terça-feira, 28 de maio de 2013

Dilma, Mercadante e Mais de Dez Mil Estudantes Participam do 53º Congresso da UNE.


Enfim, está chegando o 53º Congresso da UNE, que começa nesta quinta (29) e vai até o dia 02 de maio (domingo), em Goiânia!

Para o maior fórum deliberativo da América Latina, já está estimada a participação de mais de 10 mil estudantes, que definirão os próximos rumos que a educação brasileira tomará nos próximos anos, e elegerão também, a nova diretoria da UNE, que será responsável por guiar esses novos rumos.

Além da presença massiva dos estudantes, o CONUNE deve receber também a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação Aloizio Mercadante, que participarão do 3º Encontro Nacional de Estudantes Cotistas e Prounistas. Eles farão diálogos com os alunos sobre duas bandeiras que o Bloco na Rua ajudou a defender: o ProUni (Programa Universidade Para Todos) e a Lei de Cotas. A presença destes representantes do poder não se dá por acaso, se dá mediante o sucesso obtido, ao proporcionar que mais de um milhão de jovens de baixa renda pudesse entrar no ensino superior. Isso é um processo em curso desde 2004, quando o então presidente Lula, em diálogos com os estudantes, entendeu que o ProUni era uma ideia que poderia ser aplicada e seria essencial para a inclusão de jovens carentes nas universidades.

O Programa foi sancionado em 2005, e então passou a ser um divisor de águas na educação brasileira, pois mostra o avanço na democratização do ensino superior em nosso país. E quem esteve lá e está até os dias de hoje, pedindo por melhorias, por mais programas de assistência estudantil, para que os jovens não abandonem o curso é o Bloco na Rua.

Já a Lei de Cotas, que foi sancionada por Dilma em agosto do ano passado, é mais um triunfo que o Bloco na Rua também se fez presente, através de muitas reivindicações, nas redes, nas ruas, afim de mostrar a importância de uma política pública como essa, que se atenha a observar as desigualdades sociais e as dificuldades financeiras que um negro, indígena, estudante de escola pública enfrenta para conseguir ingressar em uma universidade pública ou federal. É obvio que quem estudou em uma escola particular sai em vantagem na hora de preencher as vagas das federais, pois sabemos que a qualidade do ensino médio das escolas públicas ainda estão longe de qualificar os alunos na mesma proporção que os do ensino privado são qualificados.

Agora essas pautas serão dialogadas entre as partes envolvidas: os estudantes, o ministro da Educação, a presidente Dilma, a entidade que representa os estudantes (UNE) e claro, o Bloco na Rua. O encontro levantará tanto os lados positivos, quanto os que ainda precisam de melhorias, críticas e sugestões dos próprios estudantes.

Comissão da Verdade da UNE:
Outro ponto alto da programação será a apresentação do primeiro relatório de trabalho da Comissão da Verdade da UNE, que está investigando o caso do ex-presidente da entidade, o goiano Honestino Guimarães. Durante o congresso, terá início o processo de anistia de Honestino e sua família receberá um novo atestado de óbito, reconhecendo a responsabilidade do Estado brasileiro por seu desaparecimento, tortura e morte.

O Congresso:
O Congresso da UNE ocorre a cada dois anos, quando são eleitos os novos representantes da entidade, que até o momento, é presidida pelo estudante Daniel Iliescu. Já foram presidentes da UNE e líderes do movimento estudantil nomes importantes da história brasileira como Honestino Guimarães, José Serra, Aldo Arantes, Aldo Rebelo, Lindberg Farias, Franklin Martins e Orlando Silva Jr.

Como Participar:
A taxa de inscrição para todos os participantes era de R$ 75 até o dia 24 de maio. Agora, o valor já passa a ser R$ 125, que pode ser pago até o dia do evento. Está incluso nessa taxa o direito a alojamento, transporte em Goiânia e alimentação durante os quatro dias.

FONTE: UJS

domingo, 26 de maio de 2013

Ativismo na Internet Transforma Realidade.


Intensificar a mobilização social na internet é fundamental para transformar a realidade cotidiana do Brasil nesta caminhada por mais igualdade e desenvolvimento. Nos últimos 10 anos, houve avanços sociais significativos com os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A ação nas redes contribui decisivamente na consolidação desse processo de mudança.

A segunda edição do evento Conexões Globais, que será realizado entre os dias 23 e 25 de maio em Porto Alegre, é a oportunidade de debater como estimular o ativismo da juventude na internet, aproveitando a experiência de atores estratégicos na área. Ativistas, gestores públicos, artistas e comunicadores do país e do mundo estarão presentes no evento promovido pelas secretarias estaduais de Comunicação e Inclusão Digital e de Cultura.

A força das manifestações na Web já foi testada, sendo bem-sucedida em muitos casos. Um exemplo recente é a organização pelas redes sociais de protestos contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre. Sem entrar na discussão se houve exageros por parte de militantes e de policiais, constata-se que milhares de pessoas se uniram em prol de um objetivo comum e a ação deu resultado, gerando expressivo debate público. Até o momento, a Justiça mantém congelado o preço da tarifa em R$ 2,85 em vez de R$ 3,05 como era o previsto.

Como estimular então o ativismo na internet? Iniciativas de governos são essenciais para preparar jovens, transformando-os em cidadãos mais engajados nas redes e nas ruas. No Conexões Globais, há iniciativas a serem adotadas por outros gestores de Estados e de municípios como a realização de oficinas de treinamento de ativistas sociais em tecnologias livres.

O acesso à rede aumenta a cada ano, favorecendo o crescimento da participação das pessoas na vida política. Segundo o PNAD (2011), o número de internautas cresceu 143,8% entre 2005 e 2011. O acesso à internet continua sendo maior entre os jovens, especialmente na faixa etária de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 a 19 anos (71,8%). Na série histórica, os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, principalmente nas mais baixas.

Nesse cenário, é urgente definir direitos e deveres para os usuários, empresas e governos no uso da rede, assegurando a liberdade de expressão e vedando a prática de crimes. Na Câmara dos Deputados, há um esforço para aprovar o Marco Civil da Internet (constituição da Web), o que fará o Brasil reinventar a legislação da rede. Em 2013, o Legislativo deve avançar nesse tema. No ano passado, uma importante vitória foi a aprovação da lei que tipifica crimes cometidos na Web.

Independentemente de governos e de parlamentares, a sociedade deve estimular a juventude para que aproveite essas ferramentas no exercício da cidadania. A luta por um mundo melhor envolve cada vez mais múltiplas frentes. Apostar em conexões globais garante não só o compartilhamento de opiniões avançadas no mundo, mas também a consolidação de bandeiras e de conquistas locais.

Por: Manuela D’ Ávila (Deputada Federal - PCdoB).
FONTE: UJS.

Quando o Professor Sabe Dialogar Com a Mídia.


Hoje vou compartilhar com vocês uma relação amistosa entre escola e mídia, ou melhor, entre alunos, professores e a comunicação.

Quando uma escola estadual no Paraná começou a levar o jornal para as salas de aula, os resultados esperados eram alunos discutindo a partir das notícias – muito próximas deles já que se tratava de um meio de comunicação da cidade -, emitindo opinião a respeito do que liam e discutindo com colegas, com a mediação dos professores, em sala de aula. Esperava-se que o jornal fosse contribuir com o currículo escolar, ajudando no aperfeiçoamento dos planos de aula, enriquecendo o conteúdo trazido pelos livros e outros materiais didáticos; esperava-se ver o jornal impresso como um instrumento novo de ensino. Porém, o que se viu acontecer foi muito além disso, muito mesmo.

A partir da iniciativa de uma professora de Matemática (Sim! Matemática!) os alunos hoje não só discutem os assuntos que estão na mídia, mas produzem a sua própria informação e a divulgam através de um blog criado especialmente para esta partilha de saber. Um espaço virtual que ganhou o nome mais apropriado: "Imprensa Aprendiz” (imprensaaprendiz.com) porque, afinal, a educação acontece quando se ensina e se aprende.

No blog, os jovens produzem o conteúdo de seu interesse: vale texto escrito, desenho (muitos talentos estão sendo revelados por entre as salas de aula), poemas, dicas de livros e culinária. E tem até colunistas. Ex-alunos são convidados a escrever artigos falando de suas vivências ao sair da escola. Muitos escrevem sobre como é estar na universidade revelando, inclusive, as matérias que estão estudando no seu curso e como são as avaliações e trabalhos neste novo mundo de ensino. Professores escrevem sobre os assuntos que dominam, que têm interesse, que acham importantes, seja no meio escolar, experiências acadêmicas ou pessoais. Importantes discussões acerca de temas como preconceito, bullying, valores familiares, são debatidos. Enfim, a escola está se revelando nas páginas do blog, os alunos estão se reconhecendo como produtores de informação, se percebendo como cidadãos participativos no meio, e todo o ambiente escolar está ganhando um "rosto” na cidade.

Algumas das produções dos alunos também são publicadas em jornal de circulação de massa - aquele mesmo que começou tudo isso, aquele que os alunos liam e parecia algo de "gente bem grande e adulta”. Todos estão percebendo que a sua voz pode ser ouvida e que o diálogo é essencial para um bom convívio na sociedade.

E o "Imprensa Aprendiz” não está somente na web. A comunidade em torno da escola pode ter acesso à informação produzida pelos alunos através de um jornal escolar bimestral, que leva o mesmo nome e possibilita que tudo seja divulgado mesmo no ambiente "off-line”. E não podemos esquecer do mural. A Internet não "anda rápida”, o impresso não chegou às suas mãos? Não tem problema, passa lá no hall de entrada do colégio que tem bastante coisa para ser lida bem ali no mural, inclusive, os recortes do jornal da cidade, com as publicações dos alunos, estão disponíveis.

Aqui está um verdadeiro relacionamento sustentado pela confiança dessa professora nos meios de comunicação, que deixou para traz os receios em articular discussões a partir de assuntos, muitas vezes, pesados para a faixa etária, mas tão importante para a formação do cidadão. Essa mesma professora foi quem deu autonomia e disse para os jovens "façam que eu apoio vocês”.

Após um ano de experiências, vejo nitidamente em minha frente estudantes (que têm entre 13 e 17 anos) com capacidade de articular suas opiniões, de contribuir com a sociedade, preocupados com questões políticas e econômicas mesmo distantes do mundo dos adultos, com vontade de ler um jornal, uma revista, ver um noticiário, e afoitos por informar a sua comunidade sobre o que sabem e pensam. Jovens que recebem a informação e são capazes também de transmiti-la, sem medo das outras discussões que acabam por fomentar. 

Por Talita Moretto 
FONTE: Adital Jovem.

Relatório da OIT Revela que Desemprego Juvenil Voltou a Crescer.


Traçando um panorama entre os mercados globais de trabalho para jovens e a ‘persistente’ crise econômica mundial, o relatório "Tendências Mundiais do Emprego Juvenil em 2013 – Uma Geração em Perigo”, lançado no último dia 8 de maio pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), demonstra o preocupante crescimento dos índices de desemprego para essa população.

Após uma redução, dos 12,7% registrados em 2009 para 12,3% em 2011, a taxa mundial de desemprego juvenil voltou a subir em 2012, registrando um índice de 12,4%. A estimativa é a de que esse percentual alcance os 12,6% neste ano. "Trata-se de 1,1% acima do nível prévio à crise de 2007 (11,5%)", compara o informe. A situação é preocupante, pois ao que tudo indica, o índice de desemprego juvenil alcançará a taxa de 12,8% em 2018, revelando uma tendência de aumento global.

De acordo com os dados coletados, a estimativa é a de que cerca de 73,4 milhões de jovens estarão desempregados em todo o mundo neste ano, o que significa 3,5 milhões a mais do que em 2007 e 0,8 milhões a mais que em 2011. Segundo o estudo, o enfraquecimento da recuperação econômica em 2012 e 2013 agravou a crise do emprego juvenil, dificultando ainda mais o acesso de jovens ao mercado de trabalho. A dificuldade chega a tal ponto que faz com que muitos jovens cheguem a desistir de continuar buscando um trabalho.

Conforme a análise da OIT, devido a atual situação, os/as jovens estão menos seletivos com empregos e agora aceitam mais trabalhos em tempo parcial ou empregos temporários. O emprego estável e de qualidade está cada vez mais escasso, sobretudo em regiões em desenvolvimento. Os custos e as consequências econômicas e sociais do desemprego, segundo o informe, impactam no potencial de crescimento das economias.

Tendências Regionais e na América Latina
As taxas de desemprego juvenil variam muito de uma região para outra. Em 2012, as taxas mais altas de desemprego juvenil se registravam no Oriente Médio (28,3%) e na África do Norte (23,7%), enquanto as mais baixas correspondiam à Ásia Oriental (9,5%) e à Ásia Meridional (9,3%). Na América Latina e no Caribe, a atual taxa de desemprego entre os/as jovens é de 12,9% e caso se mantenha a tendência atual de crescimento, o desemprego juvenil na região alcançará o índice de 13,6% em 2018.

Tão preocupante quanto o índice de desemprego é a taxa de jovens latino-americanos/as e caribenhos/as que nem estudam, nem trabalham, a chamada geração "NiNi”, que chegou em 2008 em torno dos 19,8%. Segundo os dados da OIT, grande parte dessa geração "NiNi” justificou a falta de um emprego declarando se ocupar de tarefas domésticas. No entanto, essa condição, coloca os/as jovens em uma situação de "risco de exclusão social e laboral”. Segundo a OIT, a desocupação de pessoas entre 15 e 24 anos na região poderá piorar nos próximos cinco anos. A situação é mais grave para as jovens mulheres. Apesar dos avanços e do crescimento econômico registrado nos últimos anos na América Latina, a juventude não tem sido beneficiada.

De acordo com o informe, embora não exista uma "única solução para todos”, é preciso que os governos façam uma análise profunda da realidade dos mercados de trabalhos dentro de cada contexto nacional, para assim elaborar programas e políticas de intervenção. Também é preciso tirar os jovens do 'círculo vicioso' de educação precária e falta de formação e qualificação; empregos não produtivos e pobreza, e impulsionar um movimento global baseado no Chamado à Ação da OIT, resolução de junho de 2012, que identifica cinco áreas chaves para desenvolvimento de ações, como: política econômica e de emprego, educação e formação a fim de melhorar o acesso ao trabalho, políticas de mercado para promover o emprego de jovens desfavorecidos, iniciativas empresariais para ajudar jovens iniciantes e direitos trabalhistas baseados nas normas internacionais de trabalho.

Para ler o relatório na íntegra (em inglês) clique aqui. Para ver o resumo executivo, em espanhol, clique aqui.


Por Tatiana Félix 
FONTE: Adital Jovem

CTB Irá Realizar em Junho Seu 2º Encontro da Juventude Trabalhadora.


A CTB, por meio de sua Secretaria da Juventude Trabalhadora, irá realizar, entre os dias 28 e 30 de junho, seu 2º Encontro Nacional da Juventude. A atividade será realizada na sede da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), em Belo Horizonte.

Sob o lema “Unir a Juventude que Trabalha e Estuda à Luta Sindical”, o Encontro pretende discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do país.

Temas como os direitos da juventude trabalhadora, sua maior organização nos ramos, o Estatuto da Juventude, a luta pelo aumento do investimento em educação como percentual do PIB, a formação e a qualificação profissional, a sucessão rural e o protagonismo dos jovens trabalhadoras serão temas debatidos no 2º Encontro.

Preparação para o 3º Congresso da CTB
É crescente a demanda política, sindical e institucional da ação da juventude da CTB. Às vésperas da realização do 3º Congresso Nacional da Central, é fundamental que o 2º Encontro da Juventude faça um balanço de sua atuação no período mais recente e discuta as perspectivas e desafios que surgirão nos próximos anos.

Para o secretário da Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinicius, “é hora de colher os frutos de tantas atividades que fizemos nos últimos três anos. O que ficou? Como melhor estruturar o trabalho da CTB na Juventude? Para mim, que deixo a frente, a juventude só terá importância e ajudará a Central se passar a se identificar como jovem e se organizar para a luta sindical. É nossa hora de pensar juntos no 2º Encontro, valorizar esse espaço, um momento bonito e importante que deixará importantes caminhos para a ação da juventude".

A hora é de viabilizar a vinda das delegações
O 2º Encontro da Juventude Trabalhadora da CTB está previsto para 150 participantes, por isso será estabelecida uma data limite e uma inscrição prévia que posteriormente será divulgada. Para Paulo Vinícius, “a juventude tem de se mexer, viabilizar sua passagem enquanto está barato, pedir apoio dos sindicatos para termos o maior número de estados, de modo que esses (as) jovens levem o aprendizado para fortalecer as CTB’s estaduais, as lutas do sindicalismo, da juventude e do Brasil". 

FONTE: Portal CTB