quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pesquisa Revela o Quanto a População Negra está Vulnerável à Homicídios.


Em matéria públicada na edição de 20/04 do Jornal do Commercio  foram divulgados alguns resultados obtidos por uma pesquisa elaborada pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Desigualdades Sociais ligado a UFRJ, em relação a violência que atinge notavelmente a população negra no Brasil É muito revoltante aceitar esses resultados, mesmo depois de tanta propaganda sobre os avanços das políticas de combate a desigualdade racial no país.

A grande reflexão que tive ao ler a citada matéria é a seguinte: o negro continua a ser alvo da violência em todos os seus aspectos, assim como, na maioria dos homicídios ocorridos no país que conta com a maior população negra  fora do continente africano. É válido ressaltar que, os números divulgados na pesquisa são baseados em informações obtidas em grande maioria por dados oficiais divulgados por instituições governamentais. Logo, se as informações colhidas são provenientes de índices  docimentados oficialmente pela esfera pública, já podemos concluir que a situação não é nada boa.

Ora, mesmo reconhecendo que durante os últimos dez anos, o combate à violência têm sido tratado por diversos setores governamentais e não-governamentais e que o debate sobre a questão racial tevev um avanço satisfatório,  também é preciso debruçar uma atenção mais crítica sobre os números. E nesse ponto a situação é caótica. Enquanto os índices de homicídios entre brancos diminui gradualmente, com os negros acontece o inverso. Além disso, a expectativa de vida da população negra em 2008 ficou em 67,03 anos, enquanto a parcela de cor branca, a perspectiva era de 73,13 anos.

Tal situação serve para ampliarmos o nosso posicionamento crítico sobre a questão racial no Brasil, Ao revelar que a parcela demográfica que mais morre em homicídios é a população negra, a pesquisa nos faz refletir de uma forma direta sobre outros aspectos sociais, como educação, saúde, moradia e emprego. Que consequentemente, são fatores que também revelam situações desfavoráveis para os cidadãos negros.

Assim, as crescentes taxas de homicídios não podem ser analisadas de uma forma isolada. Uma vez que quando analisadas junto a outras estatísticas é que podemos ter uma visão mais ampla  a respeito do verdadeiro problema em questão. Pois bem, outros dados revelam que a ocorrência de reprovações , evasão escolar e desemprego atingem diretamente os cidadãos negros. É válido destacar que em todos os estados brasileiros, as taxas de homicídios que envolvem jovens negros são notavelmente superiores aos resultados obtidos por jovens de cor branca. Fazendo concluir que a cada branco morto, temos em média 2 negros nas mesmas circunstâncias.

E diante de tantas informações reproduzidas por meio de pesquisas científicas podemos concluir que a história do Brasil ainda pesa sobre a realidade das pessoas de cor negra. E diante disso, é fundamental aceitarmos que ainda nos resta uma longa tragetória pela frente, para  assim, construirmos de forma eficaz a sociedade que tanto defendemos em nossos discursos.

Observatório da Imprensa: De Gutenberg ao Facebook.

Por Flávio de Carvalho Serpa em 20/4/2011
Reproduzido da revista Retrato do Brasil nº 45, abril/2011; intertítulos do OI.
Retirado do Site: http://observatoriodaimpresna.com.br

Que papel tiveram realmente as redes sociais e telefones celulares nas rebeliões do Oriente Médio? Muita gente deslumbrada com as novas tecnologias e serviços em rede vislumbrou, logo depois do início dos conflitos, uma nova era para a humanidade, como se o Facebook, a principal rede social mundial, com mais de meio bilhão de associados, tivesse poderes nunca antes experimentados pela humanidade.

É fato que os meios de difusão das ideias e de chamados à ação cumprem uma parte importante na evolução cultural e política da humanidade. A tecnologia da imprensa, de Gutenberg, foi efetivamente um agente novo de propagação de mudanças sociais profundas.

A constatação de que as mídias são desencadeadoras de mudanças apenas quando existem condições sociais favoráveis é antiga. Mas como o contágio se propaga e qual o papel das mídias são questões que apenas na modernidade começaram a ser rastreadas.

Revolução Madura.

Quando Lênin criou o jornal Iskra (centelha), ele tinha bem claro que a ignição precisaria de uma pradaria adequada para se propagar. "Da centelha surgirá a chama" era o lema do Iskra, que cumpriu papel importante na formação do partido comunista. Para provar que a mídia não era a toda-poderosa na história, o título Iskra foi surrupiado pelos mencheviques, e foi para o brejo. O novo jornal bolchevique, o Proletári, não tinha o mesmo charme do Iskra, mas era amparado pelo decidido partido leninista.

As rebeliões no Oriente Médio, nesse sentido, são um momento histórico privilegiado, pois dão à ciência a chance de acompanhar em tempo real o que está acontecendo e como as mudanças se desdobram.

O resultado histórico vai depender muito das condições objetivas existentes em cada local. O grito do Facebook, do Twitter e das redes de jovens armados de telefones celulares teve resultados muito diversos nos países da região de falantes da língua árabe. Na Tunísia e no Egito os regimes despóticos, corruptos, burocráticos e ineficientes nem perceberam o que estava acontecendo, e quando se deram conta já era tarde demais para agir. Naqueles países, as elites nem se preocuparam em controlar as massas, a não ser pelo uso indiscriminado da força policial, o que só agravou os conflitos.

Já no Irã e na Arábia Saudita, depois dos primeiros sustos os regimes locais passaram a combater as revoltas com as próprias armas dos desafiantes. No Irã não há mais espaço para as mídias sociais: a polícia monitora todos os suspeitos e chega em maior número nos locais de manifestação. O mesmo ocorre na Arábia Saudita e na China, onde os conteúdos perigosos ou são bloqueados, ou simplesmente derrubados com ataques de hackers chapa-branca.

Isso explica um aparente paradoxo: por que a infecção não é maior em países com mais alta densidade de redes sociais? Ironicamente, nos Estados Unidos o impacto dessas redes nas mudanças sociais é limitado, quando não retrógrado. Elas ajudaram muito na mobilização para a eleição de Barack Obama, mas não conseguiram engrenar uma onda nem mesmo reformista.

É provável que a experiência bem-sucedida do Egito não vá replicar em lugar nenhum. Mas vale esmiuçar seus detalhes para tirar lições gerais de como a revolta pode se espalhar como uma coqueluche. O egípcio Ahmer Maher pode ser considerado um dos principais estrategistas da derrota de Hosni Mubarak. Em 2008, ele abriu uma página no Facebook de apoio à greve na cidade industrial de Mahalla, usando a rede social como arma de mobilização. Ele contou ao jornalista Marcelo Ninio, enviado especial da Folha de S.Paulo, como as coisas aconteceram. Antes de adotar as tecnologias modernas, ou seja, enquanto fazia uso das formas tradicionais de organização e militância, Maher apanhou e amargou cadeia e tortura.

"Em vez de ficarmos nas ruas, correndo o risco de sermos presos de novo, decidimos que todos criaríamos blogs para contar o que estava acontecendo no país e mobilizar mais jovens. A guerra virou digital. Em 2008, eu e uma amiga criamos uma página no Facebook para apoiar a greve dos trabalhadores da cidade industrial de Mahalla. Em apenas cinco dias a página tinha mais de 80 mil membros", disse ele à Folha. E conclui. "A internet foi apenas uma ferramenta. O que causou a revolução foi a vontade de mudar e a disposição em fazer sacrifícios." Portanto, desistam de fazer a revolução no conforto de uma lan house.

Depois das convocações via Facebook, o próprio Maher se surpreendeu. "Pensávamos que viriam uns poucos milhares, mas apareceram 100 mil só no Cairo. A revolução estava madura, só faltava uma gota a mais de querosene para fazer tudo explodir. E essa gota foi a violência da polícia contra os manifestantes".

Margem Estreita.

Em muitos países, o que não falta é a situação madura. O que falta é o estopim para espalhar a revolta. Por que eles não se acendem espontaneamente? Uma tentativa de explicar o contágio dessas iniciativas foi a analogia dos "vírus mentais", entidades voláteis que passariam de cérebro a cérebro nas multidões. Essa ideia foi sugerida por Richard Dawkins em 1976 no seu livro O gene egoísta. Segundo Dawkins, existiriam mecanismos replicadores (ele não gosta do termo "vírus") que seriam os transmissores da evolução cultural, assim como o gene é o da evolução darwiniana.

Essa entidade da replicação de ideias e costumes seria algo batizada por ele de meme, que seria para o cérebro o análogo do gene na genética. Ele é considerado uma unidade de informação imaterial que pula e replica de cérebro em cérebro, entre locais nos quais a informação é armazenada (como livros) ou em outros locais de armazenamento ou cérebros. Para Dawkins e seus seguidores, o meme não seria material como um vírus, mas estaria sujeito às mesmas leis estatísticas de proliferação epidêmica.

A virulência numa epidemia biológica pode ser avaliada por fatores como a potência do agente, sua velocidade de replicação, condições ambientais de propagação e vários outros fatores conhecidos da medicina, mas, no caso da replicação de memes, as condições para que ela seja efetiva ainda são desconhecidas. Portanto, é pouco provável que um bando de geniozinhos políticos e informáticos consiga bolar uma "virose" efetiva.

De qualquer maneira, a internet e suas redes sociais entraram irreversivelmente para o arsenal da política, assim como os livros de Gutenberg. Ao longo da história, os livros desencadearam grandes movimentos de mudanças sociais, mas também muitas obras deletérias, como Mein Kampf, de Hitler, causaram grandes desastres para a civilização. No caso da internet, é possível dizer que ela, por sua natureza anárquica e libertária, possa ser inerentemente uma propagadora das democracias política e econômica?

Num recente fórum de debates da revista The Economist, a resposta foi meio nebulosa. Os leitores da revista, formadores de opinião em escala mundial, ficaram perto do empate. Por 58% a 42% dos votos, ganhou a tese de que a internet levará, por sua própria natureza, a um mundo mais democrático. Mas a margem foi muito estreita, deixando bastante evidente que a rede mundial pode também ser levada a manipular as maiorias. O que não faltam são interesses econômicos e políticos gananciosos para que isso aconteça. A política e a economia, como tem sido até agora, é que são os fatores mais decisivos das mudanças.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Juventude é definida


Os 15 representantes da sociedade civil para a Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Juventude já estão definidos. A lista foi fechada na reunião extraordinária do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), realizada dos dias 14 e 15 de abril.

Os convocados terão a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento e avaliação da Conferência junto com os representantes governamentais.

O principal critério para a definição dos nomes foi a divisão equitativa entre os segmentos que compõem o Conselho. As entidades de apoio tiveram quatro vagas, os movimentos juvenis ficaram com sete vagas e as entidades partidárias com três vagas, completando com a vaga para a presidência do Conselho.

Os movimentos juvenis ainda criaram outro critério para a definição das vagas: a subdivisão por temáticas, o que garantiu a participação dos movimentos de mulheres, negros, estudantes, religioso, de trabalhadores urbanos, juventude rural, além de fóruns e redes.

“É um enorme desafio que encaramos com muito comprometimento a partir de agora. Queremos fazer dessa uma Conferência impactante nas políticas de juventude nesse país”, diz Kathia Dudyk, representante do Instituto Paulo Freire no Conjuve.

Para Gabriel Alves, representante da CPC/UMES, o desafio é construir um espaço onde os jovens participem na sua diversidade e que sejam mobilizados no intuito de contribuir para o desenvolvimento do país.

“Temos que viabilizar a participação desses jovens que têm que ser protagonistas no processo do desenvolvimento do Brasil”, afirmou o conselheiro.

Confira abaixo a lista dos representantes:

Gabriel Medina – Presidente do Conjuve / Fonajuves
Kathia Dudyk – Instituto Paulo Freire
Danielle Basto – Escola de Gente
Gabriel Alves – CPC/UMES
Nilton Lopes – CIPÓ – Comunicação Interativa
Hélio Barbosa – Rede de Jovens do Nordeste
João Vidal – UGT
Maria Elenice Anastácio – Contag
Marc Emmanuel Mendes – PMDB
Joubert Fonseca – PSB
Murilo Amatneeks – PT
Alexandre Piero – PJ
Danilo Moraes – CONEN
Marcela Cardoso – UNE
Paula Costa – UBM

Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude

O Deputado Federal Domingos Neto – PSB/CE, convida para o Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude, dia 27 de abril, quarta-feira, às 9:30h, no auditório Freitas Nobre, Anexo IV – Câmara dos Deputados.

O objetivo da Frente é promover o debate amplo das políticas públicas de juventude do nosso país, os seus aspectos éticos, morais, técnicos e científicos, e, em especial, os relativos aos seus direitos e garantias fundamentais.

Composição da mesa:

· Deputado Federal Domingos Neto – PSB/CE, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude
· Deputada Federal Manuela D’Avila – PCdoB/RS, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude
· Severine Macedo – Secretária Nacional da Juventude
· Gabriel Medina – Presidente do Conselho Nacional da Juventude
· Representante da UNE – União Nacional dos Estudantes
· Representante da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
· Representante da CUFA – Central Única das Favelas
· Representante do CONAJE – Confederação Nacional dos Jovens Empresários
 
Confirmações:

Charge Sobre Educação.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Projeto oferece livros infantojuvenis pela internet

Rio de Janeiro - Mais de 30 mil registros, o equivalente a 22 mil títulos, estão disponibilizados no site da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Fnlij) para consulta de pesquisadores, estudiosos e educadores, dentro do projeto Biblioteca Fnlij, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e Petrobras.
A secretária-geral da fundação, Beth Serra, disse à Agência Brasil que o site da Biblioteca Fnlij é o único no país com esse tipo de informação. Ele reúne um acervo tão vasto de publicações dedicadas ao público infantojuvenil. O projeto contribui para subsidiar pesquisas e políticas culturais e educacionais de compra de livros.

Todas as publicações recebidas pela fundação estão à disposição dos interessados na Biblioteca Fnlij. Cerca de 1,2 mil títulos são recebidos pela entidade a cada ano.

A ferramenta visa a auxiliar também os pais e educadores na compra de livros para as crianças e jovens, de acordo com a sua faixa etária. “A ideia é essa. A biblioteca tem um atendimento para quem é pesquisador e, também, para os pais e professores e educadores em geral. Eles podem saber o que está sendo publicado no Brasil dentro do universo infantil”, disse.

As informações sobre o acervo são atualizadas automaticamente, afirmou Beth Serra. Elas incluem os títulos premiados pela fundação ao longo dos anos e, ainda, os livros que se encontram no mercado. “É um cardápio bastante variado para pais e professores que já consultam para comprar acervo, para orientar a leitura”, ressaltou a secretária-geral da Fnlij.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 17 de abril de 2011

UNACOMO Lança Carta de Apoio Para a Realização da Festa da Lavadeira.

Não é de hoje que a população brasileira se torna vítima dos interesses e das ações executadas pelos grupos empresariais que pela busca insessante de ganhos financeiros. E voltado apenas para a lucratividade, os representantes legítimos do sistema capitalista se recusam a ter qualquer preocupação sobre questões como meio ambiente, acesso a cultura, moradia dígna ou condições humanas de trabalho. Pelo contrário, tais preocupações são obstáculos para a ampliação dos seus lucros.

Do lado dos empresários, estão os governantes que tornam-se parceiros estratégicos dos interesses financeiros e disrtorcem as informações e em nome de um falso desenvolvimento, corroboram com mais exclusão e exploração sobre o povo brasileiro.

E diante desse quadro, a cultura popular tornou-se alvo desses interesses empresariais, penalizando mais uma vez o povo e suas formas de divertimento e manifestação popular. Enquanto a imprensa burguesa se omite em divulgar as articulações empresariais com setores governistas para acabar com a famosa Festa da Lavadeira, comemorada anualmente nos primeiros dias do mês de maio (dia do trabalhador), os movimentos sociais e as mídias alternativas mostram que a população tem que resistir a todas essas arbitrariedades para podermos construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Em nome dos movimentos populares de Olinda, a União das Associações e Conselhos de Moradores de Olinda direciona total apoio para a realização da Festa da Lavadeira no ano de 2011, festejo que representa literalmente a cultura popular pernambucana e a resistência do povo. Vamos adiante, camaradas! pela defesa do patrimônio histórico e cultural da população brasileira.

Marcos Morais
Presidente da UNACOMO.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Plano Nacional de Banda Larga.

Lançamento Nacional da Campanha será no dia 25/04, em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília

A banda larga no Brasil é cara, lenta e para poucos, e está na hora de pressionar o poder público e as empresas para essa situação mudar. O lançamento do Plano Nacional de Banda Larga em 2010 foi um passo importante na tarefa necessária de democratizar o acesso à internet, mas é insuficiente. O modelo de prestação do serviço no Brasil faz com que as empresas não tenham obrigações de universalização. Elas ofertam o serviço nas áreas lucrativas e cobram preços impeditivos para a população de baixa renda e de localidades fora dos grandes centros urbanos.

Enquanto isso, prefeituras que tentam ampliar o acesso em seus municípios esbarram nos altos custos de conexão às grandes redes. Provedores sem fins lucrativos que tentam prover o serviço são impedidos pela legislação. Cidadãos que compartilham sua conexão são multados pela Anatel.

É preciso pensar a banda larga como um serviço essencial. A internet é instrumento de efetivação de direitos fundamentais e de desenvolvimento, além de espaço da expressão das diferentes opiniões e manifestações culturais brasileiras por meio da rede.

Neste dia 25, vamos colocar o bloco na rua: juntar blogueiros, ativistas da cultura digital, entidades de defesa do consumidor, sindicatos e centrais sindicais, ONGs, coletivos, usuários com ou sem internet em casa, todos aqueles que acham que o acesso à internet deveria ser entendido como um direito fundamental. Nossa proposta é unir os cidadãos e cidadãs brasileiros em uma vigília permanente em defesa do interesse público na implementação do Plano Nacional de Banda Larga e da participação da sociedade civil nas decisões que estão sendo tomadas.

O lançamento nacional da Campanha Banda Larga é um Direito Seu! Uma ação pela Internet barata, de qualidade e para todos será feito em plenárias simultâneas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, com transmissão por este site. O manifesto da campanha, a lista de participantes e o plano de ação também podem ser vistos aqui. Participe!

SÃO PAULO (SP) – 19h
Sindicato dos Engenheiros de São Paulo
Rua Genebra, 25 – Centro (travessa da Rua Maria Paula)

RIO DE JANEIRO (RJ) – 20h30
Auditório do SindJor Rio
Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar

SALVADOR (BA) – 19h
Auditório 2 da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia
Avenida Reitor Miguel Calmon s/n – Campus Canela

BRASÍLIA (DF) – A CONFIRMAR
Balaio Café
CLN 201 Norte, Bloco B, lojas 19/31


quarta-feira, 13 de abril de 2011

13 de Abril - Dia do Jovem

Estamos por todos os cantos do país e do mundo. Nas ruas, nas escolas, nas praças e em todo e qualquer lugar. Motivados por idéias e atitudes inovadoras e ousadas e vivendo intensamente o presente na esperança de construir um futuro ainda melhor, somos a juventude.

No dia 13 de Abril é comemordo o dia do Jovem, uma data que merece ser sempre lembrada e debatida em todos os espaços, haja vista que, não adianta pensarmos em uma sociedade melhor se não considerarmos a ousadia da juventude. População essa que vem conquistando cada vez mais novos espaços e garantindo novos direitos sociais.

Eis uma fase que muitos sociólogos costumam a rotular como um período de transição para a vida adulta que é marcado por muito aprendizado psicológico, social, intelectual, profissional, sexual e também espiritual. No contexto jurídico, ser jovem é está inserido entre 15 e 29 anos. Faixa etária essa que representa quase um terço da população mundial.

E diante de tal conjuntura, a sociedade precisa de fato, instituir profundamente as temáticas juvenis no debate político, uma vez que, a relevância social do jovem, sem dúvidas é singular e necessária para a construção de um presente e um futuro satisfatório para a sociedade em geral. E são nessas breves reflexões que o Centro de Juventude, Desenvolvimento e Cidadania deixa sua homenagem a todos os jovens brasileiros nesse tão importante 13 de Abril.

sábado, 9 de abril de 2011

Cidadania Virtual: As Intervenções Políticas nos Cyberespaços.


Durante as últimas décadas, o debate a respeito da comunicação vem ganhando cada vez mais força e ocupando importantes espaços dentro dos âmbitos institucionais e acadêmicos. Ao interligar o verdadeiro papel que os meios de comunicação tem para o desenvolvimento social, encontramos um grande consenso sobre a relevância do amadurecimento dessa temática tendo em vista, a consolidação de uma cidadania mais ativa e democrática.

Diante disso, vários foram os setores sociais que passaram a se apropriar do debate sobre as comunicações, no Brasil, ficando cada vez mais clara, a concepção do verdadeiro papel que os meios de comunicação desempenham dentro da sociedade, no que diz respeito a questões como: opinião pública, economia, valores estéticos, comportamentos eleitorais etc. E assim, esse debate passou a ser abordado com um maior interesse por vários atores políticos, pelos movimentos sociais, por entidades e oganizações.

E nessa construção progressiva de idéias, a medida que o debate avançava, iam ficando nítidos, a presença dos interesses que conduziam o funcionamento dos grandes meios de comunicação no Brasil. Trazendo uma maior consistência ao tema e exigindo cada vez mais, um direcionamento político a respeito das concessões públicas dos meios de comunicação.

As idéias se amadureceram e novas atitudes iam surgindo, como jornalismo alternativo e as rádios comunitárias. Todos os esforços contribuiam cada vez mais para as discursões a respeito da necessidade de uma democratização nas comunicações brasileiras. Entretanto, as medidas neoliberais de marginalização e criminalização dos movimentos sociais ofuscavam rigorosamente a presença dessa temática nos espaços públicos e políticos. As informações eram distorcidas, a mídia servia, cada vez mais aos interesses comerciais e alienadores, e funcionava cada vez menos na ação cidadã. As visões preconceituosas e conservadoras eram amplamente divulgadas pela grande mídia. A estética do consumo vinha com o rótulo de Hollywood, enquanto que a realidade brasileira era varrida para debaixo do tapete".

No final da década de 1990, a internet torna-se uma grande aliada para o fecundo debate sobre a relevância dos meios de comunicação na construção de uma sociedade mais igualitária e desenvolvida E assim, jornalistas, intelectuais e pesquisadores, passaram a dialogar com mais intensidade divulgando suas idéias e resoluções para um público cada vez maior e mais diversificado. O problema da comunicação passou a ser tratada de uma maneira mais interdisciplinar e coletiva. E diante todos esses avanços, os jovens passaram a desempenhar um papel protagonista diante todo esse processo, multimplicando assim o campo das opiniões e aumentando cada vez mais, os limites desse debate.

E nesse jogo de múltiplos interesses, a internet foi ganhando maior importância para a democratização das comunicações, influenciando assim a sociedade em diversos aspectos. E no fim da primeira década do século XXI, termos como: banda larga, lan house, wireless, messenger e redes sociais se solidificaram cada vez mais entre jovens de vários cantos do país.A acessibilidade passa a atingir as classes médias e baixas com mais intensidade devido a programas de inclusão digital.

E conceitos como cybercultura e cyberespaços se solidificam cada vez mais nos discursos e nas práticas de vários movimentos (principalmente os juvenis), a internet passou a ter grande peso político muito grande, principalmente nas denominadas redes sociais, influenciando assim uma grande parcela da população. Tornando-se um campo fecundo para a juventude manifestar as suas idéias e os seus valores sociais.