Nos próximos dias 17 e 18, Manágua, capital da Nicarágua, sediará o III Encontro da Juventude Sindical da América Central. O evento, promovido pela Frente Nacional dos Trabalhadores (FNT) da Nicarágua e pela Federação Sindical Mundial (FSM) da América Central, pretende reunir jovens da região para discutir as problemáticas atuais da juventude trabalhadora.
A partir do tema "Juventude Trabalhadora Diante dos Novos Desafios”, os/as participantes discutirão problemas como: pobreza, desemprego, violência, e drogas. A ideia, de acordo com o convite para o encontro, é "construir consensos sobre o tema da juventude trabalhadora na região” a respeito dessas questões e seguir a "construção de uma sociedade em benefício de todas e todos, incluindo os jovens e as jovens”.
A programação do evento inclui conferências, mesas temáticas, exibições de vídeos e apresentações culturais. Destaque para os debates que ocorrerão no primeiro dia: "Nicarágua, a Revolução Popular Sandinista e o desempenho da juventude na II etapa da Revolução”; "A FNT e o trabalho com a juventude trabalhadora na Nicarágua”, com a participação de Gustavo Porras, coordenador nacional da Frente; e "A FSM e o papel da juventude trabalhadora”, com Manuel Ramos, da FSM Central.
O segundo dia de encontro será dedicado às mesas de trabalho. Divididos/as em quatro grupos, os/as jovens discutirão pontos como: situação política, econômica e sindical da região e agenda das organizações sociais; fortalecimento dos sindicatos no enfrentamento ao sistema capitalista; juventude e luta política sindical; e juventude e equidade de gênero.
A expectativa é que os/as jovens possam expor os debates das mesas para os/as participantes do evento e que o encontro seja encerrado com a leitura da declaração "Comitê de Jovens”.
A realização do III Encontro da Juventude Sindical da América Central faz parte dos acordos estabelecidos no segundo encontro, ocorrido entre os dias 7 e 9 de dezembro, na Costa Rica. Além da organização do terceiro encontro, as juventudes presentes no evento passado ainda decidiram criar um Comitê Regional Centro-Americano da Juventude, estabelecer o dia 14 de maio como Dia de Ação da Juventude Sindicalista da FSM na América Central e no México, buscar ações que incentivem a participação de mulheres nas organizações sindicais, entre outros pontos.
Juventude do Cone Sul:
As juventudes trabalhadoras da América do Sul também estão articuladas. Nos dias 29 e 30 de junho, jovens de Argentina, Brasil, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai se reuniram em Buenos Aires, na Argentina, para participar do Encontro da Juventude Trabalhadora do Cone Sul da Federação Sindical Mundial. O evento contou ainda com a presença de jovens de Cuba e do México.
De acordo com informações da Federação Sindical Mundial, as discussões giraram em torno das lutas das juventudes sul-americanas, do plano de ação para a região, e da integração solidária. O próximo Encontro da Juventude Trabalhadora do Cone Sul ocorrerá em 2013, no Uruguai.
Desemprego:
Não é à toa que o desemprego é uma das principais preocupações entre os/as jovens. No informe Tendências mundiais de emprego juvenil 2012, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que a taxa de desemprego entre jovens ainda é alta. De acordo com a publicação, lançada em maio passado, 75 milhões de jovens em todo o mundo estão sem emprego. Na América Latina e no Caribe, a taxa de desemprego juvenil no ano passado alcançou 14,3%.
Por Karol Assunção.
Fonte: Adital.
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