esse ajudam a garantir a formação e a qualificação das pessoas responsáveis pelas Casas, além de promover um intercâmbio a partir das experiências de cada local. 

Durante o encontro, os/as participantes discutirão sobre os avanços e os desafios do Programa, além de participar de palestras e debates sobre assuntos relacionados à questão. Destaque para a palestra de abertura "Rede de Mobilização e Articulação Juvenil – a perspectiva do Fortalecimento das Políticas de Juventude”, com a participação de Helena Abramo, da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ). 

No dia 12, ocorrerão debates sobre: "Mobilização para inserção no mundo do trabalho”; "Mobilização: autonomia e articulação juvenil”; e "Mobilização de Recursos e Empreendedorismo Juvenil – a contribuição das Casas das Juventudes”. 

 Raquel explica que o Programa surgiu em 2010 e consiste em uma parceria entre governo do estado e prefeituras municipais. O estado fica responsável por equipar as Casas e fornecer apoio técnico; já as prefeituras realizam a manutenção da Casa. 

As Casas das Juventudes possuem computadores, projetor multimídia, tela de projeção, caixa amplificadora, microfones, filmadora e câmera digitais, cadeiras, mesa de reunião, quadro branco, impressora, entre outros equipamentos. 

Segundo a secretária estadual da Criança e da Juventude, até o final deste mês, 93 Casas já estarão funcionando no estado, incluindo em comunidades indígenas e quilombolas. Para participar do Programa, os municípios precisam ter um órgão gestor – coordenadoria ou secretaria – de juventude e seguir outros critérios, como possuir até 40 mil habitantes ou fazer parte das áreas do Governo Presente. 

"As Casas são um espaço de diálogo, encontro de coletivos juvenis, formação e propulsoras de políticas públicas para juventude”, comenta, acrescentando que os locais são "mais do que um espaço para as juventudes, são para desenvolver políticas públicas para a juventude, para transformar a vida dos jovens”. 

Para mais informações, acesse: http://www.pe.gov.br/blog/juventude/

Fonte: Adital.
Por Karol Assunção.

sábado, 2 de junho de 2012

Prêmio Jovem Cientista Está com Inscrições Abertas na Área Esportiva.



Estudantes do Ensino Médio brasileiro, universitários/as e graduados/as já podem se inscrever no 26° Prêmio Jovem Cientista (PJC). Com o tema "Inovação Tecnológica nos Esportes”, a edição deste ano pretende estimular pesquisas na área esportiva. As inscrições vão até o dia 31 de agosto no site: http://www.jovemcientista.cnpq.br.

Além das categorias Ensino Médio, Ensino Superior e Graduado, o Prêmio contempla: Mérito Institucional, para instituições de Ensino Médio e Superior; e Menção Honrosa, para pesquisador/a doutor/a que tenha realizado produção científica de destaque na área relacionada ao tema do Prêmio. 

As pesquisas serão avaliadas seguindo os critérios de: mérito, originalidade e relevância da proposta; contribuição para o avanço da área de conhecimento; e qualidade do texto em relação à linguagem e qualidade da apresentação do trabalho. 

 Os resultados serão divulgados em novembro e a premiação será em dezembro deste ano, em Brasília (DF). Os/as três primeiros/as colocados/as na categoria de Ensino Médio receberão um notebook cada uma/a. Já os/as universitários/as receberão prêmios de R$15 mil, R$12 mil e R$10 mil, para o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente. 

Na categoria Graduado/a, os/as vencedores receberão: R$30 mil (1° lugar), R$20 mil (2°), e R$15 mil (3°). As instituições de Ensino Médio e de nível Superior de destaque ganharão R$35 mil cada uma. Já o/a pesquisador indicado/a para Menção Honrosa receberá R$20 mil. 

Os/as vencedores/as também receberão bolsas de estudo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e poderão participar da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 2013. 

Por Karol Assunção.
Fonte: Adital.

Por um Sistema Educacional Emancipador!

Em pleno ano de eleições municipais, a população brasileira, e principalmente os movimentos juvenis, novamente testemunharam o adiamento da votação do Plano Nacional de Educação (PNE), documento que é responsável em alicerçar todas as metas para a educação brasileira durante os próximos dez anos, ficando cada vez mais nítido que o investimento público em um sistema educacional com finalidade de emancipar socialmente e politicamente os cidadãos brasileiros, ainda não é interesse de nossas elites qe se enraizaram em todas as esferas dos poderes políticos.

Já não bastava, a tamanha falta de respeito, por parte do Estado, em desconsiderar importantes propostas construídas pela Conferência Nacional de Educação (Conae) e em propor míseros 7,5% do Produto Interno Bruto para o setor educacional. Agora, remarcar a data de votação do Plano Nacional de Educação para, quem sabe, próximo dia 12 do mês de junho é de fato, está fazendo o povo brasileiro de idiota e reafirmar que a educação nao é prioridade política.

Entretanto, ainda insisto em acreditar que o antigo sonho de um sistema educacional de qualidade e eficaz é possível, mas, quando nos deparamos aos descasos, aos baixos índices e rendimentos da educação brasileira ou quando comparamos as nossas estatísticas educacionais com a de outros países mais pobres (vide os índicadores sociais cubanos, onde o analfabetismo é zero), não há possibilidades de não ficar inquieto e hostil a todas as falácias governamentais.

Como pensar em desenvolvimento social e econômico em uma nação que investe apenas 5,1% do PIB na educação? A taxa de analfabetismo da população adulta é de 9,7%, segundo os dados da Uneso e o acesso ao ensino superior é de 33% da população absoluta. Enfim, nossos indicadores nos trazem péssimas perspectivas para os dias que estão por vir.

Portanto, mesmo ainda distante da realidade ideal, nós, enquanto cidadãos, oriundos das classes de trabalhadores e trabalhadoras, precisamos relembrar as sábias lições aristotélicas e nos considerarmos virtuosos "animais políticos". E a luta contra os interesses das nossas elites que insistem em sucatear as nossas escolas e universidades tem que ganhar cada vez mais corpo, e principalmente, as ruas. As nossas inquietações necessitam ser externadas, especialmente nesses anos eleitorais, já que toda a mediocridade e hipocrisia estão manifestas em diversos discursos  reacionários que infelizmente ainda temos que escutar.

Pois bem, não adianta mais adiarmos o debate sobre a educação, pois a realidade concreta está exigindo transformações. Assim, debater sobre as políticas educacionais que, historicamente são alicerçadas pela desvalorização do professor e pelos investimentos notoriamente debilitados é essencial para âmbito da luta de classes. Não se enganem, pois mesmo no campo da municipalidade, podemos sim, formular as críticas necessárias para desmascarar as mazelas sociais derivadas da má distribuição das nossas riquezas nacionais