domingo, 15 de maio de 2011

Das Igrejas aos Partidos Políticos: A Necessidade de Investir na Juventude Torna-se Discurso de Várias Instituições no Brasil.

Tendo em vista que a juventude se configura no país como grande parcela da população do Brasil, vários estudos foram realizados para traçar um diagnóstico preciso sobre o perfil do jovem brasileiro e a sua relação com a sociedade. Essas análises, favoreceram um amadurecimento das ações governamentais e não-governamentais sobre o público juvenil, principalmente, no que diz respeito ao conceito do próprio termo, juventude.

Esse entendimento sistematizado, refletiu, principalmente em políticas públicas de juventude, trazendo a tona a problemática juvenil para a abordagem institucional. Questões como educação, saúde, violência, cultura, trabalho, esporte, lazer e moradia, passou a ser debatido sobre a ótica de novos atores políticos, os jovens.

Organizados em diversas modalidades, como grêmios, diretórios acadêmicos, partidos políticos, grupos religiosos ou organizações comunitárias, os jovens passaram a influenciar na agenda pública de seus municípios, estados e até mesmo da união.  Favorecendo uma maior politização dessa população e fazendo surgir novos espaços institucionais, como conselhos, secretarias, coordenadorias ou comitês inter-setoriais de juventude em diversos campos governamentais, mostrando assim que, as políticas públicas de juventude, mesmo sendo algo recente na história política brasileira, reflete uma conquista histórica de grande relevância para a população em geral.

Já não existe espaço para definições como: geração problema ou geração futuro, denominações comuns para os jovens, principalmente na década de 1990. Hoje, temos a PEC da Juventude (Proposta de Emenda Constitucional) que inclui o termo juventude na Constutuição Federal, refletindo assim ganhos relevantes para os jovens.

 Pois bem, diante de todos esses fatos, podemos assim concluir que, os movimentos de juventude, durante a ultima década teve um amadurecimento político notório, sua capacidade de negociação junto ao poder público, ocasionou o surgimento de mecanismos relevantes para solucionar problemas como: violência, uso de drogas, transportes públicos, gravidez, desemprego e formação profissional. As organizações que representam os jovens, passaram a lançar um olhar sobre situações mais concretas que estão ao redor da juventude e conseguiu transformar tudo isso em proposta política, enfim, um ganho de proporções gigantescas.

É válido ressaltar que, mesmo presente nos movimentos de resistência ao regime militar e na defesa pela redemocratização política do país, entre 1970 e 1980, as bandeiras políticas da juventude não estavam postas de forma tão clara, como também, o debate sobre o jovem, se configurava muito mais no âmbito da questão da criança e do adolescente do que na juventude propriamente dita. Contudo, a evolução do processo histórico, trouxe uma nova perspectiva favorável ao jovem brasileiro, conhecida como PPJ - Políticas Públicas de Juventude.

Enfim, hoje, a abordagem sobre a juventude mudou, as visões mudaram e a sociedade também sentiu esse impacto, prova disso é que a CNBB (Confederência Nacional dos Bispos do Brasil), já define tcomo um dos seus principais desafios, a busca por novos fiéis jovens. Avaliação essa feita pelos bispos na 49ª Assembléia, realizada em maio desse ano. Além disso, o político petista, José Dirceu, publica em seu site, um artigo que ressalta a importância de fortalacer as políticas de juventude no governo da presidenta, Dilma Roussef, tendo o jovem , cada vez mais como prioridade no país.

Enquanto isso, centrais sindicais como a CTB (Cetral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), criaram diretorias que tratam sobre a Juventude Trabalhadora, assim como a CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) que existe a Secretaria de Jovens Trabalhadores Rurais e a CONAM (Confederação Nacional das Associações dos Moradores) que conta com a Diretoria de Juventude.

Enfim, toda essa conjuntura, nada mais é que um reflexo sobre a relevância política que a juventude brasileira  vem tomando nos últimos anos, favorecendo assim uma nova perspectiva social para a população de 15 a 29 anos, que, mesmo contando com esses dados, bastante favoráveis, ainda se encontram em um notório grau de vulnerabilidade social em todas as regiões do país. Contudo, precisamos aproveitar de forma estratégica os momento político para mobilizar cada vez mais os movimentos juvenis brasileiros em torno das soluções racionais para os nossos problemas concretos, uma vez que, somente dessa forma que vamos construir um futuro favorável para os jovens que estão por vir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário