Enfim, está chegando o 53º Congresso da UNE, que começa nesta quinta (29) e vai até o dia 02 de maio (domingo), em Goiânia!
Para o maior fórum deliberativo da América Latina, já está estimada a participação de mais de 10 mil estudantes, que definirão os próximos rumos que a educação brasileira tomará nos próximos anos, e elegerão também, a nova diretoria da UNE, que será responsável por guiar esses novos rumos.
Além da presença massiva dos estudantes, o CONUNE deve receber também a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação Aloizio Mercadante, que participarão do 3º Encontro Nacional de Estudantes Cotistas e Prounistas. Eles farão diálogos com os alunos sobre duas bandeiras que o Bloco na Rua ajudou a defender: o ProUni (Programa Universidade Para Todos) e a Lei de Cotas.
A presença destes representantes do poder não se dá por acaso, se dá mediante o sucesso obtido, ao proporcionar que mais de um milhão de jovens de baixa renda pudesse entrar no ensino superior. Isso é um processo em curso desde 2004, quando o então presidente Lula, em diálogos com os estudantes, entendeu que o ProUni era uma ideia que poderia ser aplicada e seria essencial para a inclusão de jovens carentes nas universidades.
O Programa foi sancionado em 2005, e então passou a ser um divisor de águas na educação brasileira, pois mostra o avanço na democratização do ensino superior em nosso país. E quem esteve lá e está até os dias de hoje, pedindo por melhorias, por mais programas de assistência estudantil, para que os jovens não abandonem o curso é o Bloco na Rua.
Já a Lei de Cotas, que foi sancionada por Dilma em agosto do ano passado, é mais um triunfo que o Bloco na Rua também se fez presente, através de muitas reivindicações, nas redes, nas ruas, afim de mostrar a importância de uma política pública como essa, que se atenha a observar as desigualdades sociais e as dificuldades financeiras que um negro, indígena, estudante de escola pública enfrenta para conseguir ingressar em uma universidade pública ou federal. É obvio que quem estudou em uma escola particular sai em vantagem na hora de preencher as vagas das federais, pois sabemos que a qualidade do ensino médio das escolas públicas ainda estão longe de qualificar os alunos na mesma proporção que os do ensino privado são qualificados.
Agora essas pautas serão dialogadas entre as partes envolvidas: os estudantes, o ministro da Educação, a presidente Dilma, a entidade que representa os estudantes (UNE) e claro, o Bloco na Rua. O encontro levantará tanto os lados positivos, quanto os que ainda precisam de melhorias, críticas e sugestões dos próprios estudantes.
Comissão da Verdade da UNE:
Outro ponto alto da programação será a apresentação do primeiro relatório de trabalho da Comissão da Verdade da UNE, que está investigando o caso do ex-presidente da entidade, o goiano Honestino Guimarães. Durante o congresso, terá início o processo de anistia de Honestino e sua família receberá um novo atestado de óbito, reconhecendo a responsabilidade do Estado brasileiro por seu desaparecimento, tortura e morte.
O Congresso:
O Congresso da UNE ocorre a cada dois anos, quando são eleitos os novos representantes da entidade, que até o momento, é presidida pelo estudante Daniel Iliescu. Já foram presidentes da UNE e líderes do movimento estudantil nomes importantes da história brasileira como Honestino Guimarães, José Serra, Aldo Arantes, Aldo Rebelo, Lindberg Farias, Franklin Martins e Orlando Silva Jr.
Como Participar:
A taxa de inscrição para todos os participantes era de R$ 75 até o dia 24 de maio. Agora, o valor já passa a ser R$ 125, que pode ser pago até o dia do evento. Está incluso nessa taxa o direito a alojamento, transporte em Goiânia e alimentação durante os quatro dias.
FONTE: UJS