Costumo afirmar que o processo de formação da sociedade basileira pode ser definido como um importante capítulo para a história da miséria no mundo. De fato, se analisarmos com maior precisão a construção histórica da república, vamos adentrar em um espaço, marcado profundamente pela presença elevados índices de pobreza e exclusão social.
Nos casebres sertanejos, nos cortiços suburbanos e nos barracos em favelas, a pobreza se cristalizou de forma notável na história social do povo brasileiro. Os elevados índices de miserabilidade, deixava nítida as desigualdades presente na sociedade. O desemprego, quase sempre acompanhado pela violência, exclusão e desrespeito aos demais direitos humanos, fazia crescer, uma verdadeira nação de miseráveis "invisíveis" para a sociedade brasileira (optei em utilizar o termo invisível, para fazer uma alusão ao déficit social existente dentro do estado brasileiro, em relação a assistência social).
Passaram-se os anos e a realidade, praticamente permaneceu a mesma, da república coronelista ao paraíso dos neoliberais, os Brasil de fato foi o país dos excluídos, dos meninos de rua, dos desempregados, des desabrigados, do subemprego, da exploração e da impunidade.
Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisas Economicas Aplicadas), os pobres ainda representam mais da metade dos desempregados no Brasil. Mesmo diante da dimunição do desemprego, infelizmente, a população pobre, ainda permanece em uma situação bastante delicada, no que diz respeito a inclusão e ao bem estar social. Os serviços públicos continuam precários em vários aspectos, principalmente na educação e na saúde. Serviços esses que são utilizados, principalmente por essa população de baixa renda.
É justamente por isso que precisamos avançar cada vez mais, concretizar políticas de redução a pobreza, melhorar os serviços públicos e oferecer às famílias brasileiras, uma vida mais dígna. Mesmo diante de reduções gradativas nos índices de desemprego e do fato que o país, segundo a organização não governamental ActionAid, lidera pelo segundo ano consecultivo o ranking que mede o progresso dos países em desenvolvimento na luta contra a pobreza, ainda existe muito a ser conquistado.
A própria Dilma Roussef, afirmou em discurso, a necessidade de se acabar com a miséria e fortalecer a inclusão social. Isso é uma condição essencial para construirmos uma verdadeira república democrática no Brasil. Enfim, ainda não é hora de nos rendermos ao otimismo, precisamos cada vez mais, amadurecer o verdadeiro projeto de uma republica popular para o país. E isso irá se concretizar por meio da luta política e pela participação cidadã nos espaços públicos.
Precisamos refletir cada vez mais, sobre esse bom momento que o Brasil vem passando, em relação ao processo de combate a pobreza, redução do desemprego e desenvolvimento social, ao mesmo tempo, também temos que avaliar qual é o nosso verdadeiro papel nesse combate às desigualdades que historicamente foram solidificadas na sociedade brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário