domingo, 29 de janeiro de 2012

Juventude da CTB Debate Crise do Capitalismo.


A juventude trabalhadora da CTB proporcionou um belo debate, na tarde da quarta-feira (25), na tenda central do acampamento, no Parque da Harmonia, quando dezenas de militantes estiveram presentes no evento marcante do Fórum Social Temático.

Com a coordenação de Vitor Espinoza, palestraram o economista e professor da UFRGS, Pedro Fonseca; o secretário executivo da Comissão de Jovens da Coordenadoria das Centrais Sindicais do Conesul, Martín Pereira; e o sociólogo e secretário de política para a Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinícius Silva.

“O capitalismo está ruindo desde a década de 70 quando houve a tal da prosperidade que começou a partir de 1945, quando acabou a Segunda Guerra Mundial. Foi necessária a destruição de toda a Europa e mais de 40 milhões de mortos para que o capitalismo, àquela época, desse um passo atrás e voltasse a permitir a retomada do ciclo de acumulação do capital.

Marx, primeiro, e depois Lênin, explicavam que o processo de crise só tem fim quando você destrói uma imensa quantidade de forças produtivas. E qual é a força mais produtiva? É o homem e a mulher. Curiosamente, ao final das crises ocorrem guerras terríveis para destruir as forças produtivas e permitir que o processo se reinicie. O capitalismo, na verdade, é a ausência de qualquer direito, é a exploração sem fronteiras. É isso que significa a liberdade de mercado, analisou Paulo Vinícius no painel denominado “Juventude e a crise capitalista”.

“Tem uma economia aí que dá as cartas mas está fora do mundo real, com suas regras próprias e um potencial de desestabilização terrível de crises que pode criar. Essa é a realidade do neoliberalismo que está em crise nesse momento. Eles estão tentando solucionar emitindo moeda e jogando bomba. Fazendo guerra, que é o que eles sabem fazer. Mas eles também fazem isso de uma maneira muito sutil na disputa das nossas consciências porque existe um fenômeno nessa crise do capitalismo. O fenômeno das manifestações dos indignados de todo o mundo, que se levantam”, afirmou.

“Curiosamente, no relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2009, a respeito do emprego para a juventude, apontava uma taxa de 19,9% de desemprego para a Europa e taxas altíssimas no Oriente Médio e norte da África, tanto que não havia sequer a perspectiva da retomada dos empregos. Pois foi exatamente ali que explodiu a ‘primavera árabe’. Havia a esperança de que a Europa se recuperasse, mas isso não aconteceu e também houve revolta”, afirmou o dirigente nacional da CTB. “Os Estados Unidos é a maior das ditaduras, porque é a ditadura do capital financeiro, dos petroleiros e da indústria militar. Esses são os setores dinâmicos, junto com a informação, da ditadura capitalista. E é com base neles que os Estados Unidos mantêm o seu poder”, acusou o dirigente da CTB.

“Há um direito aos povos da América do Sul que nunca nos foi dado, que é o direito ao desenvolvimento. Nós não somos os culpados pela catástrofe ambiental. É mentira. Existem culpados pela catástrofe ambiental, pela crise capitalista: é a burguesia financeira, militarista e petroleira. Eles é que são os culpados”, denunciou. “Não vai ser matando os chineses de fome, não vai ser o povo brasileiro não tendo emprego e direito ao desenvolvimento, à indústria, à tecnologia, a usar as riquezas do nosso país para poder construir o seu futuro, que nós ajudaremos a humanidade a sair do impasse ambiental que ela enfrenta”.

E advertiu: “Estamos vivendo um momento de mudança, de declínio da Europa e dos Estados Unidos. E por outro lado já surgem pólos geopolíticos, porque a civilização chinesa, a África do Sul e a América Latina se levantam. Nós hoje temos como lutar unidos. Temos como sair desse processo mais unidos. Todos os governos da América Latina podem nos dar uma perspectiva de união nesse mundo para ocupar um lugar digno. E nós não faremos isso sem energia. Não faremos isso tendo o Pré-Sal e a Amazônia sem ter forças armadas que possam defendê-las. Não faremos isso com a juventude desempregada, sem o massivo investimento em educação ou se aceitarmos que organizações financiadas pelo imperialismo venham aqui dizer como é que nós devemos desenvolver o país. É uma armadilha que visa fazer o que houve na Líbia. E aí quando chegar as tropas da OTAN, quem nos defenderá? Serão os teco-tecos que a gente tem? Quem defenderá o Pré-Sal diante da IV Frota?”, questionou.

“Temos um problema gravíssimo. Estamos diante de várias minas de ouro poderosíssimas. E o inimigo está à espreita e já mostrou o que é capaz de fazer para poder conquistar as riquezas alheias. Se eles são capazes de matar entre 450 mil a 1 milhão de pessoas no Iraque, mataram uma geração inteira para se apropriar do petróleo iraquiano, o que não serão capazes de fazer para se apropriar do Pré-Sal e da Amazônia brasileira?”, advertiu o dirigente da CTB. “É muito importante defender o meio ambiente, mas se a gente não puder defender a soberania do Brasil, assim como destruíram todo o meio ambiente que puderam para ganhar dinheiro, ao contrário de nós, que preservamos mais do que o mundo inteiro, eles virão aqui dizer como a gente deve fazer, nos dar ordens nesse momento em que o país pode dar um salto de crescimento econômico”, assinalou.

“Temos que ter cuidado com esses inimigos não tão claros que existem no caminho e, sobretudo, temos que entender que é preciso acabar com essa aliança venenosa do nosso governo com o capital financeiro. É preciso que o povo entenda quando custa isso. Não contribuiremos para superar a crise do capitalismo pagando 47% do orçamento da União para os banqueiros por causa da dívida pública. É preciso um pacto que reúna quem produz e quem trabalha, a fim de isolar o setor elitista que é o principal responsável pela crise que a humanidade vive hoje”, encerrou Paulo Vinícius.

“Esse debate que vocês, da juventude trabalhadora da CTB, promovem, é de extrema importância porque hoje há uma realidade totalmente diferente da que vivemos. As transformações que ocorreram no mundo do trabalho não são das máquinas ou das novas tecnologias. O que nós observamos é que a grande maioria da mão de obra em todos os setores da sociedade, é composto por jovens. Então, para a CTB é essencial fazermos com que a juventude participe cada vez mais de forma ativa no processo da organização da luta dos trabalhadores. Desta forma, estaremos cada vez mais inseridos na consciência das pessoas para as transformações sociais que nós queremos para a sociedade brasileira e mundial na construção da sociedade socialista”, afirmou o presidente da CTB-RS.

“A CTB defende o projeto nacional de desenvolvimento com a valorização do trabalho, a distribuição de renda e a inclusão social. Por isso, nos orgulha ver nossos jovens trabalhadores como lutadores sociais empenhados com vontade em construir uma nova sociedade aglutinadora e inclusiva, que é a sociedade socialista”, finalizou Guiomar Vidor.

Por: Emanuel Mattos.
Foto: Liliam Baptista.
Fonte: CTB.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Manifestantes e Batalhão de Choque Entram em Confronto de Novo em PE.

Bombas de gás lacrimogêneo atingiram pessoas que passavam pelo local. Cerca de 500 pessoas participaram do protesto contra aumento da tarifa.

Um novo confronto entre polícia e manifestantes ocorreu no início da tarde desta segunda-feira (23) no centro do Recife. O conflito aconteceu durante um protesto contra o aumento das passagens de ônibus anunciado na última sexta-feira (20). O Batalhão de Choque da Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que fechavam o cruzamento da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua da Aurora, causando transtornos ao trânsito da área central do Recife.

Pessoas que circulavam pela área acabaram sendo atingidas - comerciantes que trabalhavam na via foram pegos de surpresa e muitos começaram a passar mal. Lojas fecharam às pressas, baixando portas para evitar invasões. "A gente só viu aquela fumaça branca subindo e o povo correndo. Covardia, os estudantes estavam desarmados e eles já chegaram com escudos levantados", diz o vendedor Rafael Azevedo. "O choque foi necessário porque eles estavam fechando a via", explica o comandante da Policia Militar José Antônio da Silva Filho. Os manifestantes reagiram às balas de borracha e bombas de efeito moral com pedras.

A comerciante Edijane Florêncio Conceição trabalha há dez anos na Avenida Conde da Boa Vista. "Eu tava trabalhando, não tinha nada a ver com isso. Jogaram pimenta nos meus olhos, está ardendo muito", dizia, desesperada, a comerciante, que era acudida por populares. “Nós somos trabalhadores, não temos nada a ver com isso", reclamou o vendedor Ulisses Silva.

Uma das bombas explodiu próxima a uma mulher grávida, que foi socorrida aos prantos. "Ela estava passando mal, inalou o gás", explica o entregador de jornal Alésio Rodrigues, que ajudou a socorrer a moça. “Eu fiquei com muito medo, a bomba estourou muito perto”, acrescenta Alésio. “Eu saí correndo, não sabia o que estava acontecendo, só vi a confusão”, desabafa o autônomo João Antunes.

Mesmo debaixo de chuva, os manifestantes saíram em passeata por volta das 11h da manhã, seguindo pela Rua do Hospício e passando por ruas movimentadas do centro, como Avenida Conde da Boa Vista, Rua do Sol, Avenida Dantas Barreto e retornando a Conde da Boa Vista. A palavra de ordem era “se a passagem não baixar, o Recife vai parar”.

Com flores nas mãos e cartazes de ordem, pessoas de todas as idades e profissões integraram o movimento. “Existem outras soluções para o transporte, que não os ônibus. Nosso movimento é também pela mobilidade urbana da cidade”, defende o educador social e presidente da Associação de Pescadores de Brasília Teimosa, Ricardo Rodrigues.

Durante o protesto, os líderes do Comitê Contra o Aumento da Passagem insistiam em lembrar aos manifestantes que aquele era um movimento pacífico. Porém, logo no começo, alguns já se encontravam mais alterados. “A gente colocou os ferros para descer as portas se tiver confusão. Hoje [segunda], eles estão muito mais agitados”, explica a gerente de uma loja na Rua do Hospício, Adriana Vieira.



Agreessão:
Dois cinegrafistas da Rede Globo Nordeste foram agredidos durante a passeata. Um pequeno grupo, munido de pedaços de madeira, bateu nas câmeras e cuspiu em lentes. “Nós pedimos desculpas, têm algumas pessoas que não entendem a nossa proposta”, se desculpou um dos líderes do movimento, Edilson Silva.

Reajuste:
Na última sexta-feira (20) foi aprovado o índice de reajuste de 6,5% para as passagens de ônibus na Região Metropolitana do Recife. O aumento passou a valer desde domingo (22). O anel A, o mais usado pelos passageiros, passou de R$ 2 para R$ 2,15, após ser homologado o arredondamento pela Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe).

Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar entraram em confronto com os estudantes que faziam o protesto contra o reajuste das tarifas de ônibus do Grande Recife. Alguns jovens saíram feridos e outros foram detidos e encaminhados para a delegacia.

FONTE: G1.Globo.

Três Estudantes Presos em Protesto Contra Aumento de Passagens.


Do NE10.

Foi com violência gratuita que uma manhã de protestos pacíficos contra o aumento de 6,5% no valor das passagens de ônibus se encerrou, no Centro do Recife, nesta segunda-feira (23). Três estudantes foram detidos e algus ficaram feridos depois que policiais passaram a agredir e jogar spray de pimenta nos manifestantes. Os jovens prometem ir às ruas mais uma vez nesta terça-feira (24).

O momento de maior tensão aconteceu no fim da passeata, quando uma jovem de 26 anos, identificada como Juliana, levou uma gravata de um policial e foi encaminhada, com muita agressividade, para o interior de uma viatura. O motivo da prisão é desconhecido. Ela, uma garota de 14 anos e um rapaz de 19 estão na delegacia prestando depoimento. O estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco Luiz Otávio Carvalheira teve o nariz quebrado por um agente. Ele seguiu para o Hospital da Restauração. .

A passeata teve início às 10h30, depois que cerca de 300 estudantes usando máscaras, carregando bandeiras e entoando gritos de protesto saíram da Rua do Hospício, local de concentração, e seguiram para a Conde da Boa Vista, onde fecharam o trânsito. Moradores de prédios da via, solidários, jogaram papéis picados e confetes pelas janelas.

Mesmo presa no ônibus, parado no engarrafamento, a professora Gleice Maria Costa, 41, se mostrou favorável ao movimento. "Acho o protesto válido. O aumento das passagens vai pesar no bolso de todos. Tenho dois filhos e não me importaria que eles estivessem aí. Admiro esses meninos que vão às ruas lutar por causas coletivas", disse. Esperar não foi tão agradável para a vendedora Zenilda Ferreira, 61. "Esses estudantes são desocupados. Muitos nem estudam de verdade. Deveriam fazer isso à meia-noite, quando não vão atrapalhar a vida de trabalhadores", afirmou.

A chuva não desanimou os manifestantes, que, no início da Avenida Gurarapes, fizeram um círculo e ensairam uma ciranda. De lá, seguiram sentido Estação do Recife e, depois, para a Dantas Barreto. Ao retornarem à Conde da Boa Vista, se concentraram ao lado do Cinema São Luis. Lá, alguns estudante levantaram os braços e ajoelharam, como se tivessem sido rendidos, em sinal de protesto ao Batalhão de Choque que se armou na ponte.

Já impaciente, a polícia decidiu, então, lançar contra os jovens bombas de efeito moral. A manifestação dispersou, mas voltou a se formar no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício até cehgar na Rua da Soledade, na qual se encerrou depois de muita confusão entre policiais e protestantes. O choque foi embora logo após um grupo se unir, dar um abraço coletivo nos agentes e oferecer flores para eles.

Batalhão de Choque Volta a Usar Bombas de Efeito Moral Contra Estudantes.


Do NE10 
Com informações de Milenna Gomes/NE10

O Batalhão de Choque da Polícia Militar jogou bombas de efeito moral contra estudantes que realizavam novo protesto contra o aumento de 6,5% nas passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife, na manhã desta segunda-feira (23). Eles estavam no cruzamento da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua da Aurora, no Centro do Recife, interrompendo o fluxo de veículos. Por causa das bombas, os manifestantes chegaram a se dispersar, liberando o trânsito no local. Mas voltaram logo em seguida a se concentrar no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício.
 
Havia também policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam). Alguns estudantes estavam com os braços levantados e ajoelhados com as mãos na cabeça, aparentando estar rendidos. Mas a polícia avançou.

domingo, 22 de janeiro de 2012

UMES-PE e UEP Publicam Nota Sobre a Repressão Policial nos Protesto Estudantis em Pernambuco.

A União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (UMES) e a União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pinto (UEP) publicam uma nota em conjunto, a respeito das manifestações estudantis que ocorreram na última sexta feira (20/01) em virtude do reajuste das tarifas dos transportes públicos que circulam pela região metropolitana do Recife.

Foi um dia de muito tensionamento para os estudantes e trabalhadores que participaram dos protestos que ocorreram tanto pela manhã, quanto no horário da tarde. Nos dois momentos, o Batalhão de Choque agiu com violência para acabar com as manifestações, utilizando bombas e spray de pimenta contra os manifestantes.

Nota de protesto da União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pinto e da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas – PE.

As diretorias da UEP Cândido Pinto e da UMES – PE vêm através desta mostrar indignação quanto ao absurdo que foi a atitude de repressão do batalhão de choque da Polícia Militar de Pernambuco. Numa tentativa legítima de protestar contra o aumento das passagens da Região Metropolitana do Recife, os estudantes pintaram as caras e foram às ruas nesta sexta-feira, com bandeiras, palavras de ordem e disposição de construir um ato pacífico. 

No entanto, desde a véspera da manifestação a polícia já tinha arquitetado sua ação repressora. Para relembrar sua atuação durante a ditadura militar a polícia intimou várias lideranças estudantis para prestar depoimento no exato momento em que o ato pacífico ocorreria. Isso foi sem sombra de dúvidas uma vil tentativa de impedir os estudantes de exercer o seu democrático direito a manifestação de pensamento.

No dia do ato, em surpreendente desproporcionalidade, viu-se uma ação de repressão policial fora do comum, com a utilização de diversos aparatos, de efeito físico e moral – um ataque contra os movimentos sociais e contra o pleno direito democrático de protesto da população.

Para nós que estamos em contato nacionalmente com militantes do movimento estudantil, encontramos semelhante repressão no Piauí, no Rio de Janeiro e em outros estados brasileiros, o que nos preocupa quanto à garantia dos direitos do povo no Brasil.

Esperamos que aqui em Pernambuco, estado onde o governo se diz democrático e próximo dos movimentos sociais, essa postura se modifique e que se retrate publicamente com os estudantes e com a população pernambucana. Além disso, esperamos a punição dos responsáveis por essa investida, acontecida sob a falsa desculpa de agressividade dos manifestantes, e que se garanta a cada cidadão ou cidadã, sua ampla liberdade de expressão, conquistada a muito custo nesse país.”

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Responder ao Aumento das Passagens Por Meio da Mobilização Popular.

O Ano mal começou e a população pernambucana já está sendo vítima de mais um aumento do preço das passagens dos ônibus que circulam pela região metropolitana do Recife. Assim, além de se submeter aos péssimos serviços ofertados pelas empresas de transportes, o usuário também terá que pagar mais caro para se deslocar de sua residência para escola, trabalho ou lazer.

E diante dessa realidade, vários estudantes, junto a entidades representativas, partidos e sindicatos, passaram a discutir sobre o aumento e sobre a precarização do transporte público na região, mobilizando cada vez mais pessoas e promovendo uma passeata, com a finalidade de impedir o reajuste das passagens.

Como se sabe, somente o Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos pode deliberar sobre o preço das tarifas. Mas, segundo o próprio movimento estudantil, esse conselho não é legítimo para representar o trabalhador, o estudante e o próprio usuário pernambucano, pois a sua inoperância só serve para garantir os interesses de uma "máfia" de empresários que não tem a menor responsabilidade social e só visam a maximização dos lucros. Assim, questões como a insuficiência das frotas, qualidade do serviço e passe livre estudantil, não fazem parte da pauta desse conselho, sendo assim, realidades quase que utópicas para a população.

É válido ressaltar que o aumento das tarifas não irá modificar, de maneira alguma, a atual situação dos transportes públicos na região metropolitana. Serviço esse que já é caracterizado pela superlotação e pela falta de segurança. Assim, o que resta ao usuário é manifestar a sua indignação protestando e tomando as ruas da cidade para barrar esse reajuste.

E mais uma vez o movimento estudantil cumpriu o seu papel de vanguarda na luta e nas manifestações populares. No entanto, o governador Eduardo Campos, achou conveniente utilizar da força repressiva da tropa de choque com seu arsenal bélico, spray de pimenta e bombas de efeito moral, para conter os estudantes contrários ao aumento das passagens. Ficando nítido, o respeito que sua gestão tem em relação aos direitos humanos e sociais. Um governo que se esconde atrás de instituições repressoras nao pode representar, nem as forças políticas democráticas, nem tampouco a sociedade civil.

A população pernambucana presenciou um episódio de criminalização dos movimentos sociais, promovido pelo Eduado Campos, que por essas e outras, vem se afastando gradativamente dos compromissos firmados nas duas ultimas eleições.

Portanto, nao podemos perder a esperança. Pelo contrario, é necessário intensificar ainda mais a nossa militância para mobilizarmos muito mais pessoas em favor da luta popular. A ordem do dia é unificar todas as bandeiras em torno da luta contra o aumento das passagens e acumular força para derrotarmos de uma vez, essa máfia de políticos e empresários que massacram a ética e desmoralizam as nossas instituições públicas.

Estudantes Pernambucanos Protestam Contra o Aumento das Passagens.

Estudantes e entidades representativas protestaram nessa sexta feira contra o aumento das tarifas de ônibus no centro do Recife. O reajuste de 6,5% causou revolta para os estudantes, que assim como, a maioria dos usuários dos transportes públicos, avaliam que o valor atual da passagem já é muito alto para a realidade econômica das famílias pernambucanas.

Os protestos foram convocados, principalmente pelas redes sociais e tinha os objetivos de mobilizar a população contra o aumento e caminhar até a Grande Recife Consórcio e Transporte, local, onde o conselho metropolitano de transportes urbanos estava reunido para decidir sobre o reajuste.

Contudo, a medida que a manifestação seguia seu roteiro, a polícia militar e o batalhão de choque já demonstravam que a situação não iria ser tão tranquila. E foi próximo ao Cais de Santa Rita, que os policiais atiraram bombas de efeito moral nos estudantes e na população, causando indignação em todos que passavam pelo local.

Após toda tensão, os estudantes se reagruparam nas escadarias da Faculdade de Direito do Recife e realizaram uma plenária com todos os movmentos que faziam parte do protesto. A situação voltou a ficar complicada no início da tarde, devido a chegada do Batalhão de Choque que avançou sobre os estudantes, voltando a usar bombas de efeito moral e balas de borracha contra a manifestação.

Contudo, mesmo depois de tanta violência, o aumento das tarifas foi aprovado e já irá valer a partir da meia-noite do dia 22 de janeiro. Atualmente, os usuários pagam R$ 2 pelo anel A, que é o mais utilizado, com o reajuste, o preço vai para R$ 2,15, já o Anel B, que tem o valor de R$3,10 será R$3,30.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Levantamento mostra que jovens são as principais vitimas de homicídios no país


Em sua 12ª edição, o Mapa da Violência 2012 revela que – apesar da estagnação da taxa global de homicídios no país – houve uma migração do crime para regiões que antes não passavam por essa situação. Outra constatação importante do estudo do Instituto Sangari é que as principais vítimas da violência continuam sendo os jovens.

Na conclusão do levantamento, o instituto registrou a necessidade de políticas públicas que considerem as reformulações dos deslocamentos populacionais. O estudo também ressaltou que a falta de diálogo entre as esferas governamentais afetam a política pública de segurança no país.

População jovem morre mais

Outro dado importante é a vitimização juvenil. Há uma elevada concentração dos casos de homicídios na população jovem do País. Entre 15 e 19 anos de idade, essa taxa é de 43,7%, já entre 20 e 24 pula para 60,9%, enquanto de 25 anos até 29 atinge 51,6%.

Alterações no mapa da violência

Para justificar a disseminação dos casos de violência homicida, o pesquisador citou que o aumento dos pólos de crescimento econômico, trouxe violência aos municípios com menos infraestrutura. Além disso, muitas dessas cidades estão localizadas em zonas de fronteiras e enfrentam o turismo predatório; regiões marcadas por ações de desmatamento de sua mata original; e a bandidagem tradicional.

Saiba mais sobre o Mapa da Violência

O levantamento traz dados desde 1980 e, atualmente, possui dados de 27 unidades federativas, 33 regiões metropolitanas, 27 capitais e mais de cinco mil municípios. Todos esses dados permitem uma visão panorâmica da perspectiva do fenômeno da violência homicida no país.

O Mapa da Violência 2012 está disponível gratuitamente na Biblioteca Virtual do ANDI cujo endereço eletrônico é: 
http://www.andi.org.br/inclusao-e-sustentabilidade/documento/mapa-da-violencia-2012

Confira a programação do Acampamento da Juventude do Fórum Social Temático 2012

Outro grande evento social realizado no país foi o Fórum Social Mundial
 
O Acampamento Intercontinental da Juventude do Fórum Social Temático 2012 já tem uma grade de programação de atividades estruturada. O Fórum Temático integra o processo do Fórum Social Mundial e será uma etapa preparatória da Cúpula dos Povos na Rio+20. O evento, que acontece entre 24 e 29 de janeiro, será sediado por Porto Alegre e cidades da região Metropolitana – Gravataí, Canoas, São Leopoldo, e Novo Hamburgo.
 
O Grupo de Trabalho da cultura do Fórum já está organizando os inscritos das mais diversas expressões artísticas e distribuindo as apresentações entre os dias 25 e 28 de janeiro. Em texto de apresentação, o GT afirma que “a programação do espaço foi pensada coletivamente e contou com a colaboração de integrantes de movimentos culturais e estilos diversos”.
 
Até o momento, são mais de 45 atrações musicais previstas, além de oficinas sobre temas variados, que vão dos quadrinhos japoneses (mangás) até fuxico, passando por tear de prego e construção de composteiras. O movimento Hip-Hop estará presente com apresentações de DJs, MCs, BBoys e BGirls e grafiteiros. O AIJ também terá espaço dedicado às tradições afro, com oficinas de capoeira, samba de roda e amostras culturais Rastafari. O teatro também estará presente, com oficinas do teatro do oprimido, apresentações de rua, rodas de causos e teatro de bonecos.
 
As inscrições para atividades no Acampamento Intercontinental da Juventude seguem abertas no endereço  fstematico2012.org.br. O GT Cultura se reúne todas as quartas-feiras, às 18h, na Casa de Cultura Mário Quintana, no Centro de Porto Alegre e as reuniões são abertas.
 
Fórum Social Temático 2012

Como um espaço aberto e plural, a programação do Fórum será fundamentalmente constituída por atividades propostas e geridas por movimentos, coletivos e organizações da sociedade civil, relacionadas ao tema “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”. Além disso, o Fórum acolherá também o encontro de redes internacionais, articuladas em torno de Grupos Temáticos de reflexão sobre assuntos pertinentes ao Fórum. O diálogo no âmbito dos grupos já está em andamento, na Plataforma de Diálogos do Fórum Social Temático.

Para saber mais informações sobre o FST 2012, acesse  o site do evento:
http://www.fstematico2012.org.br/

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Juventude e Mundo do Trabalho - Um Debate Necessário Para o País.

A juventude brasileira é uma parcela demográfica bastante extensa e diversificada. A população de jovens ja supera os 50 milhões de habitantes. Ou seja, temos um grande contingente de pessoas com idade, entre 15 e 29 anos que mesmo parecendo algo negativo, esse grande contingente, se configura como uma geração que carregam consigo a função estratégica de conquistar mais direitos e contribuir com o desenvolvimento social no país.

Contudo, a história da juventude brasileira, trás consigo, uma profunda dívida social, em virtude de um nebuloso período de exclusão, oriundo de governos conservadores e neoliberais que insistiam em definir o jovem como sinonimo de rebeldia, alienação e como causadores de problemas. Além disso,o crescimento dos grandes centros urbanos, condenou a exclusão e a periferia grande parte da nossa juventude, que passaram a conviver sem infra-estrutura de acesso ao lazer, educação, esporte e cultura, ficando assim, um grande contingente humano vulnerável a toda violência do sistema capitalista.

No mundo do trabalho,a juventude brasileira foi condenada ao desemprego, subemprego, a trabalhos precários e a exploração. De fato, a miséria e a exclusão histórica do país tem uma face jovem. Segundo dados, quanto mais jovem o trabalhador adentra no mercado de trabalho, menores serão as chances do mesmo conseguir um emprego e/ou uma remuneração melhor, uma vez que, com as longas jornadas de trabalho, menor é o estímulo para que o mesmo continue a sua formação educacional e profissional, trazendo sérios problemas para a sociedade em geral.

No entanto, essa realidade vem sendo combatida por meio de diversas lutas protagonizadas pelos movimentos juvenis que fortaleceram suas atuações em torno de bandeiras de lutas, gerais e específicas, tornando as políticas públicas de juventude como algo essencial para o desenvolvimento da nação e incorporando-as ao Estado brasileiro como uma forma racional para a construção de um cotidiano mais dígno.

Demandas ligadas a educação pública, gratuita e de qualidade, profissionalização e inserção do jovem no mundo do trabalho são constantemente debatidas por vários atores políticos que corroboram com a real necessidade de se construir um projeto nacional de desenvolvimento que valorize integralmente os jovens na realidade social do país. Um desses agentes é o próprio movimento sindical que se tornou uma ferramenta estratégica para defender as políticas voltadas à juventude, principalmente no combate à exploração e as longas jornadas de trabalho.

Enfim, a necessidade de defender o trabalho decente, pautado por uma remuneração adequada, condições de liberdade, equidade, segurança e capacidade de assegurar uma vida com dignidade à todos os trabalhadores do Brasil tambem é um debate que a juventude deve ter propriedade e, principalmente, participação política.

Governo Pretende Construir 400 Praças Culturais em Todo o País.

O governo federal vai executar até dezembro uma série de projetos na área cultural. O ministro interino da Cultura, Vítor Ortiz, disse que o principal deles é construir pelo menos 400 praças culturais em todo o país, além de estimular a leitura, ampliar os investimentos em artes visuais, dança, teatro, música e melhorias na infraestrutura das casas de espetáculos. 

No primeiro semestre deste ano, será lançado o programa do Livro Popular. A proposta é pôr em prática medidas que levem ao barateamento do preço do livro para que fique em torno de R$ 10. Na prática, o projeto deverá envolver bibliotecas, editoras e parcerias dos governos federal e os estaduais. O texto ainda está em elaboração pelo Ministério da Cultura, mas até o final deste mês segue para o Palácio do Planalto.

O mesmo tempo serão lançados programas de incentivos à leitura. “Queremos mostrar os aspectos positivos da leitura a todos os segmentos da sociedade. Aí será unido o gosto pela leitura e o bom preço dos livros”, disse o ministro interino.

A determinação de ampliar o prazer cultural inclui a construção de 400 praças de esportes e cultura em todo o país. O projeto começou em 2011, mas este ano foi ampliado. O objetivo é que esses locais sirvam de incentivo para as crianças, adolescentes e jovens em comunidades carentes.

“Estamos planejando um ano de muitas ações, executando alguns projetos que estão em curso e outros que serão lançados ao longo do ano. A orientação é para trabalhar e estimular a valorização do que chamamos de economia criativa que envolve a compreensão de que aplicar em cultura é gerar emprego e movimentar o setor econômico do país”, destacou Ortiz.

Com a determinação de mudar a mentalidade em relação à cultura, o ministério prepara o programa Economia Criativa. Nele, os investidores terão informações sobre como aplicar em cultura pode gerar lucros e valorizar o potencial da economia brasileira. “É importante esclarecer e mostrar como o processo funciona. É nisso que estamos trabalhando”, disse.

Em parceria com os estados, o governo decidiu apoiar a construção e a reforma de teatros. Os investimentos iniciais são para a construção do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), no Rio Grande do Sul, e das restaurações dos prédios do Teatro de Natal, no Rio Grande do Norte, e do Teatro Brasileiro da Comédia, em São Paulo.

Os projetos organizados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), a ampliação de pontos culturais inseridos no Plano Nacional de Cultura – que reúne 53 metas que devem ser executadas até 2020 – e a divulgação de editais para a implementação de trabalhos de artes visuais, teatro, música, fotografia e dança também estão na relação das prioridades do governo até o final deste ano.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Trânsito Está Entre as Principais Causas de Morte de Jovens.



A cada ano, 1 milhão e 300 mil pessoas morrem em consequência de acidentes de trânsito no planeta. Outras 50 milhões sofrem ferimentos vítimas deste tipo de imprevisto. Na América Latina, os desastres de trânsito matam cerca de 140 mil pessoas por ano e deixam 5 milhões de feridos.

De acordo com dados da Organização Pan-americana de Saúde (OPS), os acidentes decorrentes do trânsito representam a primeira causa de morte em crianças entre 5 e 14 anos e é a principal causa de morte de jovens com idade entre 15 e 29 anos de idade.

A falta de educação no trânsito, a precariedade das estradas e dos sistemas de segurança, e o desrespeito às leis figuram como os principais fatores de risco para os usuários. E as principais causas de acidentes são o excesso de velocidade, a ingestão de bebidas alcoolicas e drogas, e a realização de manobras arriscadas. 39% das vítimas são pedestres, ciclistas ou motociclistas e 79% dos mortos são do sexo masculino.

Para tentar mudar este panorama e reduzir o número destes acidentes, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou, em maio deste ano, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro Decênio de Ação para Segurança Viária. O objetivo é reduzir, pelo menos, 50% dos acidentes de trânsito pelos próximos 10 anos em todo o planeta.

Para isso devem ser implantadas medidas para melhorar a segurança nas estradas, ampliar os serviços de emergência e reforçar a legislação de trânsito em geral, tendo como focos o uso do cinto de segurança, moderação da velocidade do veículo e a conscientização sobre a importância de dirigir sem o efeito de bebidas alcoolicas. O principal alvo da campanha são os jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Outras ações também são exemplos para promover a paz e a segurança no trânsito, como o movimento Trânsito Mais Gentil. Promovida pela empresa seguradora Porto Seguro, no Brasil, e com apoio de outras instituições, a campanha propõe uma mudança no comportamento de condutores. "A gentileza pode ser multiplicada e crescer junto com o número de carros que circulam na cidade”, defende.

O movimento pede ainda que as pessoas relevem as ações egoístas de outros motoristas como aqueles que não deixam você ultrapassar ou tomam uma vaga que você estava esperando. "Se o outro vier disposto a brigar, não dê brechas para continuar a discussão. Quando você muda, a cidade muda, e isso começa dentro de cada um”, aconselha. Para conhecer e fazer parte desta campanha, acesse: http://www.transitomaisgentil.com.br/Default.aspx

Apesar da situação alarmante na América Latina e Caribe, algumas nações estão conseguindo reduzir pouco a pouco as ocorrências de trânsito, como é o caso de Cuba, que desde 2005 registra a menor taxa deste tipo de acidente por cada 100 mil habitantes no continente latino-americano e caribenho, e de El Salvador que desde 2010 apresenta queda no registro destes acidentes.

O Banco Mundial também destaca casos de êxito na Argentina, onde as autoridades estão trabalhando para criar sistemas de segurança nas estradas. Os dados demonstram que estes esforços valem a pena, já que nos últimos anos houve redução de 10% no número de mortes em horário de pico no país.

Caminhando na contramão do trânsito, em países desenvolvidos a frota de veículos vem reduzindo gradualmente devido a mudanças de hábitos de governos e populações, e a utilização de outros meios de transporte como a bicicleta, por exemplo, vem aumentando. Devido à isso, o número de acidentes também diminui progressivamente nestes países graças também à adoção de políticas de segurança rodoviária. Você pode conhecer o exemplo da Holanda, assistindo a este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=l1a_USVlXSE&feature=player_embedded

Panorama da América Latina:

De acordo com o Banco Mundial, a América Latina apresenta os piores índices de acidentes de trânsito do planeta. Para se ter uma dimensão da gravidade do problema, o trânsito mata muito mais do que a violência e o crime nas cidades.

Apesar de mudanças no código de trânsito, da implantação de fotossensores, para fins de fiscalização e multa, e, da aprovação da Lei Seca, o número de acidentes de trânsito continua elevado no Brasil. Para se ter uma ideia, o trânsito brasileiro mata quase três vezes mais do que nos Estados Unidos, apesar de a frota de veículos norte-americana ser bem maior do que a brasileira.

O Peru também está entre os países latino-americanos com trânsito mais violento. Para o diretor da Polícia de Proteção de Estradas, Horácio Huivin Grandez, as causas que colocam o país neste patamar são irresponsabilidades dos condutores, por realizarem manobras proibidas e perigosas, excesso de velocidade ou estado de embriaguez. Por outro lado, ele também destacou os riscos provocados por pedestres. "90% dos acidentes de trânsito estão relacionados com falhas humanas", enfatizou em entrevista à rádio Power, em maio deste ano.

De acordo com dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Equador e o Paraguai também figuram como países onde ocorrem mais acidentes de trânsito na região, por cada 100 mil habitantes. Em 2011, o Equador registrou o dobro do número de mortes no trânsito em relação à 2010.

Caso não sejam implantadas medidas de segurança e prevenção, o Banco Mundial acredita que as mortes no trânsito possam duplicar até 2020. Por isso, seja cuidadoso e evite provocar acidentes no trânsito, afinal, é a sua vida que está em jogo.

Por Tatiana Félix.
Fonte: Adital.