quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Empregadores e Trabalhadores da Ibero-américa Assinam Declaração Sobre Emprego Juvenil.

Os representantes das organizações de empregadores e trabalhadores dos países da Ibero-américa assinaram uma declaração conjunta alertando sobre a necessidade de tomar medidas para enfrentar os problemas sofridos pelos jovens ao ingressar no mercado de trabalho, e fizeram um chamado aos governos a estabelecer o emprego definitivo como um objetivo estratégico. Os representantes de empresas e sindicatos se comprometeram a promover, diante dos governos da Ibero-américa, uma Conferência Regional Tripartidária que se realizaria em 2013, para impulsionar e melhorar programas e políticas relacionadas com o emprego dos jovens.

A reunião de interlocutores sociais ibero-americanos contou com a presença do novo Diretor Geral da OIT, Guy Ryder, da Diretora Regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, e do Diretor da Divisão de Assuntos Econômicos da SEGIB, Federico Poli. A delegação de empregadores esteve encabeçada pelo Vice-presidente Executivo da Organização Internacional de Empregadores (OIE), Daniel Funes de Rioja, e pelo Secretário Geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas (CSA), Victor Báez.

A "Declaração de Madrid sobre Emprego Juvenil” destaca que, no mundo, há cerca de 75 milhões de jovens desempregados, "com casos extremos como o da Espanha e Portugal, onde se registra um desemprego superior a 50% e 35% respectivamente, enquanto que, na América Latina, há em torno de 15%”.

O VI Encontro Ibero-americano de Interlocutores Sociais foi realizado nesse fim de semana em Madrid, convocado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), no marco do processo relacionado com a XXII Cúpula Ibero-americana convocada na cidade espanhola de Cádiz nos dias 16 e 17 de novembro desse ano.

Os encontros ibero-americanos de interlocutores sociais formam parte de um processo de apoio ao fortalecimento do diálogo social iniciado em 2005, promovido em prol de gerar um consenso entre empregadores e trabalhadores nesse espaço regional.

FONTE:Prensa Segib;Adital.

Juventude e Participação.

A população jovem do Brasil gira em torno de 50 milhões. Segundo informações da Secretaria Geral da Presidência, este mesmo grupo concentra os piores índices de desemprego, evasão escolar, formação profissional, mortes por assassinato e envolvimento com drogas e criminalidade. Mesmo diante deste quadro preocupante, a primeira Política Nacional de Juventude do país data de apenas sete anos atrás.

Só em 2010 foi aprovada a chamada PEC da Juventude, que virou a Emenda Constitucional 65, introduzindo a categoria "jovem” na Constituição, no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais. Portanto, o Brasil caminha a passos lentos em direção a consolidação de uma política de juventude de Estado, que venha superar a fragmentação e a descontinuidade que caracteriza fortemente alguns dos programas e projetos governamentais, voltados a população entre 15 e 29 anos.

O Brasil é o país onde mais se mata jovens no mundo. Somente em 2011 foram cerca de 28.000, repetindo a tendência de queda no número de jovens brancos e aumento do mesmo tipo de crime contra negros. Dados do Ministério da Saúde dão conta de que no ano de 2010 53,3% das 49.932 vítimas de homicídios eram jovens. Entre eles 76,6% negros e 91,3% do sexo masculino.

De outro lado, deste mesmo grupo tão marcado por processos radicais de violência física e simbólica, surgem também novas formas e tentativas de solucionar problemas. A expansão incontornável da política para a arena virtual e a multiplicação de conexões possíveis entre a juventude vem pressionar o Estado para a criação de instâncias de participação que acompanhem as transformações contemporâneas.

Hoje os jovens não pleiteiam somente a resolução de seus problemas, mas a possibilidade de debater e interferir diretamente nos debates mais amplos colocados na conjuntura. Este deslocamento implica também, forçosamente, em passar das tradicionais políticas "para” a juventude, isto é, políticas concebidas pelos governos direcionadas ao jovem, para políticas de juventude, concebidas e elaboradas com a participação deles.

As políticas tem como dimensão fundamental incidir sobre as representações de grupos sociais fortemente estereotipados, como é o caso dos jovens, associados frequentemente a uma suposta propensão ao desvio. A defesa de direitos específicos deste grupo social, também é essencial para que a relação do Estado com a juventude comece a contribuir para disseminação de concepções e representações menos calcadas em estigmas e mais atenta aos anseios e demandas do jovem. Afinal, a história mostra de forma mais ou menos alternada que a juventude também pode ser identificada com o fôlego sempre presente nas transformações em diferentes sociedades.

FONTE: Observatório de Favelas./Adital.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 de Novembro: Em Sua 5ª edição, Marcha Pedirá o Fim do Extermínio da Juventude Negra.

Para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra e denunciar o extermínio de jovens negros/as, o Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), junto a entidades e movimentos sociais, realiza amanhã (20), em Vitória (ES) (Brasil), a V Marcha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra.

Nas palavras do coordenador do Fejunes, Luiz Inácio Silva da Rocha, mais conhecido como Lula, as entidades e movimentos sociais do Estado querem, mais uma vez, "denunciar o extermínio da juventude negra e cobrar medidas concretas das autoridades, além de relembrar o Dia da Consciência Negra”.

"O Governo criou políticas de igualdade racial, mas elas não estão estruturadas. Queremos a implementação dessas políticas, queremos também mostrar que a juventude tem potencialidades e reivindicamos que se abram canais de diálogo”, acrescenta Lula, denunciando a falta de abertura e resposta por parte do Governo.

A Marcha é também uma forma de chamar atenção da sociedade capixaba para as condições de vida da população negra, objetivo que vem sendo cumprido a cada ano. De acordo com Lula, a Marcha tem cada vez mais adesão popular.

O coordenador do Fejunes acrescenta que o número de participantes deste ano deverá superar o dos anos anteriores. Neste ano, são esperados mil manifestantes, entre pessoas da capital e do interior do Estado, que chegarão em caravanas.

A partir das 8h começa a concentração em frente à antiga Capitania dos Portos, no centro de Vitória. Enquanto os participantes chegam para dar início à V Marcha acontecerão apresentações culturais como percussão, dança e hip-hop.

No caminho até oMuseu Capixaba do Negro (Mucane) está previsto um ato público em frente ao Palácio Anchieta, sede do Governo. Na ocasião, lideranças de entidades do movimento negro e jovens vão se manifestar. Além disso, como nos anos anteriores, serão fincadas cruzes nas proximidades do Palácio em memória às centenas de jovens negros assassinados neste ano no Estado.

O Espírito Santo é o Estado brasileiro com a segunda maior taxa de homicídios de crianças e adolescentes e perde apenas para Alagoas, segundo o Mapa da Violência 2012. O documento revela que a taxa do Estado é 33,8 assassinatos a cada 100 mil habitantes. O aumento vem sendo gradativo desde 2010, quando o Espírito Santo estava em 5º lugar. Entre as vítimas, jovens negros são apontados como maioria.

Para mais informações, acesse http://blog.fejunes.org.br/ ou escreva para: fejunes_es@yahoo.com.br

Por Natasha Pitts.
Fonte: Adital.