sábado, 31 de dezembro de 2011

Estatuto da Juventude Está nas Mãos dos Senadores.


Jovens têm a responsabilidade de pressionar os parlamentares para votação acontecer nos primeiros meses de 2012.

Muitas matérias que aqueceram as discussões no Senado em 2011, e acabaram não sendo votadas, retornarão à pauta de trabalho dos senadores em 2012. Entre elas estão a Proposta de Emenda à Constituição, que disciplina o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um novo projeto de lei para tratar da homofobia e o Estatuto da Juventude (Projeto de Lei da Câmara 98/2011).

Menos conturbado que a discussão sobre o CNJ, o Estatuto da Juventude teve a tramitação acompanhada de perto pela sociedade civil organizada como União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

A proposição em exame na Comissão de Constituição e Justiça, entre outros itens, regulamenta a concessão da meia-entrada, estendendo o benefício ao transporte intermunicipal e interestadual, e passando à responsabilidade de entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) a emissão das carteiras de estudante.

Entenda a Tramitação:

Depois da apresentação do substitutivo do relator, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), alguns senadores pediram mais tempo para analisar a proposta. A última vez que o Projeto de Lei figurou na pauta de votação dos senadores foi no dia 21 de dezembro.

O substitutivo do relator traz alterações no texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Uma delas é a limitação da meia-entrada a somente 40% dos ingressos de eventos culturais, artísticos e esportivos promovidos pela iniciativa privada e a 50% dos ingressos no caso de eventos com apoio do governo.
Outra mudança proposta pelo senador Randolfe foi a extensão do direito à meia-entrada a jovens carentes de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família, mesmo que estejam fora da escola.

Manifeste sua opinião na rede!

Durante as sessões de discussão da matéria no Senado, os estudantes fizeram protestos e mobilizações – como visita a senadores e ao presidente do Senado, José Sarney – em busca de apoio ao Estatuto.
No entanto, não é preciso viajar até Brasília ou tomar as ruas para manifestar seu apoio ao projeto da lei orgânica da juventude brasileira. Uma das maneiras de pressionar os parlamentares é enviando mensagens para os correios eletrônicos dos senadores e expressando sua opinião para sua rede de amigos através das redes sociais.

Na semana da última reunião do senado que tratou do tema, o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina, convidou os jovens conectados a participarem de uma mobilização virtual através da utilização do hashtag #EstatutodaJuventude.

Fonte: InfoJovem

Questão Ambiental é Pauta de Movimentos Juvenis Latino-Americanos.

Movimentos Amadurecem Suas Reflexões Para Rio+20

O meio ambiente voltou à pauta de discussões. Enquanto Governos e Chefes de Estado não entram em consenso sobre medidas eficazes para preservar o meio ambiente e reduzir os danos das mudanças climáticas, organizações sociais de várias partes do mundo lutam em busca de uma solução mais efetiva. Luta essa que também é dos jovens. A América Latina é um exemplo de região onde as juventudes estão preocupadas e atentas às discussões e ações pela preservação do meio ambiente.
Este é o caso dos estudantes da Universidade de El Salvador que, em junho de 2006, constituíram o Jovens X ½ Ambiente (JxMA). Criada com a intenção de ser “uma organização formadora de consciência crítica e propositiva diante dos problemas socioambientais, de maneira que as/os futuras/os profissionais do país ofereçam e promovam soluções concretas”, JxMA já realizou diversas ações em El Salvador, como fóruns, festivais, exposições e oficinas sobre a questão ambiental.
No México, os/as jovens estão reunidos, desde fevereiro de 2009, na Juventude Mexicana frente à Mudança Climática (JMFCC, por sua sigla em espanhol), rede de divulgação e comunicação sobre ações e pesquisas relacionadas às questões climáticas com o objetivo de incentivar a participação da sociedade nas discussões e estratégias de mitigação e adaptação.

A rede considera importante a atuação dos jovens em prol do meio ambiente tanto diante dos governos quanto da sociedade civil. “Funciona como uma rede, onde se proporcionam as ferramentas, vínculos e informações verdadeiras que permitam aos jovens do México, e dos países que desejam se somar, a compreender a mudança climática e com isso atuar para sua mitigação de maneira transdisciplinar”, descreve JMFCC em seu perfil do facebook.

No Brasil, jovens de vários estados se reúnem em redes e coletivos para debater a temática ambiental. É o caso do Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Pará, que realiza formações ambientais em escolas e comunidades rurais do estado. Gilson Dias, coordenador-geral do Coletivo no Pará, explica que o grupo, na capital paraense, é formado por 14 pessoas entre 20 e 30 anos de idade.

De acordo com ele, nas escolas, os jovens trabalham as discussões ambientais com foco no consumo consciente; já nas comunidades rurais, os debates se centram no sentimento de pertença, de que o ser humano também faz parte do meio ambiente. “Nós estamos construindo o processo para gerações futuras. Temos de garantir as mesmas oportunidades para as gerações futuras e, por isso, é importante a gente preservar o que já existe”, comenta.

Na opinião dele, as discussões internacionais sobre o assunto “são um fracasso, pois muito se discute e pouco se resolve”. Ele cita como exemplo a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Apesar de todas as discussões e protestos, “o projeto está saindo e os governos estão se lixando”, opina.
Para Gilson, “a questão ambiental é uma questão de urgência” e precisa ser discutida para que as pessoas reflitam o modelo de sociedade e de consumo atual. “É uma questão de sobrevivência da sociedade. As pessoas têm que entender que nada é para sempre, que ninguém deixa a casa suja. A Terra é a nossa casa comum e devo cuidar dela, conviver de forma pacífica”, explica.

Meio Ambiente

Prestes a completar 20 anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – também conhecida como ECO92 e Rio92 -, organizações sociais e governamentais de vários países discutem sobre os avanços e desafios rumo ao desenvolvimento sustentável. Para ampliar o debate, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou, neste ano, o relatório Dando seguimento a nosso ambiente mutável: De Rio a Rio+20.
O documento, apresentado no ano em que a população mundial chega à cifra de 7 bilhões de habitantes, relata as mudanças ambientais ocorridas de 1992 aos dias atuais. Destaque para o aumento no número de megacidades (com mais de 10 milhões de pessoas), o qual passou de dez, em 1992, para 21, em 2010.

Apesar das discussões sobre a redução da emissão gases de efeito estufa na atmosfera, o relatório aponta que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) continuam aumentando. Segundo o estudo, apenas 19 países são responsáveis por 80% das emissões globais do gás de efeito estufa. O estudo do Pnuma também revela, dentre outros pontos, o aumento no nível do mar e a perda de volume dos glaciares montanhosos.

Por outro lado, a pesquisa ressalta o investimento em soluções energéticas com baixas emissões de carbono. Da mesma forma, observa o crescimento da prática de ecoturismo (aumento três vezes maior que o turismo tradicional) e a promoção de política de reciclagem em vários países.

Fonte: Adital/EcoAgência

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Inscrições Para o Prêmio Agente Jovem Vão Até 31 de Janeiro.

Estão abertas, até 31 de janeiro, as inscrições para o Prêmio Agente Jovem, que vai premiar 500 produtores culturais em todo o Brasil. As iniciativas devem ser realizadas por jovens entre 15 e 29 ano, além de contribuir direta ou indiretamente para a transformação social. O edital do Prêmio foi lançado no dia 12 de dezembro, data do encerramento da 2ª Conferência Nacional de Juventude, que reuniu cerca de três mil jovens em Brasília (DF) para discutir os avanços e os desafios das políticas juvenis. De acordo com a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, o Prêmio atende a uma das reivindicações da Conferência, que ratificou o princípio de que a cultura é um direito fundamental de toda a juventude brasileira.

O projeto conta com investimentos de R$ 5 milhões e vai conceder prêmios de R$ 9 mil para cada iniciativa selecionada. De acordo com o edital, podem participar brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros que residam no país há mais de três anos. A iniciativa é desenvolvida pelo Ministério da Cultura, com a parceria da Secretaria Nacional de Juventude e dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Agrário.

Na opinião da secretária Severine Macedo, o Prêmio foi lançado em um momento importante, quando a juventude se articula para conquistar e garantir seus direitos específicos. Ela ressalta que a premiação abrange uma faixa transversal das políticas públicas de juventude e contribui para o fortalecimento da agenda juvenil, por meio da parceria firmada entre a SNJ e demais ministérios, sobretudo o Ministério da Cultura, que tem diversos programas voltados diretamente para o público jovem.

Acesse aqui o edital do Prêmio

Fonte: Secretaria Nacional de Juventude.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Reforma Política: Um Debate Necessário Para o Brasil Avançar.

No campo da política não há espaço para formulas prontas quando estamos diante de problemas relacionados a natureza do Estado. Essas problemáticas, normalmente são frutos da própria dinâmica social e tendem a se tornar elementos essenciais para tranformarmos a realidade, além de adequar a funcionabilidade estatal ao seu contexto histórico. É nesse processo dialético que passam a surgir os novos desafios e novas demandas políticas que por sua vez, podem ou não determinar o início de uma transformação social.

E diante de tal contexto, é fundamental avaliar um pouco sobre o nosso papel como sujeito histórico, tendo em vista a responsabilidade de identificarmos esses novos desafios que podem condicionar uma transformação política para que nossa ação, enquanto cidadãos seja cada vez mais qualificada e fundamentada no atual momento que estamos inseridos. Não adianta pararmos no tempo e pensar que presente é apenas o bastante para lidarmos com as atuais demandas sociais, pelo contrário, precisamos utilizar de todas as lições que obtivemos no passado para daí, compreender a contemporaneidade e assim oferecer respostas concretas para as necessidades políticas atuais.

Enfim, é no acúmulo de força e no diálogo com outras opiniões que vamos obter a experiência necessária para compreendermos a nossa realidade. A maior prova disso, consiste no avanço que os partidos e entidades civis de ideologia progressista e de esquerda vem obtendo ao longo da última década, principalmente após a vitória eleitoral do presidente Lula em 2002. Foi um processo que não surgiu do dia para a noite, pelo contrário, foi uma construção histórica e obtida ao longo de um árduo processo de acúmulo de experiências, estudos e alianças políticas. Processo esse que vai sendo construído a medida em que as contradições vão se manifestando com mais intensidade e precisando assim de respostas mais fundamentadas às reais necessidades.

Vivênciamos uma década repleta de mudanças, principalmente no que diz respeito ao fortalecimento do diálogo e da participação popular dentro das instâncias deliberativas do poder político. Foi o momento em que os movimentos sociais, os partidos políticos de esquerda e as organizações civis passaram a ser os principais representantes do povo brasileiro, pois esses, foram capazes de entender toda a complexidade das relações políticas e ao mesmo tempo, criaram as condições necessárias para um período de intensas transformações sociais. Como sabemos, a ascensão desses setores políticos foi responsável pelo desenvolvimento das políticas públicas, das ações afirmativas e dos mecanismos de controle social.

Contudo, todos esses avanços também possibilitou um amadurecimento político que por sua vez, veio acompanhado por novas demandas, necessitando ainda mais a ampliação das ações políticas para que haja maior participação popular a fim de que esses novos desafios sejam incorporados à agenda publica. Ainda temos um longo caminho para debatermos sobre questões fundamentais para o desenvolvimento social do Brasil, e a reforma política é uma dessas questões. Felizmente, criamos condições reais para debatermos sobre essa temática, dentro e fora das instâncias burocráticas e conservadoras do Estado. Para ficar mais claro esse raciocínio, vamos pensar da seguinte maneira: se no passado, a juventude exigia mais escolas e universidades, hoje, temos que exigir uma revolução no modelo educacional do país; se os trabalhadores clamavam pela criação de novos postos de trabalhos, hoje, temos que lutar pela valorização e pelo trabalho decente e se a outrora, lutávamos por um projeto político voltado para as classes populares, hoje, temos condições de exigir uma reforma no modelo de organização política do país, para que possamos transformar o Brasil em uma democracia ampla, participativa e popular. Os novos desafios do século XXI estão lançados e o momento é bastante propício para avançarmos junto com os movimentos sociais.

Enfim, não podemos negar que chegamos a um momento de grande maturidade, e justamente por isso, temos total condições de identificar os próximos passos para avançar no processo de reformulação da democracia brasileira. Para isso, é fundamental romper com obstáculos institucionais que foram cristalizados nas raízes do Estado brasileiro, pois esses dificultam a possibilidade de se executar maiores transformações na atual conjuntura política. Além disso, também é necessário desconstruir a lógica que está inserida no atual modelo de democracia representativa do país. Democracia essa que em muitos caso, não favorece de forma eficaz a participação popular nas instâncias governamentais e que é facilmente manipulada por fatores externos, como a grande mídia e o capital privado. Nessa conjuntura, temos que fortalecer cada vez mais a ideia de uma democracia livre do capital econômico.

Estamos diante de uma nova contradição e os partidos políticos, junto aos movimentos sociais precisam tomar propriedade desse debate, para que a democracia brasileira não seja, mais um instrumento das oligarquias e dos empresários que historicamente utilizam da gestão pública para manter os seus interesses de mercado. É difícil avançar, tendo que conviver com um modelo de democracia vacilante e submissa ao poder economico. É difícil chegarmos a novos patamares se ainda predomina uma cultura política conservadora e paternalista. Entretanto, só vamos encontrar a solução para esses novos desafios através da mobilização popular.

As organizações sindicais, os movimentos comunitários, as mulheres, a juventude e os movimentos de negros e negras precisam formular opiniões sobre o fortalecimento dos partidos políticos e do financiamento público de campanha para que possamos acabar com certas práticas eleitorais que somente favorecem uma elite e que faz da gestão pública um instrumento para a manutenção dos interesses particulares. Para a democracia avançar é preciso que os partidos políticos se fortaleçam e que seus programas sejam respeitados e não reduzidos apenas a legendas eleitorais.

E é diante disso que os movimentos sociais precisam responder aos novos estímulos e orientar os rumos do debate sobre a reforma política brasileira, com o intuito de escrever um novo projeto nacional de desenvolvimento para país. Os movimentos não podem estagnar no tempo e no espaço, nem ficar presos as bandeiras do passado, é preciso renovar a luta e avançar na política. Em outras palavras, vamos democratizar a democracia e fazer com que haja de fato, um modelo de representação democrática que contemple os trabalhadores, as mulheres, os jovens, os negros, os índígenas e outras minorias. É dessa democracia que o país precisa.

domingo, 18 de dezembro de 2011

RESOLUÇÃO DA I PLENÁRIA DE JOVENS TRABALHADORES DA CTB


Somos jovens, e vemos preocupados a crise capitalista avançar pelo planeta. O Brasil deve enfrentá-la com uma aposta em seu povo e juventude, fortalecendo o mercado interno, a integração latino-americana e com os países do Sul. Avançar na Educação, combater o desemprego juvenil, apoiar o campo, investir nas periferias e zonas rurais dependem de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que valorize o trabalho. Não nos contentamos em disputar a periferia do orçamento, é preciso romper com a ditadura do capital financeiro e dos barões da mídia: reduzir os juros e o superávit primário, defender-nos contra a especulação cambial e democratizar a mídia.

Tais são as causas estruturais de uma realidade inaceitável, em que a juventude compõe a maioria da PEA e vive os piores indicadores sociais, vítima da precarização do trabalho, da terceirização, do desemprego endêmico. É preciso assegurar os direitos da juventude ingressar qualificada no mercado de trabalho e seguir a estudar para que ela seja a fortaleza de nosso projeto nacional soberano.

Isso significa defender milhões de jovens pobres expulsos dos bancos de escola porque precisam trabalhar e enfrentar jornadas extensas. Jovens que assumem os cuidados e o sustento das suas famílias (em especial as mulheres), sobretudo nas periferias e no campo, sem qualquer apoio do Estado, privados pela necessidade do direito de decidir o seu futuro.

Por isso solidarizamo-nos com os(as) jovens que ocupam as praças no mundo árabe, na Europa, e nos Estados Unidos, contra a crise capitalista, que cobra dos trabalhadores(as) o preço da orgia financeira. Denunciamos as manobras do imperialismo, cuja repressão e a infiltração, apoiados pela imprensa oligopolista, e através da guerra quer impedir os povos de decidir seus destinos.

Essa luta ganha expressão em nosso país com o #OcupeBrasília na Esplanada dos Ministérios, mobilizado pela UNE, a UBES e a ANPG, e que conta com nosso apoio. Também lutamos pela aprovação do Estatuto da Juventude, por um novo Plano Nacional de Educação com 10% do PIB para a área, e pelo PL dos 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação, Ciência e Tecnologia. Cada centavo para o povo é um a menos a alimentar o rentismo parasita.

O caminho é a mobilização e a pressão política:

Aprofundar as mudanças exige enfrentar interesses e precisa de participação e mobilização. É decisiva a luta nas praças, ruas e locais de trabalho, como nas greves, uma pressão fundamental para não nos determos na democracia participativa. Como vimos no lançamento e na abertura da 2ª Conferência Nacional de Juventude, a representação da sociedade civil se resumiu a um membro do Conselho Nacional, ignorando as maiores organizações brasileiras, e sinalizando para o lugar que caberia à juventude na Conferência.

Apesar disso, a mobilização, a autonomia e a amplitude da juventude se impuseram, exigindo que as políticas públicas sejam pra valer, o que se expressa no orçamento. Saudamos as resoluções adotadas que, na maioria dos casos, são sinais de protagonismo, ousadia e unidade por aprofundar as mudanças. Será preciso muita luta para torná-las realidade!

Lutaremos pela Agenda Nacional do Trabalho Decente, para os(as) jovens integrarem educação e trabalho na sua vida, para o que o ensino técnico, articulado à educação formal, é indispensável. Lutaremos por investimento no campo e nas periferias. Somamo-nos às críticas contra a inoperância desde a I Conferência quanto ao extermínio da juventude negra. Lutamos por uma política de cultura para a juventude que assegure a meia para os estudantes, o vale-cultura para os trabalhadores e medidas ainda mais atrativas para a juventude que está fora do trabalho e da escola, e além disso, a juventude não quer apenas consumir cultura, como mostraram os Pontos de Cultura, que possibilitam o protagonismo da juventude e o acesso do campo e das periferias. E somos parte da grande unidade construída pela aprovação do Estatuto da Juventude.

A juventude trabalhadora exige condições iguais de salário e trabalho - em especial para as mulheres -, e o direito à participação no movimento sindical, ameaçado pelas patronais que visam a intimidar ou cooptar a juventude. Consideramos a luta das mulheres pelo empoderamento, contra o machismo e a violência uma dimensão fundamental da luta da juventude trabalhadora. Nosso coletivo passa a ter uma responsável para essa importante luta, que passa pelo próprio movimento sindical assegurar espaços para as crianças nas atividades deliberativas, para não reproduzir a exclusão feminina pela dupla ou tripla jornada.

Juventude da CTB convoca seu II Encontro Nacional para abril de 2013:

A Juventude da CTB fortaleceu sua rede em 2011, e nesse caminho convoca seu 2º Encontro Nacional para abril de 2013. Pedimos ao movimento classista da CTB um apoio simples e concreto:
a) Criar a Secretaria de Jovens nos sindicatos e nas direções estaduais com vacância;
b) Encaminhar os contatos de jovens para a juventude da CTB;
c) Apoiar política e financeiramente os coletivos estaduais e nacional favorecendo a interação sindical juvenil dos estados.

Saudamos o ingresso das FETAG de Sergipe, São Paulo e Acre na CTB, e convidamos a juventude rural a ampliar sua força e integração na CTB. Também é nossa a luta por educação no campo, crédito, assistência técnica, acesso à terra, à cultura, ao lazer e ao esporte no campo. O Brasil precisa da sucessão rural e da modernização do campo, com reforma agrária, integração das diferentes formas de propriedade, respeito ao meio ambiente e valorização do trabalho assalariado no campo. São bandeiras da nossa soberania alimentar e nacional, contra os interesses do imperialismo, que cobiça a Amazônia e quer travar o desenvolvimento do Brasil.

Estamos fortalecidos para impulsionar a juventude trabalhadora no movimento sindical como espaço intergeracional que mescla experiência e renovação, ainda que seja a renovação o principal desafio dos experientes. A juventude é um caminho necessário para a CTB crescer ainda mais e ser referência para essa parcela com inegável representatividade. A burguesia disputa a juventude. O movimento sindical não pode vacilar em atrair milhões para a vocação da juventude trabalhadora: mudar o Brasil a favor das maiorias, para um futuro de democracia e direitos, um futuro socialista!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pernambucana Manuela Braga é Eleita Nova Presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES).



Terminou neste domingo (4) o 39º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que reuniu em São Paulo cerca de cinco mil estudantes do ensino fundamental, médio,profissionalizante e pré-vestibular de todos os estados do país. O encontro elegeu a pernambucana Manuela Braga, de 19 anos, — aluna do curso técnico de Saneamento Ambiental no Instituto Federal de Ensino de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) — a nova presidente da entidade.


Manuela, que vive no Recife, terá agora o desafio de percorrer as escolas de todo o país, conhecendo os problemas de cada grêmio e debatendo soluções para a educação brasileira.

Participaram da votação 1.561 delegados, escolhidos em eleições realizadas em escolas de todo o país. A chapa que elegeu Manuela, “Movimento estudantil unificado pelas mudanças do Brasil”, teve 1.288 votos,correspondendo a 82,5% do total. O outro candidato à presidente da UBES foi Gladson Reis, de Belo Horizonte, representando a chapa “Rebele-se: A Ubes é para lutar”, que teve 273 votos — 17,5% do total.

Considerado o mais importante encontro do movimento estudantil brasileiro, ao lado do Congresso da UNE, o Congresso da UBES definiu os rumos do movimento estudantil secundarista para os próximos dois anos. Com o tema “Todos juntos por uma educação do tamanho do Brasil”, o encontro serviu também para convocar a manifestação #OcupeBrasília, um acampamento dos jovens na Esplanada dos Ministérios, a partir dessa segunda-feira (5), em defesa da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) com 10% do PIB investidos nesse setor.

Manuela:

A nova presidente da UBES terá a partir de agora que conciliar as aulas, livros e provas com a missão de representar os milhões de estudantes brasileiros do ensino fundamental,médio, técnico e pré-vestibular.

Ao que parece, não será uma tarefa fácil. Nos bastidores do Congresso que a elegeu, visivelmente emocionada, Manuela deixou escapar que também está com a cabeça nas aulas de biotecnologia. É certo que nada parece ter sido muito fácil na história de vida dessa jovem nordestina, cuja mãe veio da pequena Nazaré, no interior do Piauí, e o pai de Vicência, no sertão pernambucano. Militante da União da Juventude Socialista (UJS), antes de se tornar presidente da Ubes, ela presidiu a União Metropolitana de Estudantes Secundaristas do Recife e foi líder do grêmio de sua escola técnica.

Comunicativa e animada, torcedora do Sport Clube Recife, fã de forró, MPB e até funk carioca, guarda carinho também pelo teatro e pelo cinema. Na literatura, seu livro favorito é “A Hora da Estrela”, cânone de Clarice Lispector. Curiosamente, o romance conta a vida de outra jovem nordestina, Macabéa, com origens familiares pobres nos rincões do Brasil. No entanto, ao contrário da personagem lispectoriana, cuja triste trajetória é marcada pela exclusão social, pela opressão e o esquecimento no sudeste, Manuela ganha o centro das atenções no debate público do país, tendo muito a falar e disposta a mudar a realidade:

“Sempre me incomodei em conhecer estudantes pobres que não assistiam aula por não ter dinheiro para o transporte, sempre me incomodei em conhecer alunos do turno da noite que não possuíam dinheiro para a alimentação. Essa ainda é a realidade de muitos, não somente no nordeste, mas em todo o país”, afirma.

Como principais objetivos de sua gestão Manuela elenca a ampliação do ensino técnico e de projetos como o Pronatec, a reforma do ensino médio aliando a educação propedêutica à aprendizagem profissional, o aumento de investimentos na escola pública, a conquista federal da meia-entrada e do passe-livre para estudantes de todos os estados e o fortalecimento das políticas públicas para a juventude no país.

Além disso, espera ver o movimento estudantil secundarista ainda mais antenado com outras pautas como o meio ambiente, assunto que gosta e domina, e o preconceito contra as mulheres. “Conheço muitas meninas, dentro das escolas desse país, que têm sonhos, inteligência e muita capacidade de participar dos grêmios, da UBES, mas sofrem preconceitos e repressão de todos os tipos.São mal vistas pelos colegas, pela família, pela sociedade que não compreende uma mulher nova e livre, com participação política, poder e voz. Isso precisa mudar”, enfatiza, em um tom que soa como um convite a todas as potenciais jovens Macabéas do Brasil a se tornarem protagonistas na mudança do roteiro de suas vidas e da nação.

Com informações da assessoria de imprensa da UBES.
FONTE: VERMELHO.

domingo, 27 de novembro de 2011

No Ceará, Projeto Incentiva Jovens a Identificar e Registrar Patrimônios Locais.


Por Karol Assunção

Sensibilizar os jovens para a questão patrimonial. Esse é o objetivo do Projeto Patrimônio para Todos. Desenvolvido desde 2009 pela Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho (EAO), equipamento ligado à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult), o projeto neste ano contempla jovens de Fortaleza e de Aquiraz.

João Paulo Vieira Neto, historiador e coordenador pedagógico do projeto, explica que a intenção é oferecer oficinas de sensibilização patrimonial para jovens moradores de comunidades atendidas pela iniciativa. "A ideia é inverter a lógica de preservação patrimonial. Nas comunidades, não é o técnico que diz quais bens serão preservados. Os facilitadores ouvem os jovens e aí temos uma ampliação da noção de patrimônio”, explica.

De acordo com João Paulo, nas oficinas, os jovens percebem que patrimônio pode ser não apenas prédios antigos e históricos, mas também saberes e práticas que fazem parte da comunidade deles, como a casa e os conhecimentos de pescadores, os terreiros de umbanda, as práticas das rezadeiras, entre outros.

"Que os jovens possam conhecer um pouco o próprio lugar onde vivem, a trajetória de vida dos familiares e vizinhos. A intenção é conhecer para intervir”, comenta, ressaltando a importância de o jovem conhecer o mundo que o cerca levando em consideração a construção social e reflexões históricas.

Participam desta edição cerca de 520 jovens de comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) de Fortaleza e Aquiraz. Os facilitadores das oficinas também são jovens entre 18 e 29 anos que se candidataram ao projeto por meio de edital. Os 26 selecionados participaram de capacitações e agora compartilham os conhecimentos com outros jovens através de oficinas que acontecem até este sábado (26).

Além de discussões e debates sobre conceitos de patrimônio e identidade cultural, os participantes percorrem as comunidades com o objetivo de identificar e registrar os patrimônios locais através fotografias, vídeos, desenhos e até músicas que são postadas no blog do projeto (http://patrimonioparatodos.wordpress.com/).

O jovem como facilitador:

Ninguém melhor do que o próprio jovem para discutir e debater com outros jovens sobre patrimônio local. É por isso que os facilitadores são pessoas que têm faixa etária próxima a dos participantes. De acordo com João Paulo, muitos do que agora assumem a posição de facilitador já participaram das edições anteriores do projeto como estudantes. "A ideia é que os capacitados sejam futuros facilitadores e atuem como provocadores [da questão patrimonial] no bairro”, comenta.

Cassia Costa, de 22 anos, é facilitadora das oficinas desde a primeira edição do projeto. "É uma grande experiência, cada oficina é única. [O projeto] engrandeceu minha vida profissional e pessoal, abriu muitas portas. Como sou mais ou menos da mesma idade dos participantes, cria um laço de amizade. Sempre muda alguma coisa em mim quando converso com esses jovens”, relata.

Para ela, a iniciativa é importante porque incentiva a valorização da comunidade. Além disso, parte de questões discutidas pelos próprios jovens. "É uma construção do conhecimento. Eles que vão identificar os patrimônios”, afirma.

Pensamento que é compartilhado com Micharlles Paz, facilitador das oficinas de Messejana. De acordo com ele, os encontros partem de uma concepção "dialógica”, em que participantes e facilitadores têm direito à voz.

Micharlles destaca ainda a experiência de estar na posição de facilitador. "Não penso que vou dizer a verdade. Tento mostrar as múltiplas possibilidades”, comenta, ressaltando que preza pela postura ética, pelo posicionamento coerente com a dignidade da pessoa humana e o direcionamento político.

Fonte: Adital Jovem.

sábado, 26 de novembro de 2011

Sindicato dos Professores de Pernambuco Cria Direção de Jovens Trabalhadores.



Membro do CEJU, Wallace Melo Barbosa irá fazer parte da nova gestão do sindicato dos professores de Pernambuco (SINPRO/PE) como diretor de jovens trabalhadores.

O CEJU recebeu a notícia com grande alegria, uma vez que, passamos a contribuir com o debate sobre a efetivação das políticas de juventude em outros espaços de importante relevância política. Atuar na esfera sindical será um novo desafio que o CEJU terá pela frente, para continuar construindo um debate mais qualitativo sobre a conjuntura juvenil no Brasil.

Além de fazer parte do sindicato, Wallace Melo Barbosa também vai passar a se organizar no coletivo de jovens trabalhadores da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), junto com outros jovens do estado de Pernambucano, podendo assim trocar mais experiências sobre PPJ e consequentemente, qualificando ainda mais os trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Juventude, Desenvolvimento e Cidadania.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CTB Promove I Plenária Nacional da Juventude em Dezembro.





Por deliberação da Executiva e com objetivo de fortalecer seu trabalho e organização, a secretaria de Juventude Trababalhadora da CTB, têm realizado encontros na Bahia, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, além de participar de importantes eventos juvenis nacionais levantando a bandeira da Central, mapeando lideranças e integrando-as nas redes sociais.


Agora é a hora de colher os frutos desse esforço. Por isso, a CTB realizará a sua I Plenária Nacional de Juventude CTB, nos dias 12 e 13 de dezembro na sede da CONTAG, no Núcleo Bandeirante, em Brasília. O evento será ao fim da II Conferência Nacional da Juventude, que também ocorrerá em Brasília, de 9 a 12 de dezembro e em que a CTB também participará.

A I Plenária Nacional da Juventude da CTB reunirá jovens trabalhadores de todo o Brasil para fortalecer e ampliar o coletivo nacional e atualizar a política de juventude, e assim dialogar com essa importante parcela dos trabalhadores e do movimento sindical.

Será uma grande chance para os Estados capacitarem seus jovens líderes. Como as vagas são limitadas, é muito importante que os Estados estejam representados nos dias 12 e 13 de dezembro na I Plenária da Juventude da CTB, em Brasília.

Contatos com a organização do evento e o envio de devem ser feitos através da Secretaria de Juventude, com o secretário Paulo Vinícius (61-980491271 – pvss65@gmail.com ) ou através da assessoria, com Carolina Balladas ( juventude@portalctb.org.br - 11 3106 07 00). As vagas são limitadas.

Programação da I Plenária Nacional da Juventude da CTB

12/12/2011 – segunda-feira
18h00 – Credenciamento -
18h30 - Abertura
19h00 – Conjuntura Nacional e a Organização da Juventude Trabalhadora da CTB

13/12/2011 - terça-feira
8h30 às 11h00 – Grupos de trabalho
Grupo I – A juventude trabalhadora e empoderamento das mulheres na CTB
Grupo II – Mais organização para o trabalho de juventude da CTB no campo e na cidade:
Grupo III – Atualização do programa: a juventude e o Projeto Nacional de Desenvolvimento:
Grupo IV – Conexão e formação: a juventude trabalhadora da CTB e as possibilidades da internet
Coletivização dos grupos: 11h30 -12h30
10 minutos para cada grupo
14h00 – Apresentação do coletivo nacional ampliado da juventude da CTB e da resolução da I Plenária Nacional da Juventude da CTB.
17h00 - Encerramento

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CEJU Participa da Capacitação do Cine Mais Cultura.


Depois de muito esperar, o projeto do cine-comunitário está mais perto do que longe pois os representantes da UNACOMO e do CEJU, participaram de uma capacitação, na cidade de Moreno que durou uma semana, com objetivos de debater sobre a executação do projeto Cine Mais Cultura em Olinda.

O Cine Comunitário é um projeto idealizado pelo CEJU desde 2009 e após muita luta e paciência o projeto está saindo do papel, para alegria de todas as entidades contempladas, que irão poder concretizar o sonho de exibir filmes em diversas comunidades carentes. A organização do projeto Cine Mais Cultura, junto a FUNDARPE, capacitou os integrantes escolhidos para representar a entidade e fez a doação de todos os equipamentos necessários para as exibições dos filmes.

Brasil é o país da América Latina com Maior Número de Jovens Afrodescendentes,


Mais de 24 milhões de jovens afrodescendentes vivem na América Latina, de um total de 81 milhões de afrodescendentes da região. O Brasil é o país latino-americano com a maior quantidade de jovens afrodescendentes – 22,5 milhões, o que representa 47% de toda a população jovem no país. Os dados têm por base o Censo Demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A constatação faz parte do relatório Juventude Afrodescendente na América Latina: Realidades e Direitos (des) Cumpridos, divulgado hoje (18) pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), em Salvador (BA). A Colômbia é o segundo país latino-americano onde vivem mais jovens afrodescedentes: 1,1 milhão (11% de toda a população jovem do país).

Segundo o fundo, a juventude afrodescendente na América Latina é uma população majoritariamente urbanizada. Na Nicarágua, por exemplo, 88% desses jovens vivem nas cidades, enquanto os índices na Guatemala e no Panamá se mantêm bem próximos – 87% e 86%, respectivamente. A menor taxa foi registrada no Equador: 60%.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Publicação Destaca Violações Sofridas por Jovens de Recife (PE).

Por Karol Assunção.

Resistência à violência: construção social da juventude como sujeito de direitos. Esse é o título da nova edição do Caderno de Educação para Cidadania, lançado nesta sexta-feira (11) em Recife (PE), no Nordeste do Brasil, pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop).

A publicação, além de destacar as violações sofridas pela população jovem que mora na Região Metropolitana do Recife e entorno, apresenta artigos de especialistas nas áreas de Direitos Humanos, Direito à Cidade, Juventude e Movimentos sociais.

Ninguém melhor do que a própria juventude para relatar as violações e violências sofridas por ela. Nesse sentido, para a elaboração do documento, foram ouvidos depoimentos e impressões dos próprios jovens. Juliana Cecília de Carvalho, integrante da equipe de organização do documento, revela que, durante um ano, o grupo realizou encontros, oficinas pedagógicas e rodas de diálogos com os jovens para discutir as questões de violações a seus direitos.

A maioria dos participantes, segundo a integrante da organização, era de baixa renda, tinha entre 14 e 29 anos e ensino médio incompleto. Assim, os/as jovens relataram violências como abordagem e corrupção policial, falta de políticas públicas para a juventude, atendimento precário nos serviços médicos, postos de saúde dos bairros sem atendimento específico para a demanda - como medicamentos anticoncepcionais e preservativos, e precariedade dos espaços públicos de lazer.

Para Juliana, além da própria sistematização das informações de violências sofridas por esses jovens, a construção do documento foi importante para os próprios jovens se perceberem como sujeitos e reivindicarem seus direitos. "Foi importante para poder identificar as violações e quando os jovens se percebem como sujeitos, destacar o empoderamento da juventude e o jovem perceber que [a situação de violência] não é normal e [seu direito] precisa ser reivindicado”, aponta.

Justamente por conta disso, a elaboração do Caderno não se resumiu apenas à coleta de depoimentos. "Para além da publicação, nós realizamos formações, as temáticas foram discutidas com mais profundidade”, acrescenta.

Juliana ainda aponta a importância de os jovens participarem de ações e ocuparem espaços como conselhos e conferências para que possam "gritar” suas demandas e necessidades. "Nós atuamos em bairros com elevado índice de criminalidade e é importante [a juventude] perceber que é possível fazer outras atividades nos bairros [que não envolvam a criminalidade]”, destaca.

Fonte: Adital Jovem.
Gajop: http://www.gajop.org.br/index.php

Olinda Será Representada na 2ª Conferência Nacional de Juventude.


Após uma longa jornada de debates sobre o fortalecimento e a construção das políticas públicas de juventude, os movimentos juvenis de Pernambuco comemoram o sucesso da 2ª Conferência Estadual de Juventude, ocorrida nos dias 04, 05 e 06 de novembro e que reunião centenas de jovens em torno de vários e importantes debates políticos.

Foi um final de semana histórico para a juventude pernambucana, uma vez que, os conferentistas passaram a legitimar cada vez mais esse espaço de diálogo entre o poder público e a sociadeda civil. De fato, foram três dias marcados por discussões calorosas, integração social e convergência entre uma notável pluralidade de ideias e valores.

E no final, os jovens participantes puderam expressar as principais bandeiras de lutas, reinvindicações e demandas políticas, diretamente para o poder público estadual. Questões como educação, saúde, violência, trabalho, cultura e representação política foram pautados na maioria dos grupos de debates que tinham por finalidade elencar as expectarivas da juventude pernambucana.
Além disso, os participantes também escolheram os seus representantes para a 2ª Conferência Nacional de Juventude que irá ocorrer no próximo mês de dezembro, em Brasilía. Foi um momento muito vitorioso para o estado, pois a maioria dos municípios que participaram da conferência estadual elegeram representantes. Ao todo serão 60 delegados que irão participar da etapa nacional da conferência.

O município de Olinda conseguiu eleger três representantes de sua delegação para a 2ª Conferência Nacional de Juventude. Os jovens escolhidos foram: Simone de Paula, Ellis Regina e Roberto Santana. É válido ressaltar que esse último é membro do CEJU e presidente da União da Juventude Socialista - Olinda.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

XV CONSIND Debate Educação Básica e Juventude.


O segundo dia de atividades do XV Consind da CONTEE, que aconteceu em são Paulo/SP, em 21 e 22 de outubro, teve importantes mesas de debates. A primeira tratou da reforma do ensino Básico e recebeu o Professor Francisco Cordão, Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Em seguida, o tema proposto foi Juventude e Movimento Sindical, com a participação de Rosana Sousa, representando a juventude da CUT, e Paulo Vinícius, da juventude da CTB.

Em sua exposição sobre as reformas no ensino médio e na educação profissional técnica, o Professor Francisco Cordão, mostrou dados sobre o atual cenário educacional nos segmentos, falou sobre a estrutura da educação nacional, desde o ensino infantil, fundamental, ensino médio e superior, e apresentou os pilares da educação na sociedade do conhecimento, pela visão da OIT e UNESCO, e as diretrizes curriculares nacionais, citando pareceres do CNE sobre o tema.

Segundo Cordão, “a educação profissional não ocupa o lugar do ensino médio, mas se assenta nele”. De acordo com o professor, o ensino médio tem que articular as questões do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia. Ele afirmou que o ensino médio é um direto social e dever do Estado, “na sua oferta pública e gratuita”, onde as “unidades escolares têm que observar as finalidades previstas na LDB”. Para Cordão, o objetivo geral do ensino médio inovador e da educação profissional é desenvolver um programa de apoio para reestruturação pedagógica e organização das escolas públicas. O professor também disponibilizou o material de sua apresentação. Acesse aqui.

A necessária disputa da juventude:

Em seguida, os participantes do XV Consind acompanharam a exposição sobre juventude, com Rosana Sousa da CUT. De acordo com as informações trazidas pela convidada,“75% dos jovens estão no mundo do trabalho e apenas 20% deles continuam estudando. Além disso, “dos 25% que não trabalham apenas 10% estudam”. E questionou: “como falar aos jovens desempregados sobre a importância dos sindicatos?”. Em sua apresentação, Rosana destacou ainda a atuação da juventude da CUT e o papel da comunicação para atrair essa parcela da sociedade para a militância sindical.

O representante da juventude da CTB, Paulo Vinícius, demonstrou preocupação com o avanço da direita, segundo ele, “de posições fascistas, que fala diretamente para a juventude e que cresce nas escolas privadas, que não deixam o estudante organizar o grêmio estudantil”. PV lembrou que o jovem é hoje a maior vítima da violência, desemprego e drogas de extermínio, como o crack. “A juventude passou por um grave ataque ideológico de que não existe um projeto coletivo possível, além da negação da política como instrumento de luta”.

Em função disso, o dirigente acredita que a juventude precisa ser disputada pelos movimentos sindicais e sociais. “É preciso utilizar as mídias, dominar a linguagem, reconhecer a sua legitima representação na base do movimento. Contemplar as bandeiras sindicais dessa geração, varrer o machismo, a homofobia e o preconceito – que afastam, sobretudo, os jovens”, destacou.

Fotos: Xantilee Jesus
Daniele Moraes, de São Paulo/SP.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Juventude Ainda é a Menina dos Olhos.


Aliado antigo e disciplinado do PT e PSB, seja no plano nacional ou local, o PCdoB tem seus rebeldes com causa. É na juventude comunista que está a principal força do partido no estado.

Embora a legenda seja vista no Congresso como “nanica”, por ter apenas 15 deputados federais e dois senadores, é a mais forte entre os estudantes secundaristas e universitários em Pernambuco. Os jovens dessa sigla comandaram os “cara pintadas”, no histórico “Fora, Collor”, e ocupam cargos importantes nas direção estudantis.
Sob a liderança de Thiara Milhomem, 21 anos, o PCdoB comanda atualmente a União da Juventude Socialista (USJ) em Pernambuco – um dos principais movimentos estudantis que tem 14 mil filados no estado e mais de 100 mil no Brasil. Ela garante que, apesar das mudanças na legenda, que hoje faz alianças com o PR e o PP, os estudantes “têm lado” e não foram cooptados.

Segundo Thiara, a legenda é tradição entre os estudantes pernambucanos pelo papel que exerce nas reivindicações sociais em defesa dos jovens. Inclusive, a categoria já revelou para a política pernambucana nomes como Luciano Siqueira e Luciana Santos, respectivamente, deputado estadual e federal do PCdoB. “Estamos vivendo um processo de mudanças. Desde o início do governo Lula, há mais acesso a empregos, educação pública e universidades… Não podemos negar os avanços. Mas temos o papel de nos indignar”, observou, referindo-se especialmente à corrupção.

Thiara Milhomem considera uma injustiça a juventude ser rotulada de “individualista” e “sem causa”. Para ela, os jovens de hoje se posicionam diferente da época da ditadura, porque a luta é outra. “Na ditadura, os jovens brigavam por um direito básico que era a liberdade de expressão. Hoje, a gente pode se expressar nas redes sociais e as pautas são as mais diversas possíveis. A gratuidade da Universidade de Pernambuco (UPE), por exemplo, foi uma conquista nossa. Quem levantou essa bandeira foi a juventude”, lembrou. (A.M.)

Fonte Diario de Pernambuco

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Resistência e Cidadania Ativa do Grito dos Excluídos.

Levar às ruas as principais reivindicações dos movimentos sociais, além de criticar o atual modelo econômico e todo seu processo de exploração e exclusão social sempre foram os objetivos do Grito dos Excluídos, que se configura como uma das mais importantes manifestações popular, democrática e republicana do país. "Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças".

Diante disso, a promoção de uma reflexão cidadã na ótica dos sujeitos excluídos pelo sistema capitalista, em plena semana da pátria, por meio de reuniões e debates, entre os vários segmentos dos movimentos sociais demonstra o quanto o caminho ainda é longo, para construirmos uma pátria soberana e uma sociedade mais dígna e igualitária. E é diante de tal intuito, que muitos aproveitam o feriado da Independência, não para ir às praias ou aos clubes e sim para tomar as ruas e protestar de uma forma pacífica contra as contradições sociais inerentes ao neoliberalismo.

O Grito dos Excluidos foi idealizado em 1995, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto com ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC). É uma manifestação que se renova todos anos, cristalizando os debates propostos pelos vários movimentos brasileiros e chega a sua 17ª edição ainda mais solidificado no calendário político nacional, como um dos principais exemplo de cidadania ativa. Assim, nada melhor que o dia da Pátria (07 de setembro) para problematizar e refletir sobre o tipo de soberania que queremos para a sociedade brasileira. 

É válido ressaltar que a organização nacional do Grito dos Excluídos é um exemplo vivo para os demais movimentos sociais do mundo. E é nessa conjuntura, que em 1999 a experiência de tal manifestação foi a principal influência para o surgimento do Grito Continental Por Trabajo, Justicia y Vida, promovido em vários países da América Latina.

Eis um patrimônio político da luta do povo brasileiro. Estamos diante de um movimento que não é somente "para" os excluídos, e sim, é "dos" excluídos que de forma racional e organizada consegue promover um relevante momento de convergência, entre os vários setores da sociedade brasileira, solidificando ainda mais a crítica sobre as várias questões políticas que paíram sobre a nossa realidade. Dentre as diversas críticas e debates promovidos ao longo das 17 edições, podemos destacar os plebiscitos contra a implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), como também, a posição contrária à privatização da Vale do Rio Doce, ocorrida em 1997, pelo governo de FHC. Além dos protestos contra os vários escândalos de corrupção, desrespeito aos direitos humanos e degradação ambiental ocorridos durante os últimos anos.

Sabemos que no Brasil, como de resto em todo continente latino-americano, não raro o conceito de liberdade foi reduzido à idéia de libertação: libertação da opressão, da ditadura militar, da pobreza e assim por diante. Nos meios eclesiais, por exemplo, com freqüência faz-se alusão à experiência narrada pelo Livro do Êxodo, quando os escravos se libertaram das garras do Faraó. Ora, esse é apenas um lado da moeda, isto é, a liberdade de. O outro lado é a liberdade para. Depois da saída do Egito, é preciso unir forças para continuar caminhando até a Terra Prometida. E aqui o conceito de liberdade se torna bem mais exigente. 

Enfim, mesmo indo na contramão dos interesses elitistas enraizados nas estruturas institucionais e políticas do Brasil, o Grito dos Excluídos tem o objetivo de fortalecer a idéia de que uma nova sociedade pode ser construída, e para isso, é preciso romper com a ordem vigente por meio de uma ousada luta de classes, para que assim, possamos garantir ao povo brasileiro, maior dignidade, respeito, justiça e liberdade.

domingo, 21 de agosto de 2011

Centro de Juventude, Desenvolvimento & Cidadania Elege Delegados Para a 2ª Conferência Estadual de Juventude.


Wallace Melo.
Dos doze eleitos pela 3ª Conferência Muncipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda para representar a cidade na 2ª Conferência Estadual de Juventude, dois fazem parte do CEJU. Os diretores, Wallace de Melo e Gabrial Alex foram eleitos pelos participantes da conferência municipal para representar as propostas dos jovens olindenses na etapa estadual das conferências juvenis.

 A notícia foi recebida com muita satisfação por todos os integrantes do CEJU, pois foi uma importante sinalização de que o nosso trabalho está sendo reconhecido pela juventude olindense. Acreditamos que esse foi um importante passo para solidificarmos ainda mais a nossa atuação dentro do município.

Gabriel Alex.
Diante disso, o Centro de Juventude, Desenvolvimento & Cidadania acredita que garantir por melhores políticas de juventude é uma necessidade vital para o desenvolvimento social do país. E é nesse intúito que vamos honrar a confiança e o reconhecimento delegado ao nosso trabalho para contribuírmos ainda mais para a construção de uma sociedade mais justa e com a "cara" da juventude brasileira.

CEJU Participa da 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda


Indicado para ser uma das entidades responsável para a organização da 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda, o Centro de Juventude, Desenvolvimento & Cidadania mostrou mais uma vez, a seriedade do seu trabalho para toda a sociedade olindense. Contribuir com a organização da maior conferência de juventude que o município ja teve, foi uma tarefa deveras gratificante para os integrantes do CEJU.

De fato, foi uma experiência de grande aprendizado para todos que participaram da comissão de organização da conferência que buscou dialogar com grande parte da juventude olindense sobre questões políticas, culturais, sociais e econômicas que estão inseridas na realidade juvenil, não somente no âmbito municipal, mas também, nas esferas estadual e federal.

A 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Olinda foi um dos momentos mais importantes da história da juventude olindense, uma vez que, serviu para contribuir ainda mais para efetivar a necessidade de políticas voltadas para a juventude na cidade. Propostas como a criação de um Conselho Municipal de Juventude, melhoria nos serviços públicos voltados para os jovens e a criação de linhas de ônibus municipais nas madrugadas foram votadas com unânimidade pelos delegados presentes na plenária final.

Além da formulação de novas propostas, os conferentistas também elegeram a delegação que irá representar Olinda na 2ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude que irá acontecer nos dias 30 e 31 de outubro e 01 de novembro no Centro de Convenções de Pernambuco.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Olinda Terá Escola Técnica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.


Durante a semana, a presidenta Dilma Roussef, anunciou a construção de 08 novas Escolas Técnicas do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) em 2014. E Olinda será um dos municípios contemplados esse projeto. É válido ressaltar que tal notícia foi recebida com muita alegria e satisfação pelas organizações que atuam diretamente com os jovens na cidade, uma vez que, essa necessidade ja era elencada por muitos estudantes olindenses em fóruns, encontros e conferências.

Como foi dito, as organizações juvenis receberam essa notícia com muito entusiasmo, principalmente porque Olinda passa por uma época bastante propícia para a cristalização desse debate, haja vista que a cidade está se preparando para a sua 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude que será realizada no dia 19 de Agosto. Segundo o diretor do CEJU, Wallace de Melo Barbosa, que faz parte da comissão de organização de conferência, a proposta de uma escola técnica dentro de Olinda tem sido ressaltada em algumas pré-conferências de juventude e com certeza será tema de debate presente entre os jovens na conferência municipal.

De fato, Iniciar a 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude com uma notícia dessa grandeza, será algo muito proveitoso para os jovens olindenses, pois é uma prova que as suas demandas estão sendo atendidas pelo poder público.

sábado, 13 de agosto de 2011

Programa "Na Ladeira" Entrevista Membros da Comissão de Organização da 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda.


Roberto Santana Alves e Wallace Melo Barboda, representaram a Comissão de Organização da 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda em entrevista promovida pelo comunicador, Wagner Souto que apresenta o programa "Na Ladeira" da rádio comunitária, Amparo FM.

No decorrer da entrevista, foram pautadas questões ligadas aos mecanismos de participação dos jovens na conferência municipal de políticas públicas de juventude e a necessidade de se cristalizar, cada vez mais, um debate amplo sobre as políticas públicas de juventude em Olinda. E diante disso, questões ligadas a cultura, educação, lazer e cidadania foram debatidas junto aos representantes da comissão da conferência e ouvintes do programa.

A 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas de Juventude de Olinda será no dia 19 de Agosto, na Acadêmia Santa Gertrudes, localizada no Alto da Sé, a partir das 09:00 horas da manhã. O CEJU é uma das entidades representativas dos movimentos sociais integrantes na comissão de organização do evento.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

3ª Conferência Municipal de Juventude de Olinda.


Reportagem: Como a Polícia Trata o Jovem?

Muitas vezes o preconceito faz com que a polícia trate o jovem como um suspeito simplesmente por causa da idade, da etnia, do local de moradia ou da roupa que usa. O que pode ser feito para aproximar o universo dos jovens e da polícia?

Para copiar a reportagem para o seu computador: TV Câmara



(reportagem exibida no Câmara Ligada ”Como a polícia trata o jovem?” -

domingo, 7 de agosto de 2011

FHC Ainda é Persona Non Grata Para os Estudantes.


O sociólogo e ex-presidente da República por dois mandatos consecultivos ainda é citado por vários grupos de estudantes, devido a sua política de sucateamento do ensino público no país. Algumas teses apresentadas no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes que aconteceu na cidade de Goiânia, no último mês de julho fizeram questão de ressaltar que o movimento estudantil de hoje não pode deixar que as politicas educacionais provenientes do governo FHC retornem à realidade brasileira.

Como sabemos o movimento estudantil brasileiro foi um dos principais pilares da resistência ao regime dos generais, durante os governos provenientes da ditadura militar ocorrida entre os anos de 1964 a 1985. No entanto, após o historico processo de redemocratização política, a organização econômica do país passou a ser regida por uma orientação neoliberal que deixaram profundas mazelas na macroeconomia brasileira. Fatores como: privatizações, desemprego, inflação e baixos investimentos em setores relevantes para o desenvolvimento social do país, como educação, saúde e moradia foram realidades visíveis, a partir da década de 1980.

E diante de tal contexto, os movimentos sociais passaram a se manifestar de forma crítica e combativa a essa ideologia que pregava de fato, um Estado mínimo. E assim, passaram a ocupar novamente as ruas das principais capitais brasileiras, em defesa de um novo projeto político para o país no final do século XX.

No entanto, após 17 anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, os movimentos estudantis brasileiros ainda permanecem preocupados com um possível retorno das políticas neoliberais defendidas pela social-democracia dos tucanos (PSDB) que controlaram o Brasil por 8 anos consecultivos, sem se quer, construir pelo menos uma nova universidade federal no país, além de privatizar o ensino superior em detrimento da educação pública.

Durante o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes, algumas teses apresentadas por grupos de idéias políticas progressistas passaram a elencar FHC, praticamente como figura non grata, vejamos alguns exemplos:

Movimento Mutirão:
O governo do presidente Lula deu os primeiros passos nesse sentido, ao dobrar as vagas das universidades federais, distribuir quase 1 milhão de bolsas do Prouni e financiar os estudos de 500 mil estudantes pelo FIES, sem a exigência de fiador e com juros mais baixos. Além disso democratizou o acesso a essas novas vagas através das cotas sociais e raciais. Também vem substituindo o vestibular, feito sob medida para os estudantes de poucos colégios privados, pelo ENEM.
 Esssas transformações no entanto têm enfrentado uma campanha elitista e preconceituosa lançada pelos tucanos e pela imprensa golpista.Segundo eles, pobres e negros beneficiados pelas cotas não conquistaram as suas vagas por mérito, e por isso rebaixaram o nivel da universidade. Nada mais falso, pois nas 31 federais que ja adotaram as cotas, os estudantes beneficiados por elas tiveram notas equivalentes, e em vários casos superiores, quando comparadas às dos não cotistas, segundo resultado do último ENADE. No caso dos bolsistas do Prouni, suas notas foram em média superiores às do restante dos estudantes.
A base desse discurso, foi o mantra que norteou o governo FHC, de que o Estado é "ineficiente e perdulário", e que por isso deve ser privatizado. O seu resultado prático foi a falência da universidade pública, que além de não abrir novas vagas, cortou verbas para investimento e congelou por oito anos o salário dos servidores.

 Movimento UNE é Pra Lutar:
O povo elegeu Dilma para ver suas reivindicações atendidas. Para isso o governo precisa adotar medidas de soberania, e isso passa por cancelar a privatização dos aeroportos, vetar o novo código florestal que serbe aos latifundiários e empresários. Passa por reestatizar empresas privadas como a Vale - vendida  a preço banana pelo ex-presidente tucano FHC. Pelo fim do pagamento da dívida e pela reversão desses cortes para atender as rivindicações.
O Estado não pode abandonar os estudantes das universidades privadas a própria sorte ou desmandos dos tubarões de ensino. Para eles, nem se quer existe qualquer política de assistência estudantil, por exemplo. Os donos das faculdades seguem aumentando as mensalidades e impedindo muitos estudantes inadimplentes de se matricular, com base na lei "mui amiga" instituída pelo ex-presidente FHC.
É preciso lutar contra o aumento de mensalidades, em defesa da qualidade do ensino, pela revogação da lei de FHC que impede os estudantes de se matricular e por uma política efetiva de assistência estudantil por parte do Estado, que não seja transferência de verba pública para iniciativa privada! Tudo isso sem abandonar a nossa perspectiva histórica, que é que todos tenham acesso a universidade pública.

Movimento Contraponto:
 É essencial garantir os 10% do PIB para a educação. O PL n. 8035/10 apresenta a meta de somente 7% do PIB para a educação até 2020. É muito baixo do que inclusive foi debatido na CONAE, que aprovou 10%. O MEC propôs o mesmo aprovado pelo o último Plano Nacional de Educação, dez anos atrás, vetado por FHC. Esse valor ja era insuficiente em 2010, quem dirá em 2020.

 Movimento Rompendo Amarras:
Em 2011, será aprovado o novo Plano Nacional de Educação, que balizará as diretrizes do setor para a próxima década. Longe de atender a demanda por 10% do PIB para a educação, Dilma mantém o veto de FHC ao aumento de verbas para a educação e defende meta de somente 7% até 2021.

Enfim, como podemos ver, vários foram os movimentos que permanecem externando as mazelas do governo de Fernando Henrique Cardoso para o país, em especial para a educação. Essa preocupação torna-se bastante válida para os nossos dias, uma vez que, a política de FHC, de fato, representou um ataque à educação pública brasileira. E não podemos conceber um projeto nacional de desenvolvimento sem pensar em um sistema de financiamento eficaz para a nossa educação pública.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasil assina cooperação com a UNFPA na área de Juventude

Representado pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, o Brasil assinou um Termo de Cooperação Sul Sul na área de Juventude com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A assinatura ocorreu durante o Encontro de Alto Nível, realizado pela UNFPA em Nova Iorque, nos dias 25 e 26 de julho. Com o tema “Juventude: Diálogo e compreensão mútua”, o evento contou com a participação de representantes de governos e da sociedade civil de diversos países. Na foto, a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina, a embaixadora Maria Muiza Viotti, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas; e o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin.

Fonte:http://www.juventude.gov.br/2011/07/26/brasil-assina-cooperacao-com-a-unfpa-na-area-de-juventude/

PE – II Conferência Municipal da Juventude de Jaboatão dos Guararapes

2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE

PRÉ-CONFERÊNCIAS REGIONAIS DA JUVENTUDE
A Conferência será um dia de diálogo com a juventude sobre a temática orientada pela Conferência Nacional para elaboração de Políticas Públicas, bem como para a eleição de delegad@s a fim de representar Jaboatão dos Guararapes na Conferência Estadual – que acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro e 1 de novembro de 2011, em Olinda – podendo, também, se candidatarem à delegad@s para a Conferência Nacional da juventude – 09 a 12 de dezembro de 2011, em Brasília/DF.

O processo anterior, as Pré-Conferências Regionais (datas e locais abaixo), será fortalecido pelo processo democrático com ampla participação da juventude nos espaços de discussão abertos nas sete regionais do município. Serão etapas onde a juventude dialogará sobre temáticas orientadas pela Conferência Nacional para implementação das Políticas Públicas no município.

DATA, LOCAL E HORÁRIO DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE
Data: 25 e 26 de Agosto de 2011
Local: Paróquia Anglicana do Espírito Santo, Piedade.
Horário:
  • · 25/08 – 15:00h às 20:00h
  • · 26/08 – 08:00h às 17:00h
Ø Média de 500 jovens

DATAS, LOCAIS E HORÁRIO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS REGIONAIS DA JUVENTUDE

Datas/Locais:

1. Dia 02/08 (terça-feira) => REG 03 – CURADO (Quadra da Escola Irací Rodovalho)
2. Dia 04/08 (quinta-feira) => REG 02 – CAVALEIRO (Quadra do COAME)
3. Dia 06/08 (sábado) => REG 04 – MURIBECA (Quadra da Escola Joana D’arc)
4. Dia 09/08 (terça-feira) => REG 01 – JABOATÃO CENTRO (Quadra do PIAGET)
5. Dia 16/08 (terça-feira) => REG 05 – PRAZERES (Centro da Juventude – Cajueiro Seco)
6. Dia 18/08 (quinta-feira) => REG 07 – GUARARAPES (Casa de Eventos Espaço Alto Astral)
7. Dia 20/08 (sábado) => REG 06 – PRAIAS (Quadra da Escola Visconde Suassuna)
Horário: 13:00h às 17:00h

Ø Média de 1.400 jovens (200 jovens por regional)

Contatos:
ü Rebeka Oliveira (Cel: 9314.9650 / E-mail: rebekaoliveiraa@yahoo.com.br)
ü Suellen Vasconcelos (Cel: 8703.7953 – 9916.6353 / E-mail: yasmimsusu@gmail.com)

Choque Cultural-PE: Encontro de B.Boys e B. Girls.


domingo, 24 de julho de 2011

Investir em Educação é Promover o Brasil que Queremos.

Não existe possibilidade de negarmos a hipótese de se construir um sistema educacional eficaz para o desenvolvimento do país sem a ampliação dos investimentos públicos para a educação. E diante dessa conjuntura, chegamos em um momento crucial para definirmos os rumos do Brasil. Estou me referindo na luta pela destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação, além do investimento de 50% do Fundo Social do Pre-Sal no mesmo setor, para que assim, possamos contruirmos uma educação publica, laica, de qualidade e a serviço do desenvolvimento social da população.

E diante de tal debate, chegamos ao tão falado Plano Nacional de Educação (PNE)¹, documento que irá regulamentar a educação, no decorrer dos próximos 10 anos. Algumas questões são pontuadas como as principais diretrizes norteadores desse plano que estão ligadas aos seguintes fatores: erradicar o analfabetismo, universalizar o atendimento escolar, superar as desigualdades educacionais, melhorar a qualidade do ensino, formação humanizada, científica e tecnológica, preparação para o trabalho, sustentabilidade socio-ambiental, valorização dos profissionais da educação e a difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. No entanto, essas demandas, ao meu ver, somente serão concretizadas, se houver, de fato, uma atenção redobrada em uma outra diretriz presente no citado documento, que nessa atual conjuntura, é a mais relevante para transformar a educação desse país. Estou me referindo a necessidade de se estabelecer uma meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto de no mínimo 10%. É válido ressaltar que, o PNE ainda insiste em defender a proporção de 7%, igualmente ao antigo PNE que estava em vigor até 2010.

Ora, se o crescimento econômico do país é notável, por que não ampliar de fato, o investimento dos recursos públicos para a educação e outros setores sociais estratégicos para o desenvolvimento da nação? O que não podemos, é aceitar a continuidade desse sistema educacional brasileiro, que ainda não consegue democratizar o acesso a população, seja na educação básica, superior ou nos programas voltados a pós-graduação.

Não podemos pensar em construir um projeto de nação, se não pontuarmos a educação como elemento estratégico para chegarmos ao desenvolvimento social. Elias Jabbour², em um de seus artigos publicados pela fundação Maurício Grabois, deixa claro que os jovens da periferia das grandes cidades, infelizmente só têm duas opções para o seus destinos: ou são cooptados pelo submundo das drogas, seja como usuários, ou como integrantes das fileiras do narcotráfico ou podem ser produtos de exportação, servindo a outras nações como mão de obra desqualificada e barata.

Infelizmente essa análise não pode ser considerada irrelevante, pelo contrário, os argumentos de Jabbour nos faz refletir de uma forma coerente sobre aquilo que uma grande parcela da população já esta cansada de saber sobre o nosso atual modelo educacional. A escola brasileira está competindo diretamente com o submundo das drogas, da criminalidade, da prostituição e do trabalho informal. O analfabetismo, a evasão escolar e a distorção de série entre jovens ainda são aspectos notórios em nossa contemporaneidade.

Precisamos pensar em uma nova escola e em uma nova universidade, ou melhor em um novo modelo educacional. Pois somente dessa forma que vamos conseguir concretizar todas as metas elencadas no Plano Nacional de Educação. E para que isso aconteça, não consigo enxergar outra saída que não seja pelo investimento de pelo menos 10% do nosso Produto Interno Bruto no setor educacional.

Eis uma das lutas mais importantes que o povo brasileiro detém na atualidade, pois essa conquista está interligada a uma série de valores e interesses exteriores, e que interferem diretamente em setores conservadores que insistem em defender apenas o crescimento econômico do país, como prioridade de governo, em detrimento de qualquer forma de desenvolvimento social. Precisamos ir para a disputa ideológica em todas as arenas políticas, para vencermos essa ardua batalha em pról à educação brasileira.


1. Plano Nacional de Educação disponível no site: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/12514/mec-divulga-plano-nacional-de-educacao-2011-2020
2. O artigo de Elias Jabbour está disponível no site: http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=6079