sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasil assina cooperação com a UNFPA na área de Juventude

Representado pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, o Brasil assinou um Termo de Cooperação Sul Sul na área de Juventude com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A assinatura ocorreu durante o Encontro de Alto Nível, realizado pela UNFPA em Nova Iorque, nos dias 25 e 26 de julho. Com o tema “Juventude: Diálogo e compreensão mútua”, o evento contou com a participação de representantes de governos e da sociedade civil de diversos países. Na foto, a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina, a embaixadora Maria Muiza Viotti, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas; e o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin.

Fonte:http://www.juventude.gov.br/2011/07/26/brasil-assina-cooperacao-com-a-unfpa-na-area-de-juventude/

PE – II Conferência Municipal da Juventude de Jaboatão dos Guararapes

2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE

PRÉ-CONFERÊNCIAS REGIONAIS DA JUVENTUDE
A Conferência será um dia de diálogo com a juventude sobre a temática orientada pela Conferência Nacional para elaboração de Políticas Públicas, bem como para a eleição de delegad@s a fim de representar Jaboatão dos Guararapes na Conferência Estadual – que acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro e 1 de novembro de 2011, em Olinda – podendo, também, se candidatarem à delegad@s para a Conferência Nacional da juventude – 09 a 12 de dezembro de 2011, em Brasília/DF.

O processo anterior, as Pré-Conferências Regionais (datas e locais abaixo), será fortalecido pelo processo democrático com ampla participação da juventude nos espaços de discussão abertos nas sete regionais do município. Serão etapas onde a juventude dialogará sobre temáticas orientadas pela Conferência Nacional para implementação das Políticas Públicas no município.

DATA, LOCAL E HORÁRIO DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA JUVENTUDE
Data: 25 e 26 de Agosto de 2011
Local: Paróquia Anglicana do Espírito Santo, Piedade.
Horário:
  • · 25/08 – 15:00h às 20:00h
  • · 26/08 – 08:00h às 17:00h
Ø Média de 500 jovens

DATAS, LOCAIS E HORÁRIO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS REGIONAIS DA JUVENTUDE

Datas/Locais:

1. Dia 02/08 (terça-feira) => REG 03 – CURADO (Quadra da Escola Irací Rodovalho)
2. Dia 04/08 (quinta-feira) => REG 02 – CAVALEIRO (Quadra do COAME)
3. Dia 06/08 (sábado) => REG 04 – MURIBECA (Quadra da Escola Joana D’arc)
4. Dia 09/08 (terça-feira) => REG 01 – JABOATÃO CENTRO (Quadra do PIAGET)
5. Dia 16/08 (terça-feira) => REG 05 – PRAZERES (Centro da Juventude – Cajueiro Seco)
6. Dia 18/08 (quinta-feira) => REG 07 – GUARARAPES (Casa de Eventos Espaço Alto Astral)
7. Dia 20/08 (sábado) => REG 06 – PRAIAS (Quadra da Escola Visconde Suassuna)
Horário: 13:00h às 17:00h

Ø Média de 1.400 jovens (200 jovens por regional)

Contatos:
ü Rebeka Oliveira (Cel: 9314.9650 / E-mail: rebekaoliveiraa@yahoo.com.br)
ü Suellen Vasconcelos (Cel: 8703.7953 – 9916.6353 / E-mail: yasmimsusu@gmail.com)

Choque Cultural-PE: Encontro de B.Boys e B. Girls.


domingo, 24 de julho de 2011

Investir em Educação é Promover o Brasil que Queremos.

Não existe possibilidade de negarmos a hipótese de se construir um sistema educacional eficaz para o desenvolvimento do país sem a ampliação dos investimentos públicos para a educação. E diante dessa conjuntura, chegamos em um momento crucial para definirmos os rumos do Brasil. Estou me referindo na luta pela destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação, além do investimento de 50% do Fundo Social do Pre-Sal no mesmo setor, para que assim, possamos contruirmos uma educação publica, laica, de qualidade e a serviço do desenvolvimento social da população.

E diante de tal debate, chegamos ao tão falado Plano Nacional de Educação (PNE)¹, documento que irá regulamentar a educação, no decorrer dos próximos 10 anos. Algumas questões são pontuadas como as principais diretrizes norteadores desse plano que estão ligadas aos seguintes fatores: erradicar o analfabetismo, universalizar o atendimento escolar, superar as desigualdades educacionais, melhorar a qualidade do ensino, formação humanizada, científica e tecnológica, preparação para o trabalho, sustentabilidade socio-ambiental, valorização dos profissionais da educação e a difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. No entanto, essas demandas, ao meu ver, somente serão concretizadas, se houver, de fato, uma atenção redobrada em uma outra diretriz presente no citado documento, que nessa atual conjuntura, é a mais relevante para transformar a educação desse país. Estou me referindo a necessidade de se estabelecer uma meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto de no mínimo 10%. É válido ressaltar que, o PNE ainda insiste em defender a proporção de 7%, igualmente ao antigo PNE que estava em vigor até 2010.

Ora, se o crescimento econômico do país é notável, por que não ampliar de fato, o investimento dos recursos públicos para a educação e outros setores sociais estratégicos para o desenvolvimento da nação? O que não podemos, é aceitar a continuidade desse sistema educacional brasileiro, que ainda não consegue democratizar o acesso a população, seja na educação básica, superior ou nos programas voltados a pós-graduação.

Não podemos pensar em construir um projeto de nação, se não pontuarmos a educação como elemento estratégico para chegarmos ao desenvolvimento social. Elias Jabbour², em um de seus artigos publicados pela fundação Maurício Grabois, deixa claro que os jovens da periferia das grandes cidades, infelizmente só têm duas opções para o seus destinos: ou são cooptados pelo submundo das drogas, seja como usuários, ou como integrantes das fileiras do narcotráfico ou podem ser produtos de exportação, servindo a outras nações como mão de obra desqualificada e barata.

Infelizmente essa análise não pode ser considerada irrelevante, pelo contrário, os argumentos de Jabbour nos faz refletir de uma forma coerente sobre aquilo que uma grande parcela da população já esta cansada de saber sobre o nosso atual modelo educacional. A escola brasileira está competindo diretamente com o submundo das drogas, da criminalidade, da prostituição e do trabalho informal. O analfabetismo, a evasão escolar e a distorção de série entre jovens ainda são aspectos notórios em nossa contemporaneidade.

Precisamos pensar em uma nova escola e em uma nova universidade, ou melhor em um novo modelo educacional. Pois somente dessa forma que vamos conseguir concretizar todas as metas elencadas no Plano Nacional de Educação. E para que isso aconteça, não consigo enxergar outra saída que não seja pelo investimento de pelo menos 10% do nosso Produto Interno Bruto no setor educacional.

Eis uma das lutas mais importantes que o povo brasileiro detém na atualidade, pois essa conquista está interligada a uma série de valores e interesses exteriores, e que interferem diretamente em setores conservadores que insistem em defender apenas o crescimento econômico do país, como prioridade de governo, em detrimento de qualquer forma de desenvolvimento social. Precisamos ir para a disputa ideológica em todas as arenas políticas, para vencermos essa ardua batalha em pról à educação brasileira.


1. Plano Nacional de Educação disponível no site: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/noticias/12514/mec-divulga-plano-nacional-de-educacao-2011-2020
2. O artigo de Elias Jabbour está disponível no site: http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=6079

sábado, 23 de julho de 2011

Como Organizar uma Conferência Livre de Juventude.


As Conferências Livres surgiram na  1ª Conferência Nacional de Juventude. São consideradas a inovação mais criativa e original porque tornaram possível a cada jovem com uma ideia na cabeça, e a vontade de mudar as coisas,  dizer, ao governo e à sociedade, do seu jeito e com suas cores, o que acha importante para toda a juventude e para o país.

Assim, mais de 138 mil pessoas contribuíram com as 3.868 propostas à etapa nacional da 1ª conferência, em 2008. De lá pra cá, muitos fóruns e redes se formaram, uma turma nova entrou no grêmio, a galera da cultura se juntou, a do hip hop realizou festivais, os DCE’s conquistaram  muitas melhorias para a educação e para a universidade.

Agora é hora dessa moçada ativa mostrar para todo mundo o que pensa sobre os direitos da juventude e o desenvolvimento do Brasil, participando da 2ª Conferência Nacional de Juventude.

É bem fácil: Junte pelo menos 10 pessoas e organize um encontro. Pode ser na escola, faculdade, na igreja, com a turma do bairro ou do esporte. Escolha um tema para o debate, tire fotos e preencha o formulário disponível no
www.juventude.gov.br. Mande tudo para o e-mail conferencia.livre@presidencia.gov.br e pronto! Suas propostas serão debatidas na Etapa Nacional da 2ª Conferência, que acontecerá de 9 a 12 de dezembro, em Brasília.

Venha com a gente conquistar novos direitos para a juventude e ajudar o Brasil a se desenvolver!

As pessoas e organizaçoes que já realizaram suas Conferências Livres devem enviar todas as informações para o email
conferencia.livre@presidencia.gov.br. Dessa forma, todos garantirão que suas contribuições sejam levadas à etapa nacional. O modelo de relatório está disponível no Manual das Conferências Livres, publicado no site www.juventude.gov.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Juventude Como Commodity - Por Elias Jabbour


Apesar das coisas parecerem andar a mil maravilhas, existem tendências mais do que suficientes para perceber que na medida em que o Brasil se especializa na produção e exportação de produtos primários, o futuro do mercado de trabalho se afunila.

Sem projeto nacional de desenvolvimento, a juventude das periferias das grandes cidades tem algumas opções: ou se afundam nas drogas e nos exércitos do crime organizado ou se transformam numa commodity, produto de exportação e certo grau de indignidade.

Vejamos. As altas taxas de juros, contínuos cortes orçamentários e dumping institucionalizado sob o orçamento nacional pelo próprio Estado em prol do pagamento religioso dos juros da dívida interna têm criado um ambiente onde o Estado não sinaliza no sentido de direcionar o mercado, que, por sua vez, sinaliza a tendência de “não inversão” ao capital nacional privado nacional. Esta tendência de “não inversão” se exacerba com a contínua valorização do real diante do dólar, valorização esta que atingiu seu ápice desde o choque cambial de 1999. Quando falo em capital privado nacional quero me referir ao único setor capaz de gerar empregos de qualidade e apontar o dedo no sentido da estabilidade social e do próprio projeto nacional em si. A essência, a base de qualquer projeto nacional digno deste nome está na formação da grande empresa, estatal e/ou privada, e seu entrelaçamento com o sistema financeiro nacional.

Tudo tem um custo. Segundo relatório do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), “nos primeiros cincos meses de 2011 o crescimento industrial não chegou a 2%, muito longe da taxa alcançada no mesmo período do ano passado (17,3%) ou do ano como um todo de 2010 (10,5%). É claro que esses últimos índices têm correspondência em um processo de recuperação de nossa economia à crise internacional, razão pela qual foram mais expressivos. Mas, se retrocedermos ao período pré-crise, a comparação também faz sobressair o magro desempenho de 2011: no ano cheio de 2007, a expansão industrial foi de 6,0% e de 6,3% no período janeiro/maio de 2008”. A presente valorização cambial ocorre num momento amplamente indigesto da economia internacional, onde países como China, Coreia do Sul e Alemanha centram seus esforços em mercados alternativos à América do Norte e Zona do Euro.

O mercado brasileiro é centro desta estratégia de economias caracterizadas por um comércio exterior com alto grau de planificação. A invasão de carros Hyundai (Kia) a olhos vistos é só a ponta do iceberg deste processo de destruição da capacidade de pensar o dia seguinte de nosso país em prol do combate de inflações reais e imaginárias e de uma bolha interna de crédito que se avoluma diante da alta taxa de juros e da geração de empregos de baixa qualidade e que se reflete numa taxa de inadimplência que saltou de 5,9% em 2009 para 8% em 2011. Muito sugestivo é o fato de que enquanto a produção industrial nos últimos sete anos, segundo pesquisa recente do SEBRAE, ter crescido 130,6%, o comércio varejista ter tido alta de 194,5%, o que demonstra uma grande incompatibilidade entre indústria e comércio solucionada, sob forma de crime de lesa pátria, pela abertura para os produtos importados.

Daí a necessidade de conter a inflação via abertura comercial. Eis o limite de um crescimento pautado pelo consumo em detrimento do investimento. Eis o limite de um modelo onde o objetivo “estratégico” de combate à inflação sugere uma “variável” chamada de “crescimento potencial”, ou seja, qual o crescimento possível sem que se redunde em pressões inflacionárias. Logo, enquanto a China pode se planejar para crescer 10% ao ano, o Brasil não pode passar de míseros 4%. Daí o FMI aplaudir a política monetária vigente é apenas um passo. E tudo leva a crer em mais um aumento da taxa SELIC na próxima reunião do COPOM.

Volto a repetir: tudo tem um custo. O custo de rifar o futuro da nação em troca de índices macroeconômicos digeríveis à grande banca tem custado caro, principalmente à juventude. São alarmantes os índices de desemprego entre os jovens de 18 e 29 anos. Segundo dados divulgados recentemente pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 54% dos desempregados no Brasil são jovens (com idades entre 18 e 29 anos), desses mais de 40% têm procurado trabalho há mais de seis meses e 25% estão desempregados há mais de um ano. Cidades como Salvador convivem com índices, para esta faixa, superiores a 40%. O exército industrial de reserva perfeito para o crime organizado e uma latente reserva de mercado para o consumo de drogas baratas.

As emendas propostas saem piores que os sonetos trovados pela realidade. Discursos são adotados como verdades mater. O primeiro é a preocupação de uma elite mesquinha sobre a “desqualificação da mão-de-obra”. Evidente que o sistema educacional brasileiro é uma tremenda vergonha. Mas essa vergonha não terá fim partindo de pressupostos liberais “pré-Revolução Francesa” como a dos “10% do PIB para a Educação” e sim com salários dignos para professores e funcionários. Quem acredita e amplifica estas fantasias (políticas públicas para a juventude, por exemplo) não percebe que o Brasil de Getúlio Vargas, Juscelino e Ernesto Geisel implantou tanto uma indústria pesada, como sua variante sob forma de indústria mecânica com muito pouca estrutura educacional adequada. Conforme meu amigo e professor Carlos Lessa apontou recentemente, as pessoas, em matéria de indústria, aprendem trabalhando e sua avidez em manter o emprego a leva a uma continua auto-qualificação. O que explica, em grande parte, este dinamismo único de um país que saiu da Idade Média em 1930 e adentrou a Idade Contemporânea em 1980.

A juventude quer emprego, algo negado pela política monetária. Mais uma vez me remeto ao querido Carlos Lessa: “Se o Brasil tiver cursos de alta qualificação sem gerar os empregos correspondentes, será introduzida uma nova commodity nas exportações nacionais - o próprio brasileiro”. Me permito a estender esta afirmação colocando a própria juventude como o valor agregado desta commodity.

Elias Jabbour é doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP, autor de “China: infra-estruturas e crescimento econômico” e pesquisador da Fundação Maurício Grabois.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jornal do Commercio: A Luta Não Morreu.

Em pleno século 21, jovens renovam ideais de liberdade, não violência e respeito às diferenças. Além das ruas, a internet é o palco das discussões

Publicado em 11/07/2011.
Olívia Mindêlo


Se perguntarmos a um jovem o seu maior sonho, é provável que ele nos dê uma resposta pessoal. Como ter uma carreira bem-sucedida para comprar um apê ou o próximo lançamento da Apple. Uma enquete realizada recentemente no Brasil, pela Datafolha e pelo Box1824, revelou que os jovens querem mais é trabalhar. Viajar, ser feliz, ter saúde, tudo isso se mostrou secundário para os mais de 3 mil entrevistados, com idade entre 18 e 24 anos. Considerando que é preciso olhar com cautela para sondagens como essa, geralmente interessadas em checar o perfil de consumo de uma nação, é necessário levar em conta um contraponto importante. A despeito de estatísticas assim, há milhares de jovens no Brasil e no mundo querendo mais que ter contas em dia ou uma sexta-feira para curtir a happy hour após uma semana de trabalho.

O Muro de Berlim ruiu e as utopias socialistas foram repensadas no Ocidente. A ditadura brasileira foi-se com os anos 1980 e o Plano Real chegou como a grande promessa dos anos 1990 no País. Até que enfim democracia. Televisão para todos. Mas isso não quer dizer que toda a juventude tenha perdido seus ideais de mudança social e que deva ser resumida a “uma banda numa propaganda de refrigerantes”, como já cansaram de tocar os Engenheiros do Hawaii. Os jovens não apenas têm outros sonhos – além de querer trabalhar e consumir para si, como tentam lutar por esses desejos, que tendem a ser mais ideológicos do que utópicos, no sentido do horizonte distante.

As marchas da liberdade, da maconha, das vadias. As paradas gays e a mobilização na internet. Os protestos dos indignados na Europa. Tudo isso tem um calendário: 2011. Coincidentemente ou não, muitas das manifestações aconteceram em maio. Mas não se trata da rebeldia francesa do final dos anos 1960, nem de fatos do passado. Tampouco têm a ver somente com questões pontuais ou locais. São símbolos ou sintomas de uma juventude inquieta, que almeja um mundo melhor. Se em maio de 68, eram os valores de uma sociedade tradicional que estavam prioritariamente em jogo, desta vez há muito mais questões em debate.

Longe de significar um clichê geracional de mentes sonhadoras, o ativismo juvenil atual ganha feições e discursos contemporâneos, para não dizer diversos. E não passam somente por práticas com “sangue no olho” e um cartaz na mão. Nem necessariamente por filiação partidária ou por um posicionamento nos termos da clássica dicotomia direita x esquerda. Na Europa, houve até música erudita em um dos movimentos e estudantes como o catalão Jaume Sastre, 27 anos, que ficaram contentes ao ver a praça se transformar, durante os protestos dos quais participou em Barcelona, num espaço de reconhecimento, onde “olhar nos olhos e sorrir se constituíam um ato político”. Não que a contestação mais incisiva esteja ausente, mas outras formas de hastear bandeiras parecem surgir, nas ruas e na internet.

“Existem várias juventudes, e não uma ou duas, com realidades sociais, culturais, econômicas e territoriais distintas. No mundo árabe, há aspectos de dominação política e cultural. Na Espanha, embora exista uma democracia tradicionalmente constituída, questiona-se a legitimidade política das representações partidárias. Havia a crença de que a democracia responderia às necessidades e é justamente essa democracia que é questionada. Tudo isso se traduz na busca por outros espaços públicos”, analisa a socióloga e educadora em economia solidária Alzira Medeiros, 56, que lutou como líder estudantil contra o regime militar brasileiro, nos anos 70.

Na percepção do sociólogo e compositor Paulo Marcondes, um ponto crucial é observar o contexto histórico em que se constroem os discursos da juventude. “A luta de hoje tende a ter mais foco no cotidiano, no aqui e agora, e não em construir no futuro uma sociedade mais justa”, compara Marcondes, que desenvolveu pesquisa nos anos 1980 sobre a relação entre juventude e política, a partir de letras de bandas de rock nacionais. Alzira concorda: “Na minha juventude, existia um sonho em um projeto futuro. A experiência do Estado socialista pôs a nu uma série de fragilidades, mostrando que não era bem esse o sonho. Hoje, acredito que a mudança tenha que ser construída desde já.”

SONHO POSSÍVEL

Hoje, os jovens querem ter o direito de beijar na boca do mesmo sexo em praça pública e não ser apedrejados por isso. Querem o fim da hipocrisia e a regulamentação de drogas, como a maconha. Querem o direito de simplesmente celebrar a vida, sem preconceitos. Querem mais educação, mais liberdade. Querem uma democracia robusta. Querem o respeito às diferenças. Querem um mundo melhor, de preferência sustentável, com bicicletas nas ruas. Querem viver dignamente e ser felizes. Não simplesmente como peça de uma engrenagem. Não como caramujos que são obrigados a se esconder de um mundo hostil, por ter escolhas impronunciáveis em uma mesa de jantar familiar onde tudo-está-no-seu-devido-lugar.

Os jornalistas Neco Tabosa, 34, e Carol Almeida, 33, são exemplos disso. Cansados da intolerância e de ver um comportamento de retração diante do preconceito alheio, resolveram colocar, de forma mais consciente, a política na pauta de suas vidas. Há quatro anos, Neco ajuda a organizar a Marcha da Maconha no Recife. Ele é a favor da discussão e da Cannabis regulamentada, começando pelo seu bairro (Boa Vista). Defende a luta pelo direito de festejar, parafraseando os Beastie Boys Fight for your right. “Conhecia um monte de gente que fumava e se escondia do marido, da mulher; não queria falar por medo. Para mim, foi uma adesão natural ao tema, digamos assim”, conta Neco, sempre cheio de graça. É dele, aliás, a frase “Marcha da maconha. Eu fui?”, usada em panfleto virtual no blog //filipetadamassa.blogspot.com/ e replicado por José Simão.

Seu espírito bem-humorado passa longe de falta de maturidade em relação à questão. Ao contrário. Para o jornalista, a descriminalização da maconha diz respeito não só aos usuários, ou aos “ervoafetivos”, como se refere a um termo que já circula na web. Envolve toda a sociedade. E por isso se sente com o dever de comunicador social cumprido, quando trabalha para esclarecer o tema, ainda cheio de tabus, mas com muitos adeptos dispostos a se expor e a lutar.

E por falar nisso, o projeto criado por Carol Almeida na web também sensibilizou gente de todo o País. Segundo ela, a proposta nem começou para ser um movimento social, nos termos do senso comum, mas tomou proporções inesperadas. A ideia inicial partiu de um desabafo. A vontade era dar um basta às manifestações de ódio contra minorias e traduzir na bandeira homossexual um discurso contra a intolerância e a violência, independente da orientação sexual dos envolvidos com o projeto. O propósito era simples: para aderir à causa, bastava enviar por e-mail uma foto com a frase #Eu sou gay. O resultado? Entre abril e maio, mais de 2,5 mil pessoas mandaram imagens e relatos para os organizadores, que transformaram o engajamento coletivo em vídeo, divulgado na internet na semana passada (veja em http://projetoeusougay.wordpress.com/). A iniciativa recebeu ainda o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, da Associação da Parada LGBT em São Paulo. “Não imaginava que teria essa repercussão. O projeto não nasceu atrelado a sindicato, nem a partido. Nasceu porque tinha uma mensagem legal a ser passada”, diz Carol.

Na visão da jornalista, o problema relacionado ao ódio contra gays, nordestinos, negros e mulheres tem raiz na ignorância, capaz de levar a humanidade a práticas criminosas. Contra elas também luta a funcionária pública Kilma Cavalcanti, 27, que participou da Marcha das Vadias, em Brasília. Aglutinando cartazes com dizeres como “Machismo mata” ou “Não sou puta, não sou santa, sou livre”, a marcha foi realizada em várias cidades pelo mundo. A mobilização partiu de respostas à declaração de um policial no Canadá, que disse que as mulheres deveriam parar de usar roupas de vadias para evitar estupros. A bandeira do movimento se voltou contra a culpa às vítimas, ao machismo e à liberdade sexual. “Defendo o feminismo, que não é datado nem coisa de ‘mulher’ mal-amada, como se diz. É preciso vê-lo com olhos atuais”, afirma Kilma, que segue engajada no trabalho e num grupo do Distrito Federal, formado por 60 mulheres, a maioria jovens que pensam novos meios de articulação.

A estudante de medicina Marcela Vieira Freire, 22, também não vê como anacrônica a defesa por um socialismo. Na verdade, acredita no comunismo, embora concorde que a experiência socialista de Estado não tenha representado o modelo sonhado. Mesmo assim, segue tentando pôr em prática um sonho de igualdade social a partir do levante das bases populares contra o capital. Como coordenadora do Diretório Acadêmico (D.A.) de medicina, luta, entre outras questões, por acesso à saúde e educação de qualidade. Ela identifica uma crise no movimento estudantil, mas também acha que as marchas atuais carecem de um ponto comum capaz de unir os ideais.

Não é o que acredita Franzé Matos, 25, filósofo e artista. Ele participou do D.A. de filosofia por um ano e meio, mas desistiu quando se viu diante de formalismos e disputas partidárias. Preferiu ser livre em seu posicionamento político e já foi a diferentes marchas (maconha, liberdade, vadias, etc.). Também colabora com o coletivo Lumo, braço no Recife da rede de cultura Fora do Eixo, que atua em modelo cooperativo (e alternativo) de organização social.

A ideia de coletivo é a bandeira defendida, aliás, pelos produtores Jéssica Miranda, 23, e Alejandro Vargas, 30, à frente do Lumo. Eles não só sustentam ideais de liberdade, como tentam colocá-los em prática, em busca de vidas livres e felizes, que não significa o mesmo que sonhar com uma profissão e ganhar dinheiro. Para o escritor Eduardo Galeano, este mundo está gerando um novo e serão os jovens, mesmo não sendo só eles, que nos levarão para a frente

Coluna: Reflexão e CIdadania.

Artigo 7 da Constituição Federal


São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:




I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XII - salário-família para os seus dependentes;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e Senado Federal - Constituição Federal de 1988 vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV - aposentadoria;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de:
a) cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;
b) até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz;

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.

21 anos do Eca: Fórum de Entidades Debate Instrumentos Para Exigir a Atuação do Poder Público no Estado

Congresso comemora 25 anos de atuação do Fórum Estadual de Direitos das Crianças e Adolescentes, cobrando e ensinando a cobrar a efetivação do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, em cumprimento de medidas socieducativas. Além disso, o Congresso também vai elaborar uma carta ao governo estadual, baseada em levantamentso do Governo Federal a respeito da situação do estado, em relação as taxas de superlotação e de internação de adolescentes nos atendimentos socioeducativos.

No dia 13 de julho, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA completa 21 anos. Quais os avanços e principais desafios na garantia de direitos de crianças e adolescentes em Pernambuco? Essa pergunta está posta para cerca de 200 representantes de entidades que participam no Recife, do Congresso do Fórum de Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco – 25 nos exercendo o controle social, nos dias 13 e 14 de julho. O evento acontece das 8h às 17h, no auditório Rossini Alves Couto, do Ministério Público de Pernambuco. 



Com 25 anos de atuação, o Fórum DCA Pernambuco fará homenagens a pessoas e entidades que atuaram pelos direitos de crianças e adolescentes no estado e discutirá instrumentos para continuar realizando o controle social. Nascido a partir de uma frente de entidades que atuava no momento de construção da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, o Fórum  permitiu a continuidade de articulação da sociedade para monitorar e exigir a atuação do Poder Público. A incidência do Fórum contribuiu para aprovar a lei de criação do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, em 1990, considerado o primeiro do país.

O congresso vai discutir, mas também formar, através de oficinas, os participantes para uma cobrança mais efetiva de melhorias no Sistema Socieducativo, na participação e fortalecimento dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente nos municípios de Pernambuco; no orçamento para a política de crianças e adolescentes, e na defesa do direito à convivênia familiar e comunitária.

Entre os participantes do Congresso está um grupo de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de privação de liberdade, liberdade assistida e semiliberdade no Estado. Os adolescentes devem elaborar, ao fim do Congresso, uma carta sobre a atual situação do atendimento socioeducativo estadual, exigindo a melhoria no sistema.  

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

13/07/2011

8h - Credenciamento
9h– Coquetel
9h30 – Boas Vindas – Coordenação do Fórum DCA/PE
9h40- Palesta: Fortalecimento da Sociedade Civil nos Conselhos Municipais Direitos da Criança e Adolescente - fazendo Controle Social
11h - Debate
12h – Almoço
13h30 – Mesa Redonda
14h - 25 anos do Fórum DCA/PE
14h- Resgate histórico do Movimento Nacional de Meninos e Meninas
16h – Debate
17h – Encaminhamentos
18h – Sessão Especial pelos 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

14/07/2011

8h - Abertura

1ª Oficina – Medidas Socioeducativas – Adolescentes  em cumprimento de medida

2ª Oficina- Participação da Sociedade Civil nos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente

3ª Oficina – Orçamento Criança, como intervir?

4ª Oficina: Convivência Familiar e Comunitária

12h - Almoço
14h - Homenagens do Fórum DCA/PE
15h30 - Apresentação das propostas /documento entregue
14h20 – Encaminhamentos
16h40 – Encerramento – Coordenação do Fórum DCA/PE

Serviço

Congresso do Fórum DCA de Pernambuco – 25 anos exercendo o controle social
Dias: 13 e 14 de julho, das 8h às 17h
Local: Auditório do Centro Cultural Rossini Alves Couto - Avenida Visconde de Suassuna, 99, -  Boa Vista, Recife/PE

Site da União da Juventude Socialista (UJS) Invadido por Hackers.


Site da maior organização juvenil do Brasil foi alvo da ação de Hackers. Após invadirem sites de algumas instituições políticas, os hackers resolveram invadir o site da União da Juventude Socialista. Esse ataque é muito prejudicial, uma vez que, a organização vem mobilizando estudantes de todo o país para participarem do 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), e as delegações de todos os estados brasileiros, visitam o site praticamente todos os dias para saber das novidades sobre o CONUNE.

Grande parte dos jovens, enxergam a UJS como a maior entidade organizada, dentro dos movimentos juvenis do Brasil, e justamente por isso, buscam constantemente informações sobre diversos assuntos no seu site. E nesse momento de articulações rumo ao congresso da UNE, que inicia na próxima quarta feira (13), os acessos aumentam, uma vez que as delegações estaduais estão buscando mais informações sobre questões referentes a viagem, alojamentos, programações e a tese que será defendida pelos socialistas durante o decorrer do congresso. Assim, esse "ataque", de fato pode prejudicar bastante as comunicações entre a UJS e seus militantes, mas, com absoluta certeza, não vai diminuir a singular relevância que a entidade tem em realizar um debate político junto aos jovens brasileiros.

AGENDA: Encontro de B.Boys e B. Girls

domingo, 10 de julho de 2011

Forum Metropolitano de Jovens Blogueiros.

Conheça a lista de Blogs que fazem parte do Fórum Metropolitano de Jovens Blogueiros. Clique nas imagens e conheça o que rola pela nossa blogosfera.

Blog de Wallace Melo






Blog do Mazinho






Blog do Buiu Morrison







Blog de Wellington Lima






Blog do Clarence Santos "o Pastor"






Blog de Giselle Caroline






Blog de Josueldo Cunha






Blog de Arthur Victor






Blog da UNACOMO (David Robson)






Blog da UJS-Olinda (Jelsimar Pimentel)







Blog do Choque Cultural (Felipe Massa)







Blog de Suzana Amorim

sábado, 9 de julho de 2011

Evento: Choque Cultural - PE.

Congressos Estudantis Movimentam Univérsitários em Olinda.


A cada dois anos, a agenda das entidades representativas dos estudantes de todo o país, fica bastante agitada, em virtude da ocorrência dos congressos estudantis. Durante o mês de junho, a União dos Estudantes de Pernambuco - UEP realizou seu 38º congresso na cidade de Caruaru, situada no agreste pernambucano, reunindo estudantes de todas as faculdades e universidades do estado. E durante o mês de julho, é a vez do congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE, na cidade de Goiania, capital do estado de Goiás.

São nesses eventos, que as questões relativas a democratização do acesso a universidade, assistência estudantil e reformulação de um ensino superior interligado a um projeto de desenvolvimento social são discutidas pelos estudantes, junto aos representantes de instituições governamentais, lideranças políticas,  intelectuais e organizações juvenis. Além disso, é no congresso que os delegados votam para eleger a nova diretoria da entidade.

Entre os debates ocorridos no congresso da UEP, tiveram maior repercursão os referentes a questões relativas a utilização do ENEM como principal forma de acesso a universidade, PROUNI, Reforma Política, Plano Nacional de Educação e também sobre políticas públicas de juventude, tendo em vista a II Conferência Nacional de Juventude que irá acontecer durante esse ano.

E foi em um grande clima de participação e intervenção política, que os estudantes das faculdades de Olinda, participaram do congresso da UEP e retornando a cidade com a mesmo entusiasmo que foram, uma vez que, esses estudantes também irão participar do congresso da UNE, que será sediado na cidade de Goiania, no centro-oeste do país, reunindo estudantes de todo o Brasil, além de organizações partidárias, lideranças políticas e organizações juvenis.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PE – II Encontro Cuida Jovens – MEIO AMBIENTE

Militância sócio-ambiental é questão em destaque no II Encontro Cuida Jovens, sediado pela Fafire no dia 28 de agosto de 2011. Com o tema Movimentos Sociais e Meio Ambiente:A Juventude em Ação!, a segunda edição do evento pretende integrar jovens preocupados com a sustentabilidade do planeta.
Idealizado pelo Projeto CUIDA, o Encontro acontecerá das 8h às 17h, no auditório Ir. Maria José Torres (térreo), com apresentações de projetos, debates, oficinas e palestras. Paulo Mansan, projetista social e cultural da Associação Nacional da Juventude Rural, e o cantor e compositor Zé Vicente são presenças confirmadas na programação.

 As inscrições estão abertas e informações sobre os procedimentos para garantia das vagas podem ser acessadas no site.
 
Fonte:  http://www.projetocuida.com/

MTE, SNJ, e OIT Apresentam Agenda Nacional de Trabalho Decente para Juventude

O Subcomitê de Trabalho Decente e Juventude se reúne nesta terça-feira (5 de julho), das 10h às 13h,  para apresentar a Agenda Nacional de Trabalho Decente para Juventude e discutir as atividades que o grupo realizará nas conferências estaduais sobre o tema. A reunião acontecerá no prédio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), situado na Esplanada dos Ministérios, Bloco F, 4º andar, sala 433. O Subcomitê é coordenado pelo MTE e pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, e conta com o apoio técnico da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Criado por decreto presidencial, em junho de 2009, o Subcomitê é composto por integrantes do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e por representantes de outros órgãos, indicados pelo comitê executivo do colegiado.

O mesmo decreto estabeleceu que o Subcomitê promova o diálogo direto com as organizações da sociedade civil, de empregadores e trabalhadores, por meio de um GT Consultivo da Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude (ANTDJ), composta pelas confederações empresariais e pelas centrais sindicais. Após uma série de reuniões, o Subcomitê e o GT Consultivo construíram, de forma tripartite, o documento intitulado Agenda de Trabalho Decente para Juventude, finalizado em outubro de 2010. A expectativa é que esse documento contribua para promover o trabalho decente para os jovens no Brasil, além de fortalecer esse item na elaboração das políticas públicas.

Fonte:
http://www.juventude.gov.br/2011/07/04/mte-snj-e-oit-apresentam-agenda-nacional-de-trabalho-decente-para-juventude/

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Palestra sobre ecologia ambiental

Com a proposta de discutir sobre economia no cenário ambiental, a Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE), em parceria com a Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), promoveu, no sábado (2), às 9h, a palestra intitulada Buscando uma Economia Ecológica. O tema foi o economista ecológico da Fundaj, Clóvis Cavalcanti, que após a palestra seguiu para um debate com o público presente. O evento aconteceu no auditório da pós-graduação da Fafire com entrada franca.

A palestra é a primeira de outras que irão anteceder o 13º Congresso Nordestino de Ecologia, organizado pela SNE, que acontece entre os dias 8 e 11 de novembro de 2011, com o tema Sustentabilidade de Empreendimentos Ambientais. O congresso pretende promover o debate técnico-científico sobre práticas e percepções que se aplicam a partir do conceito de sustentabilidade nos empreendimentos ambientais. Mais informações sobre o congresso, a partir do próximo dia 4 de julho, pelo site www.sne.org.br.

Inscrições para as Casas de Estudante no Recife abrem nesta segunda

Estão abertas as inscrições para novos residentes das moradias estudantis no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que segue até o dia 22 deste mês. Para concorrer a moradia estudantil, o estudante deverá ser carente de recursos financeiros; não residir na Região Metropolitana de Recife; estar regularmente matriculado em curso de graduação e ter condições de concluir o curso dentro do prazo de conclusão estabelecido no Regimento Interno das CEUs. Se houver disponibilidade de vagas, o estudante de pós-graduação stricto sensu pode postular condição de residente. Serão atendidos prioritariamente estudantes com renda familiar de até um salário mínimo e meio.

O interessado deve comparecer, das 8h30 às 12h e das 14h às 16h, à sala 230 do prédio da Reitoria (Proacad/DAE), para preencher formulário de inscrição, munido da documentação conforme o anexo 02 do edital. No ato de inscrição, o estudante deverá marcar dia/hora da entrevista. Todas as informações fornecidas pelo estudante estarão sujeitas à verificação. As entrevistas acontecerão de 11 a 29 de julho. O resultado será divulgado no dia 26 de agosto, podendo haver até dois remanejamentos. O número de candidatos a serem selecionados estará condicionado ao número de vagas existentes ou que venha a surgir até o dia 7 de outubro deste ano. Mais informações pelo 2126-7010. O edital está disponível no site da Proacad, em Destaques e na seção Assistência Estudantil.

Com informações da assessoria

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Setor Juventude do NE 2 estuda tema da Jornada Mundial da Juventude

O Setor Juventude do Regional Nordeste 2 da CNBB (Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas) realiza, a partir de amanhã, 30, encontro regional para estudar o tema da Jornada Mundial da Juventude, “Enraizados e Edificados em Cristo, firmes na fé”. A Jornada acontece no mês de agosto, em Madrid, Espanha, e terá a participação de mais de dez mil jovens brasileiros.

O encontro terá a assessoria do Bispo Referencial da Juventude no Nordeste 2, dom Beranrdino Marchió, que falará sobre a evangelização da juventude. A Secretária do Setor Juventude da arquidiocese de Natal, Daniely Barbosa, falará sobre a Jornada Mundial da Juventude. Já o Secretário Regional do Setor, Luiz Adriano, juntamente com Daniely, abordará a questão da Comunicação no Setor Juventude.

Os jovens participarão no sábado, 2, da marcha contra a violência e o extermínio de Jovens.

Fonte:
http://www.cnbb.com.br/site/regionais/nordeste-2/6941-setor-juventude-do-ne-2-estuda-tema-da-jornada-mundial-da-juventude

Pernambuco é o estado que menos tem Jovens Aprendizes nas empresas

Pernambuco é, de acordo com o Ministério do Trabalho, o estado que menos cumpre uma lei federal existente há 11 anos que obriga toda empresa a ter, no quadro de funcionários, os chamados Jovens Aprendizes. Os números mostram que as empresas locais poderiam absorver 34.787 adolescentes e jovens, mas apenas 10% das vagas estão preenchidas. Uma audiência pública será realizada nesta segunda-feira (20) para discutir o assunto.

“Foram chamadas a participarem o Sistema S, que vai dar o curso, sindicatos e federações das entidades patronais justamente para repassar para as empresas todas as informações que serão dadas sobre aprendizagem. O passo seguinte a essa audiência pública é que serão feitas fiscalizações e as empresas serão cobradas judicialmente o cumprimento da cota”, afirma a procuradora do Trabalho, Janine Miranda (foto).

Ela explica quais as empresas devem contratar o Jovem Aprendiz. “A lei determina que de 5% a 15% dos empregados das empresas sejam aprendizes. Todas as empresas [podem fazer esse tipo de contratação], só estão excetuadas dessa obrigação, que é legal, as empresas de pequeno porte, as microempresas e as entidades que se destinam a ensinar”, diz.

O contrato dura, no máximo, dois anos e o Jovem Aprendiz recebe o salário-hora. “A carga horária dele será da seguinte forma: até a 8ª série do Ensino Fundamental, ele pode trabalhar durante seis horas, incluindo a questão de atividades teóricas e práticas que devem ser desenvolvidas. Se já tiver o ensino médio, ele poderá trabalhar até oito horas no máximo e não pode hora extra e não pode haver a compensação”, afirma a procuradora.

Janine Miranda explica também as vantagens da empresa em contratar o Jovem Aprendiz. “Na verdade, a empresa tem a obrigação legal. Em relação às vantagens, é um contrato de trabalho, só que o FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] que é pago para esse Jovem Aprendiz, em vez de ser 8%, é de 2%, além do que ela [a empresa] vai capacitar uma mão de obra que hoje está em falta no mercado, a exemplo de Suape. Esses jovens podem ser absorvidos mais adiante na empresa como empregado”, conta.

A procuradora respondeu à dúvida do telespectador José Mávio da Silva Ferreira, de Olinda, que queria saber se as empresas recebem os currículos durante o ano inteiro. “A empresa pode livremente escolher a forma de contratação. Mas é importante que os jovens procurem as empresas, principalmente as de grande porte, e levem seu currículo e digam que estão disponíveis para ser Jovens Aprendizes”, diz.

Fonte: Da Redação do pe360graus.com