sábado, 29 de junho de 2013

Movimentos de Juventudes Se Reúnem com Dilma Para Pautar Avanços.


Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta sexta-feira (28) com representantes de 24 movimentos de juventude, entre eles a União Nacional dos Estudantes (UNE). Este foi mais um encontro da presidenta após a onda de manifestações que se expandiram por todo país. Durante a semana, ela recebeu representantes dos Três Poderes, além de líderes de diversos movimentos para debater e ouvir opiniões sobre as cinco propostas apresentadas no pacto nacional.

Foi consenso entre os presentes a defesa pelo passe livre em todo território nacional e uma reforma política que acabasse com o financiamento privado de campanhas.

Durante o encontro, a UNE pediu à Dilma ajuda na celeridade dos projetos que garantam mais investimentos para a educação pública, como a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a destinação de 10% do PIB, além do projeto de lei que destina os royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública, aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (26).


“Pedimos à presidenta que dialogasse com o Congresso para evitarmos um retrocesso em relação aos temas em questão. Ambos os projetos, tanto o que destina os royalties quanto o do PNE estão em tramitação no Senado Federal” ratificou Vic Barros, presidenta da UNE.

Em relação ao projeto específico dos royalties, Vic Barros ainda explicou:

“No projeto aprovado, decidiu-se por mexer em contratos já assinados em áreas nas quais ainda não começou a exploração comercial até 3 de dezembro de 2012. Como a proposta do governo era só para novos contratos, parte da bancada governista entende que poderá haver questionamento judicial por se interferir em contratos já firmados. Dilma avaliou que provavelmente seria possível destinar os royalties desses contratos para a educação, já que não se alteraria a natureza, apenas se daria um novo destino a esses mesmos royalties. Nesse sentido, a reunião foi muito positiva”.

Movimentos Presentes:

Fizeram parte deste encontro o Conselho Nacional de Juventude (Conjure), UBES, Movimento Sem-Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Marcha Mundial das Mulheres, Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Levante Popular da Juventude, Rede Fale, Hip Hop, Forum de Juventude de BH, União da Juventude Socialista (UJS), Juventude do PT(JPT), UPL, JSB, JSPDT, JPMDB, UNE, PJ, CTB, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Marcha das Vadias, Fora do Eixo e Agência Solano Trindade.

FONTE: União Nacional dos Estudantes.

Vem Pra Rua Aprovar o Plano Nacional de Educação.


Uma das mais importantes bandeiras agora é ir para as ruas forçar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE) em tramitação desde 2011 no Congresso Nacional. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) empunham essa bandeira faz tempo e entendem que agora é agora de discutir amplamente e aprovar o PNE. Assim como no caso do transporte, as entidades estudantis pretendem tirar o foco do ensino privado e liberar mais verbas para o ensino público.

Em texto em seu site a UNE reconhece que o Brasil possui imensas riquezas, em terra, mar e subsolo, sempre marcadas pela “expropriação desses recursos para uma pequena elite e para a elite de outros países”, sendo assim “o povo nunca usufruiu das riquezas do seu solo e da sua pátria”, confirma o texto.

Os estudantes asseguram também que a UNE e a Ubes sempre estiveram à frente das principais lutas em favor dos interesses nacionais e da classe trabalhadora, assim com por democracia e liberdade. Na década de 1950, foi a UNE que liderou a campanha “O Petróleo é Nosso”, de onde nasceu a maior empresa do país, a Petrobras, e uma das maiores do mundo no setor petrolífero. “Naquele período, que foi de 1947 a 1953, a UNE se uniu à parte da sociedade brasileira, ao lado de artistas e parlamentares, que era contra àqueles cujo objetivo era entregar o petróleo nas mãos de empresas privadas e estrangeiras”.

Exatamente como pretendia fazer o governo neoliberal de FHC, que sucateou a Petrobras, as Forças Armadas e privatizou grandes estatais e até hoje não se sabe onde está o dinheiro dessas vendas. Inclusive há fortes suspeitas até hoje não investigadas de maracutaias na venda da Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, entregue pro moedas podres.

A presidenta da UNE Vic Barros afirma que “o Brasil é a 5ª economia do mundo e a 88ª educação de qualidade no mundo”, por isso, “precisa estar convencido em investir na educação pública, gratuita e de qualidade para erradicar o analfabetismo, para ter soberania científica e tecnológica”, acentua. Para Vic, “as nossas riquezas naturais podem levar o Brasil a mudanças mais profundas, ainda mais significativas na vida e no dia a dia das pessoas, do nosso povo, da nossa juventude”.

O PNE pode e deve “conquistar políticas que superem a dívida histórica do Brasil, democratizando radicalmente o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade”, assegura Vic. Acontece que o Projeto de Lei 8035, enviado ao Congresso em dezembro de 2010, anda não foi aprovado e encontra-se atualmente no Senado.

Porque os estudantes lutam desde a Conferência Nacional de Educação, em 2010, por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) aplicados em educação. O PNE estabelece metas para serem cumpridas até 2020.

A Câmara dos Deputados aprovou a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação pública, com prioridade para a educação básica. Os 25% restantes ficaram para a saúde.

Une e Ubes entendem essa aprovação com uma “vitória histórica” do movimento estudantil e da juventude em prol da nação. Para a Ubes “o movimento estudantil emplaca mais uma bandeira que promete mudar os rumos do Brasil”, Para os dirigentes da Ubes “essa é uma vitória construída por várias gerações.

A Une e a Ubes promete acompanhar a tramitação do PNE no Senado e avançar na luta para a educação virar realmente uma prioridade nacional como sempre os estudantes e a juventude defenderam.


Por Marcos Aurélio Ruy.
FONTE: Portal Vermelho/UNE.

UNE Divulga Nota Sobre Manifestações Pelo Brasil.


A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou uma nota para defender as mobilizações dos brasileiros pela melhoria de direitos básicos da população, principalmente na área da educação. A entidade falou sobre as conquistas dos brasileiros através de manifestações durante a história do país, retomou as mobilizações recentes, alertou sobre os problemas ainda existentes no Brasil e apresentou as bandeiras do movimento estudantil.

Confira a nota a baixo na íntegra:

BRASIL MOSTRA A TUA CARA - VEM PRA RUA LUTAR PELA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

As manifestações que ocuparam as cidades do país nas últimas semanas mostram que o Brasil se encontra nas ruas e que a luta do povo impulsiona mais uma vez nosso país para frente. Foi a luta e a ousadia do povo que possibilitou os saltos que apontam para a construção de um país uno e soberano. Assim superamos a escravidão, combatemos o nazi-facismo e gritamos que “O Petróleo é Nosso”. Enfrentando a ditadura militar muitos tombaram para conquistar a democracia e a liberdade, com a cara pintada derrubamos um presidente e com bravura resistimos ao neoliberalismo dos anos 90.

Na última década fomos decisivos na conquista de políticas muito importantes para a educação e que estão ajudando a democratizar o acesso a universidade, como o Prouni e a interiorização e expansão das federais. Recentemente foi aprovada a lei das cotas sociais e raciais e o estatuto da juventude. A UNE também não se furtou de ser protagonista na construção de outro projeto de país – reivindicamos e conquistamos um novo marco regulatório do petróleo e levantamos a necessidade de fazer reformas estruturais fundamentais para o crescimento do país, como a reforma agrária, política e tributária.

A crise mundial do capitalismo, com epicentro nos EUA e no continente europeu, impôs uma agenda de recessão econômica a esses países, com desemprego e aprofundamento das desigualdades sociais. Em todo mundo há mobilizações da juventude e das e dos trabalhadores em reação a esse cenário. No Brasil, mesmo após medidas adotadas para diminuir o impacto da crise, é possível sentir os seus efeitos, ainda que em menor grau do que no restante do mundo.

As mobilizações que nasceram para exigir a revogação do aumento da tarifa e um transporte público de qualidade em diversas cidades do país, conquistaram rapidamente inúmeras vitórias, derrotando o aumento em 9 capitais e muitos outros municípios. Os problemas no transporte público e a repressão policial ocorrida na maioria dos estados brasileiros foram os catalisadores que impulsionaram manifestações cada vez maiores, mostrando o desejo de participação de uma geração que luta por mais avanços. Com caráter progressista e combativo, continuamos indo para as ruas, explicitando as contradições e os limites de governos de todas as esferas, sejam municipais, estaduais e federal, em responder as necessidades da população em plenitude.

O baixo crescimento do PIB, a diminuição do poder de consumo, os cortes nos investimentos públicos, são sinais do retrocesso econômico do país. É necessário que o governo inverta suas prioridades, apresentando um plano emergencial para investimentos nas áreas estratégicas e importantes para a população, que são os serviços públicos, principalmente no que diz respeito à educação, saúde e mobilidade urbana. Propomos que o dinheiro para esses investimentos seja retirado da meta do Superávit Primário e das revisões de desonerações sem justificativas (como das empresas de Telecomunicação, montadoras, entre outras). Além disso, o governo federal precisa garantir que um percentual das dívidas dos municípios e estados sejam usadas para investimentos e que o BNDES abra uma linha de financiamento para estados e municípios investirem em mobilidade urbana.

Por isso o grito vem das ruas, as mobilizações de milhares e até milhões que invadiram as ruas do Brasil de norte a sul refletem uma juventude que se indigna com os problemas do país e reivindica mais direitos. Direito a qualidade de vida para todos que possibilite que o Brasil supere, por exemplo, a vergonhosa marca de 50% dos domicílios sem saneamento básico. As limitações de nosso sistema político e eleitoral fazem com que nos deparemos com frequência com casos de corrupção na máquina pública, a mídia brasileira é monopolizada por apenas 6 famílias, com a conivência do ministério das comunicações liderado pelo ministro Paulo Bernardo, impossibilitando a diversidade de opiniões e conteúdo e servindo como instrumento de manipulação de grandes interesses econômicos. No campo educacional, temos cerca de 13 milhões de analfabetos, uma escola pública de baixa qualidade e apesar de avanços nos últimos anos no que se refere a democratização do acesso ao ensino superior, apenas 17% das e dos jovens tem acesso a universidade.

Acreditamos que é o momento de conquistar mais vitórias. Vamos seguir pelo Brasil conectados/as aos sonhos da juventude, dos trabalhadores e trabalhadoras e barrando qualquer tipo de retrocesso ou tentativa conservadora de manipular as vozes que entoam causas justas. Nossa geração tem a responsabilidade de consolidar a democracia no país, isso passa pelo respeito a diversidade e a liberdade de organização, combatendo qualquer forma de intolerância.

Condenamos e enfrentamos toda forma de repressão policial onde quer que aconteça – entendemos que parte disso é proveniente do negativo processo de militarização das polícias que se intensificou principalmente durante o período da ditadura militar. Precisamos rever essa concepção de polícia que não dialoga com os anseios sociais. A juventude da periferia, em sua esmagadora maioria negra, que já não tem o direito a viver as cidades pela política exclusiva de transporte, tem medo de viver a própria comunidade. Desmilitarizar as polícias é incidir contra o genocídio da juventude. Exigimos o direito a liberdade de manifestação e somos contra a criminalização dos movimentos sociais.

Nossa combatividade traz o branco da paz e a nossa coragem mostra a cara pintada de verde e amarelo. Queremos derrotar a homofobia – não aceitamos que a Comissão de Direitos Humanos esteja refém da concepção preconceituosa e conservadora de Marco Feliciano. É imprescindível fazer um enfrentamento ao Estatuto do Nascituro que significa a reprodução dos valores patriarcais disfarçados de valores éticos e morais. Colocamo-nos na contra-mão desse processo, ao lado das mulheres brasileiras, e pautamos por mais avanços dos direitos das mulheres. Reflexo dessa preocupação é a defesa histórica que nossa entidade faz da descriminalização e legalização do aborto.

Vamos combater a corrupção e acabar com o financiamento privado das campanhas eleitorais, sendo necessário a construção de um plebiscito para aprovar uma Reforma Política democrática, que aponte a participação popular enquanto elemento central do processo. É preciso também democratizar a comunicação de massa em nosso país e lutar pelo passe livre estudantil e por um transporte verdadeiramente público, de qualidade e gratuito. Nesse sentido, defendemos a aprovação da PEC 90 que inclui na Constituição Federal o transporte como direito fundamental.

É também chegada a hora de aprovar 10% do PIB e destinar as riquezas do petróleo para a educação pública. Queremos uma universidade e escola diferente. Queremos universidades e escolas socialmente referenciadas, um processo radical de democratização do ensino em nosso país aliado a uma nova concepção de educação. Não existe momento mais favorável do que este para conquistar uma educação conectada com os desafios do nosso país e com as necessidades de nossa gente.

Na última terça-feira conquistamos uma importante vitória na Câmara dos deputados, aprovando 75% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do pré-sal para a educação pública, resultado da luta e protagonismo da UNE e da UBES e dos movimentos educacionais do país. É com muita pressão que garantiremos a aprovação deste projeto também no Senado e conquistaremos os 10% do PIB pra educação pública. Os avanços conquistados até o presente momento são fruto da pressão das vozes das ruas. É assim que seguiremos: não arredaremos o pé das ruas até que conquistemos mais vitórias e direitos para o conjunto da juventude e do povo brasileiro.

Com a cara exposta e com o coração aberto, vamos fazer história mais uma vez.

- 10% do PIB pra educação pública! Chega de lentidão! Queremos a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação!

- 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública! Aprovação imediata no Senado Federal!

- Por um plano emergencial de investimentos nos serviços públicos de educação, transporte e saúde!

- Passe livre estudantil já! Por mais acessibilidade, qualidade e eficiência no transporte público!

- Contra a corrupção! Por uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas eleitorais! Plebiscito pela reforma política!

- Abaixo a “cura gay”! Não há cura para o que não é doença! Homofobia é crime! Pela aprovação do PLC 122 – Criminalização da Homofobia. Estado laico já! Fora Feliciano! Contra o Estatuto do Nascituro!

- Democratização dos meios de comunicação: liberdade de expressão tem que existir pra todo mundo! Aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática!

- A juventude quer viver! Contra o Extermínio da Juventude, negra, pobre e periférica do país! Contra a redução da Maioridade Penal!

FONTE: União Nacional dos Estudantes.

sábado, 1 de junho de 2013

Comissão da Verdade da UNE Lança Campanha "Onde está Honestino".


Honestino Guimarães: presente, presente, presente! Esse foi o grito de mais de sete mil jovens que ocuparam as ruas de Goiânia, nesta sexta-feira (31), em uma colorida e plural passeata com cartazes e cruzes em homenagem aos que tombaram durante o Regime Militar.

O ato compõe o circuito de homenagens que serão realizadas ao longo do Congresso da UNE.A passeata, que saiu do Centro de Convenções, encerrou seu cortejo na Praça do Universitário, onde foi realizado o ato de publicação do Dossiê Honestino, com o lançamento da campanha “Onde está Honestino”.

“Ao olhar as ruas de Goiânia e ver mais de sete mil jovens gritando por verdade, por justiça, por democracia e contra a opressão, percebemos o quanto é importante o trabalhado da Comissão Nacional da Verdade. A UNE entendeu isso, por isso criou sua própria comissão e decidiu trabalhar junto com a Comissão da Verdade na busca pela verdadeira história do Brasil”, externou Iliescu ao Vermelho.

De acordo com o presidente da Une, “é chegada a hora de avançar e punir os torturadores. É chegada a hora de mudar a história dos livros didáticos e apresentar a verdadeira história da Ditadura. Não chegamos ate aqui por acaso. Foi com a força da juventude que a luta por verdade entrou no centro das discussões e com está força que lutaremos pela punição dos torturadores. E diz que é hora do estado honrar quem lutou pelo Brasil e não a quem o sufocou. Acabou a paz para os militares de pijama. Para aqueles que saíram impunes das atrocidades durante a Ditadura", gritou o presidente da UNE.

Ele acrescentou que “a Une não descansará até que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a Lei de Anistia. Por isso, que no dia 28 de Agosto [data da criação da Lei de Anistia durante o Regime Militar] a UNE, em conjunto com as demais forças da juventude, realizará uma grande Jornada em Brasília para pressionar o STF”.

"Onde está Honestino":
"Mais do que um relatório técnico,o Dossiê Honestino é um relato político", esse foi o tom dos historiadores Raisa Marques e Carlos Virtude que estão coordenando os trabalhados de investigação da Comissão da Verdade da UNE.

Durante o ato os historiadores apresentaram o primeiro balanço das atividades da Comissão da Verdade da UNE. Raisa lembrou que a postura da UNE se coaduna com o momento vivido pelo país, no qual diversos movimentos se organizam na busca pela verdade. Segundo ela, o Dossiê entregue a UNE ainda é muito preliminar com relatos sobre o que verdadeiramente aconteceu com o Honestino Guimarães.

Carlos Virtude, que também é coordenador da Comissão da Verdade da UNE, acrescentou que o objetivo inicial da Comissão e manter viva a verdadeira historia do Honestino e da UNE. "Inicialmente, nossa ideia é apresentar Honestino, e os detalhes de sua prisão e desaparecimento". Ele lembrou que, atualmente, duas comissões investigam o caso de Honestino Guimarães, o Comitê Goiano da Memória, Verdade e Justiça e a Comissão da Verdade da UNB.

Virtude também destacou que para avançar neste caso é necessário que sejam abertos os arquivos da Marinha. "Só com o acesso a estes arquivos teremos a solução para o caso companheiro Honestino Guimarães", frisou.

Promoção da justiça:
O secretário Nacional da Justiça, Paulo Abrão, ressaltou a importância dos trabalhos da UNE na luta pela verdade e lembrou que essa luta e para fazer valer o esforço daqueles que foram sequestrados, presos, torturados, assassinados e desaparecidos durante do Regime. Segundo ele, “O desrespeito à Constituição Federal e aos Direitos Humanos, do passado e do presente, só serão banidos do nosso país com a busca da verdade para a reconstrução da história e a promoção da justiça”.

Paulo Abrão disse que “há ainda um longo caminho para se romper com a cultura do esquecimento e esse enfrentamento dependerá do engajamento da sociedade, e a juventude tem papel central nesse processo. Essa mesma juventude irá nos ajudar [Comissão de Anistia] a devolver as liberdade civis perdidas naquele momento e contribuirá para que estas liberdades não sejam tomadas nunca mais”, declarou o secretário.

Comenda Honestino Guimarães:
Na oportunidade, o presidente da UNE entregou ao secretário Nacional de Justiça a Comenda Honestino Guimarães em reconhecimento pelos trabalhos da Comissão de Anistia, que chegou a sua 70ª Caravana Nacional e percorreu todas as regiões do país, na luta pela verdade e justiça contra os crimes praticados pelo Estado durante o Regime Militar.


Por Joanne Mota.
FONTE: Vermelho.

Renato Rabelo: A Juventude Está Ativa e Preparada Para Lutar Pelo Brasil.


"A juventude sempre esteve unida contra a opressão. Ela está preparada para lutar por um novo Brasil". Foi o que declarou Renato Rabelo, presidente Nacional do PCdoB, durante participação no 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), ao falar sobre o papel jogado pela juventude e o movimento estudantil na luta travada contra a opressão ao longo da história do Brasil.

A atividade reuniu ainda o presidente da UNE, Daniel Iliescu; Luiz Dulci, direção nacional do Partido dos Trabalhadores-PT; André Roberto Menegotto, secretário nacional adjunto do Partido Democrático Trabalhista-PDT; Valdir Raupp, presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB; Irapuã Santos (executiva nacional do Partido Pátria Livre-PPL; Ivan Valente, presidente do Partido Socialismo e Liberdade-Psol; Roberto Amaral, vice-presidente do Partido Socialista Brasileiro-PSB; e Heron Barroso Silva de Menezes, comitê central do Partido Comunista Revolucionário-PCR.

Em entrevista à Rádio Vermelho, o presidente do PCdoB disse que a UNE dá um importante passo ao reunir forças para pensar em um Brasil diferente, em uma nação melhor. Segundo ele, "só quando debatemos e discutimos é que firmamos passos mais sólidos na jornada de transformação. As ideias mais avançadas surgem do fragor das opiniões”, defendeu.

Ele também salientou o papel da UNE nessa trajetória de luta. "A UNE é uma entidade de uma experiência e profundidade histórica imensa. E por que afirmou isso? Porque ela ao mesmo tempo que se concebe em um entidade plural, ela é única no movimento estudntil, não se pulverizou. ou seja, ela forte em sua diversidade e pluralidade e a liga que constrói essa união está baseada nas lutas dos seus eternos militantes, nas bandeiras de uma Brasil avançado, nos sonhos dos jovens que nao aceitam mais a desigualdade", explicou o dirigente.

Renato afirma que é preciso pesar a importância da realização de um evento como é o Congresso da UNE. Para o dirigente comunista, um evento como esse só reforça a força a juventude em lutas do Brasil e sinaliza a centralidade de questões antes deixadas de lado pelos setores conservadores do país.

"Um evento como esse tem um marca importante em questões como a defesa de uma educação pública e de qualidade. Também deixa claro o interesse da nossa juventude pelas questões políticas do país. Ou seja, nossa juventude está alerta ao processo político. Ela agenda, discute, cobra e já alcançou diversas conquistas", destacou.


Por Joanne Mota 

FONTE: Vermelho.